Fabiano de Abreu acredita que a crise pode ser combatida com estratégias e adaptação de uma nova realidade
A crise que se vive atualmente no jornalismo e em alguns meios de divulgação de informação não tem que ser necessariamente conotada com a alteração dos padrões econômicos.
Para o filósofo, psicanalista e jornalista luso-brasileiro Fabiano de Abreu estas transformações teriam necessariamente de ocorrer como forma de resposta às alterações do próprio meio.
A própria sociedade mudou tanto a forma como busca a informação assim como o tipo de informação pela qual tem preferência. Como refere Fabiano: " Na minha perspectiva a crise no jornalismo não está vinculada apenas à crise econômica mas é antes, uma adaptação a uma transformação já anunciada.
Os impressos estão diminuindo em número e quantidade a sua circulação e alguns deles chegam mesmo por desaparecer. Este factor não se deve exclusivamente à falta de patrocinadores ou anúncios mas porque, na generalidade, as pessoas preferem ler pela internet. Este último sistema é mais prático e rápido suprimido melhor as necessidades de uma sociedade sem tempo e que cede à preguiça. "
O mercado online obedece a regras muito próprias e a competição é mais alargada. O próprio Google tomou a dianteira na manutenção do mercado dos anúncios e os canais noticiosos competem com blogs e páginas sociais de gente comum que, em nome próprio, desenvolve trabalhos que vão de encontro aos gostos massificados. Segundo o especialista, o ponto favorável destas questões foi o surgimento em grande escala das fake news. As notícias falsas fizeram com que o público tivesse mais preocupação em escolher quais os sites onde procurar informação mais fidedigna.
O filósofo esclarece: “ O jornalismo tem que agradecer os fake news da mídia social pois, o que antes se apresentava como uma ameaça de audiência perdeu a sua credibilidade. Este factor ensinou pessoas a filtrarem melhor as informações. ”
Fabiano de Abreu refere ainda que os que são realmente bons irão sobreviver a estas alterações e deixa ainda algumas dicas que considera essenciais:
“ Mas nem tudo está perdido, ao meu ver, é apenas uma adaptação a esta transformação e sobreviverão aqueles que tiverem conhecimento e estratégias que possam, de forma adaptada, garantir o negócio lucrativo.
Para o filósofo, psicanalista e jornalista luso-brasileiro Fabiano de Abreu estas transformações teriam necessariamente de ocorrer como forma de resposta às alterações do próprio meio.
A própria sociedade mudou tanto a forma como busca a informação assim como o tipo de informação pela qual tem preferência. Como refere Fabiano: " Na minha perspectiva a crise no jornalismo não está vinculada apenas à crise econômica mas é antes, uma adaptação a uma transformação já anunciada.
Os impressos estão diminuindo em número e quantidade a sua circulação e alguns deles chegam mesmo por desaparecer. Este factor não se deve exclusivamente à falta de patrocinadores ou anúncios mas porque, na generalidade, as pessoas preferem ler pela internet. Este último sistema é mais prático e rápido suprimido melhor as necessidades de uma sociedade sem tempo e que cede à preguiça. "
O mercado online obedece a regras muito próprias e a competição é mais alargada. O próprio Google tomou a dianteira na manutenção do mercado dos anúncios e os canais noticiosos competem com blogs e páginas sociais de gente comum que, em nome próprio, desenvolve trabalhos que vão de encontro aos gostos massificados. Segundo o especialista, o ponto favorável destas questões foi o surgimento em grande escala das fake news. As notícias falsas fizeram com que o público tivesse mais preocupação em escolher quais os sites onde procurar informação mais fidedigna.
O filósofo esclarece: “ O jornalismo tem que agradecer os fake news da mídia social pois, o que antes se apresentava como uma ameaça de audiência perdeu a sua credibilidade. Este factor ensinou pessoas a filtrarem melhor as informações. ”
Fabiano de Abreu refere ainda que os que são realmente bons irão sobreviver a estas alterações e deixa ainda algumas dicas que considera essenciais:
“ Mas nem tudo está perdido, ao meu ver, é apenas uma adaptação a esta transformação e sobreviverão aqueles que tiverem conhecimento e estratégias que possam, de forma adaptada, garantir o negócio lucrativo.
- Investir em conteúdo interessante e atual
- Diversificar conteúdo pois publicar a mesma coisa que outros sites divide a audiência.
- Mostrar credibilidade no conteúdo.
- Estar atualizado com o momento e o que está em evidência é legal. Mas ser criador de uma nova tendência é sinônimo de grande impacto. O diferente e interessante sempre sobressai.
- A volta da assessoria de imprensa. Filtrar assessorias com conteúdos interessantes e inteligentes e que possam enviar o conteúdo o mais pronto possível pela dinâmica e também pela diminuição do número de jornalistas.
- Contratar jornalistas que criem e não os que republicam o que foi publicado na rede social. Afinal, se foi publicado na rede social, está lá, já foi visto. Sem contar que o site de notícia está induzindo ao internauta à mídia social tirando novamente o público do site.
- Hoje o jornalista tem que ser expert em mídia social. Não adianta apenas publicar a notícia no site. Tem que fazer um belo trabalho de proliferação do conteúdo na mídia social. Utilizar de contas de jornalistas que tenham acesso a grupos para o determinado público da notícia.
- Investir em boas imagens e memes engraçados. O layout da página favorece e atrai o público e a plataforma tem que ser de acordo com a atualidade e o tipo de público que quer atingir. O TMZ faz muito bem isso.
- Textos não muito longos e o título impactante. Hoje em dia o título da notícia tem que ser como uma frase postada no Instagram para buscar likes.
- Textos com boa formatação, uma bela fonte (isso faz a Apple crescer, o tipo de fonte) e com linguajar que mostra intelectualidade sem fazer com que a generalidade do público deixe de entender. Muita informalidade prejudica a credibilidade. Palavras difíceis prejudicam o entendimento. Tem que ter um meio termo. "
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