Regente era um expoente do serialismo e da música eletroacústic
O compositor e maestro francês Pierre Boulez morreu na terça-feira (5) à noite aos 90 anos, em Baden-Baden, na Alemanha, onde vivia.
No ano passado, quando fez 90 anos, a Cité de la Musique, em Paris, dedicou-lhe uma exposição intitulada Pierre Boulez, que traçava a sua biografia.
Na Cité de la Musique, Boulez fundou, nos anos de 1970, o Ensemble Intercontemporain, uma referência da música de vanguarda. Ele criou também, para o Centro Pompidou, o Instituto de Pesquisa e Coordenação de Música e Acústica, especialmente dedicado à música erudita contemporânea onde promoveu pesquisas acerca das possibilidades de interação entre a música e a tecnologia.
A sua morte foi anunciada nesta quarta-feira (6) pela família por meio de um comunicado divulgado pela Philharmonie de Paris: “Para todos aqueles que lhe foram próximos e que puderam apreciar a sua energia criativa, a sua exigência artística, a sua disponibilidade e generosidade, a sua presença permanecerá viva e intensa.”
O maestro tornou-se um expoente do serialismo e da música eletroacústica, vertentes do erudito no século 20, e pioneiro da música eletrônica.
Pierre Boulez estudou música no Conservatório de Paris, sob direção de Olivier Messiaen e Andrée Vaurabourg e estudou dodecafonismo com René Leibowitz. Foi diretor da orquestra de Cleveland (1967-1972), da sinfônica da BBC (1971-1975) e da filarmônica de Nova York (1971-1977). Insatisfeito com o conservadorismo do mundo musical francês, mudou-se para Baden Baden, em 1960.
JB
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