O processo de escolha para as sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 está sob investigação da Justiça suíça e pode invalidar Rússia e Catar como escolhidos para os respectivos torneios. Segundo Domenico Scala, presidente do comitê de auditoria da Fifa, novos países-sede serão escolhidos caso existam provas de compra de votos.
"Se surgirem evidências de que as vitórias de Catar e Rússia foram conquistadas com votos comprados, então essas vitórias poderão ser invalidadas", admite Scala ao jornal suíço Sonntags Zeitung. "Mas a evidência que temos até agora não é suficiente", pondera.
Rússia e Catar são investigados por supostas irregularidades no pleito que os definiu como sedes dos próximos mundiais. Diferentemente dos casos de corrupção que culminaram no indiciamento de 14 pessoas há dez dias, esta investigação não é do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, mas da polícia suíça.
Caso se consiga provar as irregularidades, a mudança de local será de responsabilidade do Comitê Executivo da Fifa. O próprio estatuto da entidade permite a mudança, alegando que "circunstâncias imprevistas e de força maior" dão pleno poder ao Comitê para fazer devidas trocas.
A situação de Rússia e Catar tornou-se crítica após Chuck Blazer, uma das figuras do alto escalão da Fifa, ter admitido recentemente o recebimento de suborno para eleger a África do Sul como sede da Copa do Mundo de 2010.
Gazeta Esportiva
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