Com uma atuação irregular, Brasil é derrotado pelos Estados Unidos na semifinal e tenta agora repetir o pódio paralímpico conquistado na Rio-2016
Recolocar o emocional em ordem, analisar os erros e entrar com foco total na conquista da medalha de bronze, em jogo marcado para a madrugada deste sábado (4), às 4h30 (de Brasília). Essa é, na visão da central Luiza Fiorese, a missão na seleção brasileira feminina de vôlei sentado, que na manhã desta sexta-feira (3) perdeu para os Estados Unidos na semifinal das Paralimpíadas de Tóquio. Em 1h17 de partida, as americanas se aproveitaram de uma atuação irregular do Brasil e venceram por 3 sets a 0 (25/19, 25/11 e 25/23).
Para Luiza, de 24 anos, a seleção não jogou o que poderia diante das americanas, principalmente na segunda parcial. “No segundo set não era o Brasil, não era o nosso jogo. Conseguimos encaixar o nosso jogo principalmente no terceiro set. A gente tava em cima, jogando para ir para a decisão da medalha de ouro”, avalia.
Disputado ponto a ponto, o terceiro set terminou com uma polêmica. O técnico brasileiro José Agtônio Guedes havia pedido tempo quando o placar marcava 24 a 23 para as americanas, mas não foi atendido. Luiza também lembrou da marcação duvidosa da arbitragem quando o jogo estava empatado.
“Teve um erro absurdo da arbitragem no 23 a 23, quando ele marcou um quarto toque que não existiu. Não quero dar desculpa, usar isso para justificar a derrota, mas um erro desses numa semifinal paralímpica não pode acontecer”, observa a central.
Foco no bronze
A adversária da seleção na semifinal será decidida ainda na manhã desta sexta-feira (3), entre China e Canadá, mas provavelmente as brasileiras devem reencontrar as canadenses, já que as chinesas são amplas favoritas no confronto. Na estreia nas Paralimpíadas, o Brasil derrotou o Canadá por 3 sets a 2, em um jogo equilibrado e emocionante.
Para Luiza, o momento agora é focar na medalha de bronze, para repetir o feito da seleção nas Paralimpíadas do Rio, em 2016. “A gente sabe que poderia ter feito muito mais, pelo tanto que
treinou. E saímos muito frustradas, porque nunca tínhamos ganhado dos Estados Unidos e estava sentindo, no terceiro set, que a hora era agora. Mas vamos levar o que foi aquele terceiro set para a disputa do bronze. A gente não quer voltar pra casa sem medalha!”, avisa.
Dando exemplo
Um detalhe que tem chamado a atenção nos jogos da seleção é que todas as jogadoras usam máscara, quando estão em quadra ou no banco de reservas. E Luiza explicou o porquê, já que as atletas foram vacinadas contra a Covid-19 e passaram por testes regulares. “O primeiro motivo é para a nossa própria proteção. E nós, como jogadoras da seleção, somos um exemplo para a população. A gente precisa mostrar que o uso da máscara é necessário, que precisa ter esse cuidado. Esse vírus já matou muita gente e temos muito respeito por tudo o que aconteceu no país. O Brasil ainda vive uma situação difícil e se a gente quer ser exemplo, precisa se colocar e assumir a nossa responsabilidade”.
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