sexta-feira, 3 de setembro de 2021

A imprensa brasileira precisa urgentemente de jornalísticas científicos

 Esportes, política, economia, atualidades, fofocas... Os jornalistas estão habituados a escrever sobre esse e mais diversos assuntos em seus veículos. Por outro lado, o jornalismo científico ainda é um tabu que precisa ser quebrado no Brasil, aponta o filósofo e educador Dr. Italu Colares.

Ao acessar a página ou folhear as páginas de um jornal ou revista, o leitor está habituado a encontrar diversos textos sobre as mais diferentes editorias jornalísticas. Por ser voltado à todo tipo de público, o jornal traz diariamente diversas informações a respeito do cenário político e econômico, as informações do time de coração do torcedor, as fofocas e os bastidores das grandes emissoras de televisão, a programação cultural naquela cidade, as tendências da moda ou do automóvel que despertou paixões do público, e por aí vai.

Só que, um dos ramos desta grande variedade de temas não é plenamente explorado no Brasil, aquele que é denominado “jornalismo científico”. Aliás, é algo que falta muito quando se fala na capacidade da imprensa daqui, pois este tema de grande relevância não possui a mesma dimensão de destaque por aqui como se encontra em outros países”, define o filósofo e educador Dr. Italu Colares.

Reitor de uma universidade voltada para brasileiros na Flórida, pela sua escola já passaram figuras sempre presentes na mídia brasileira como os médicos Dr. Rey e Dr. Lair Ribeiro. Ou seja, desse assunto ligado à ciência sabe a quanto tal vertente deveria ser explorada pela imprensa brasileira. "Me deparo com muitas matérias com erros em base científica. As revistas científicas é o que temos de credível sobre o estudo e os sites de notícia devem reportar o que é publicado nelas”.

Um grande problema, lamenta Dr. Italu, é que “há sites que parecem ser revistas científicas publicando estudos não comprovados”. E isso é algo tão prejudicial que o educador reforça a urgência em reverter tal quadro: “É mais do que necessário que as redações abram espaço para ter jornalistas científicos em seus quadros. Certamente seriam os melhores profissionais que vão apurar melhor as informações e saber como escrever um estudo."

Além disso, uma “falha” recorrente quando se avalia a qualidade do jornalismo científico no Brasil é o desejo de apenas mostrar o êxito de quem está de fora, “deixando de lado os também talentosos cientistas brasileiros”, destaca Dr. Italu Colares: "Acho impressionante como a imprensa daqui não publica as pesquisas dos próprios brasileiros dando credibilidade apenas aos trabalhos e estudos apresentados por estrangeiros", finaliza o educador.


Jennifer da Silva 
Suporte MF Press Global 



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