7 memórias essenciais para o desenvolvimento saudável dos filhos
Muito mais do que alimento, segurança, educação e amor. Para nutrir o desenvolvimento da inteligência emocional das crianças, é fundamental que determinados padrões de memórias sejam vividos desde a primeira infância.
Segundo a pedagoga e autora do livro Educar, amar e dar limites, Sara Braga, são elas que interferem diretamente no presente e também no futuro dos pequenos.
A vivência de experiências de pertencimento, importância, conexão, limites, generosidade, crescimento e missão, que serão detalhadas a seguir, proporciona um empilhamento de memórias positivas e fortalecedoras, conforme explica Sara. Confira:
1. Pertencimento: se refere à necessidade inconsciente de ser acolhido, abraçado e amado por um indivíduo por meio de experiências vividas. Se não tiver experiências de pertencimento e estiver imersa em um ambiente disfuncional, poderá apresentar no futuro uma necessidade patológica de participar de um grupo ou de pertencer a alguém.
2. Importância: se refere à necessidade inconsciente de se sentir querido, único e indispensável. Manifesta-se quando a criança recebe a atenção plena dos pais durante uma brincadeira ou conversa. A comemoração do aniversário é um dos eventos que reforçam este padrão de memória. Na vida adulta, quem não viveu com plenitude esta experiência, tende a ser inseguro e emocionalmente machucado.
3. Conexão: se refere a algo ainda mais inconsciente e intangível, os laços de amor. Assim como o abraço, um olhar profundo nos olhos de outra pessoa, respirações conectadas, um simples toque pode ser uma forma poderosa de conexão. Memórias como estas são essenciais para a formação e o fortalecimento de crenças de identidade e merecimento.
4. Limites/autorresponsabilidade: dar limites é amar, não dar é abandonar. Crianças, adolescentes, jovens precisam de limites para desenvolver perseverança e determinação. Assim, aprendem a importância que pode ter uma decisão de adiar o prazer imediato ou, até mesmo, desenvolvem responsabilidade pelos próprios atos e tomadas de decisões.
5. Generosidade: representa a disponibilidade em contribuir e compartilhar com o outro. Auxiliar um amigo, doar um brinquedo ou até mesmo oferecer ajuda para alguém são atitudes que a criança precisa experimentar por meio dos pais. A melhor maneira de aprender a generosidade é vivenciá-la em casa desde cedo.
6. Crescimento: representa a autopercepção do desenvolvimento físico e está diretamente relacionado à autoestima e autoconfiança. Ainda existe o crescimento simbólico: celebração de aniversário, formatura infantil, colação de grau... da mesma forma que isso é importante aos adultos, também é para as crianças.
7. Missão: representa as experiências nas quais a criança vivencia um propósito de vida. São vivências em que os filhos agem com algum objetivo. Um exemplo é fazer uma horta em casa, plantar todas as sementes com a criança e, ao final, celebrar pela missão cumprida. É importante levar em consideração a fase em que os pequenos se encontram e aproveitar o interesse natural que surge no coração deles.
Sara Braga é mãe, pesquisadora de neuroeducação, pedagoga há mais de 20 anos pela Universidade Federal do Ceará e escritora da obra Educar, amar e dar limites, pela Editora Gente.
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