Moradores vão sugerir que subdistrito seja reconstruído em região conhecida como Taquara Queimada
PUBLICADO EM 07/01/16 - 04h00
“Pensamos nesse lugar porque fica no mesmo sentido de Bento, além de ser próximo de Camargos, aonde costumávamos ir. Queremos manter as origens”, afirmou Antônio Pereira Gonçalves, 46, o Da Lua, membro da comissão de moradores de Bento Rodrigues. Segundo ele, o local também foi considerado opção pela maioria dos atingidos porque não seria afetado caso outra barragem da região se rompesse – o morador não detalhou sua localização, disse apenas que o acesso é feito por estrada de terra.
Da Lua ressaltou que a escolha de Taquara Queimada – área verde não povoada tomada por plantações de eucaliptos – é, por enquanto, apenas uma ideia que vai ser discutida futuramente em reuniões com a empresa e todas as famílias atingidas. “É somente um desejo nosso, uma sugestão, e tudo ainda precisa ser estudado e avaliado”.
O assunto deve entrar na pauta de discussões entre a Samarco e os moradores a partir do próximo dia 14, quando o cronograma de ações será definido. Na última terça-feira, a mineradora apresentou à comissão a empresa global Environmental Resources Management (ERM), que foi contratada para desenvolver o planejamento de médio e longo prazos para a reconstrução das comunidades. Segundo a Samarco, a escolha pela empresa se deve à sua “ampla experiência e competência técnica na área”.
Ainda de acordo com a mineradora, a estratégia de reconstrução das comunidades já foi elaborada, e os critérios para a definição dos locais serão discutidos com as lideranças de moradores. O cronograma de trabalho em todas as localidades atingidas, tanto em Mariana como no município de Barra Longa, tem conclusão prevista para o fim do mês.
O promotor Guilherme Meneghin lembrou que o assunto também será discutido na próxima audiência de conciliação entre a empresa e o Ministério Público, marcada para 20 de janeiro. Nessa data, prazos para a reconstrução das comunidades devem ser estipulados.
Edital para projetos de recuperação
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) lança nesta quinta um edital para financiar projetos de pesquisa com foco na recuperação das áreas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na região Central de Minas.
Com valor de R$ 4 milhões, o edital abrange propostas relacionadas à recuperação do solo, da água do rio Doce e da biodiversidade e tecnologias sociais. Os projetos podem ser enviados até 7 de março, e o prazo de execução é de até 24 meses.
Saiba mais
Praias. Três praias do município de Linhares, no Espírito Santo, foram interditadas nesta quarta por contaminação de rejeitos da barragem de Fundão. São elas Degredo, Pontal do Ipiranga e Barra Seca.
Ponte. A Samarco entregou nesta quarta a ponte do Onça, em Barra Longa. Outras três devem ser concluídas neste mês.
Água. Com a chuva entre 2 e 4 de janeiro, o nível de turbidez deve aumentar no rio Doce nos próximos dias. Em Belo Oriente, o índice deve ficar acima de 10 mil NTU hoje – o ideal são no máximo 1.000 NTU.
Praias. Três praias do município de Linhares, no Espírito Santo, foram interditadas nesta quarta por contaminação de rejeitos da barragem de Fundão. São elas Degredo, Pontal do Ipiranga e Barra Seca.
Ponte. A Samarco entregou nesta quarta a ponte do Onça, em Barra Longa. Outras três devem ser concluídas neste mês.
Água. Com a chuva entre 2 e 4 de janeiro, o nível de turbidez deve aumentar no rio Doce nos próximos dias. Em Belo Oriente, o índice deve ficar acima de 10 mil NTU hoje – o ideal são no máximo 1.000 NTU.
Polícia Civil ouve dois diretores da Samarco
A Polícia Civil ouviu nesta quarta dois diretores da Samarco no inquérito que investiga o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na região Central. O diretor de operações e infraestrutura, Kleber Terra, foi o primeiro a prestar depoimento, na Delegacia de Ouro Preto, na mesma região, seguido do diretor de projetos e ecoeficiência da mineradora, Maury de Souza Junior.
Segundo o delegado Rodrigo Bustamante, os dois diretores responderam a todos os questionamentos. “Eles esclareceram as dúvidas em relação à função de cada um na empresa”, afirmou.
O delegado disse que deve pedir, nesta semana, à Justiça extensão do prazo para conclusão do inquérito, que se encerraria no próximo sábado. “Vou finalizar somente quando estiver com todos os laudos e tiver feito a análise de todos eles”. Até o momento, 72 pessoas foram ouvidas, e o inquérito soma mais de 600 páginas.
A Polícia Civil ouviu nesta quarta dois diretores da Samarco no inquérito que investiga o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na região Central. O diretor de operações e infraestrutura, Kleber Terra, foi o primeiro a prestar depoimento, na Delegacia de Ouro Preto, na mesma região, seguido do diretor de projetos e ecoeficiência da mineradora, Maury de Souza Junior.
Segundo o delegado Rodrigo Bustamante, os dois diretores responderam a todos os questionamentos. “Eles esclareceram as dúvidas em relação à função de cada um na empresa”, afirmou.
O delegado disse que deve pedir, nesta semana, à Justiça extensão do prazo para conclusão do inquérito, que se encerraria no próximo sábado. “Vou finalizar somente quando estiver com todos os laudos e tiver feito a análise de todos eles”. Até o momento, 72 pessoas foram ouvidas, e o inquérito soma mais de 600 páginas.
O Tempo
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