Após firmar parceria com uma exchange de criptomoedas, o clube centenário holandês PSV anunciou oficialmente que é o primeiro clube de futebol do mundo a possuir Bitcoin como patrimônio. Segundo o PSV, as criptomoedas recebidas pelo novo patrocinador foram integradas ao balanço do clube, que não pretende vendê-las.
Esta é mais uma prova de que o Bitcoin e as criptomoedas estão se difundindo nas instituições tradicionais, incluindo na indústria do esporte.
E não são só os clubes que veem nos criptoativos uma oportunidade de ganhos. O astro do futebol americano Tom Brady afirmou em entrevista que gostaria de receber parte de seu salário em criptomoedas.
“Eu adoraria pedir isso para ser pago em alguma criptomoeda. Você sabe, receber parte do salário em Bitcoin (BTC), Ether (ETH) ou Solana (SOL)”, afirmou Brady.
Além de Brady, outro atleta interessado em criptomoedas é o astro do basquete Stephen Curry. Recentemente, ele fechou uma parceria com a mesma exchange da qual Brady é acionista, marcando o primeiro investimento do empresário nas criptomoedas.
Ainda no meio esportivo, mais precisamente na indústria de futebol, o Paris Saint-Germain (PSG), um dos maiores clubes da Europa, anunciou uma parceria de “vários anos” com uma empresa de criptomoedas. Com isso, a plataforma se tornou a parceira oficial do clube de Messi e Neymar para o lançamento de tokens não fungíveis, os NFTs, e outras iniciativas.
Conforme destacou Paulo Aragão, especialista em criptomoedas, cofundador do CriptoFácil e host no Bitcast, essas iniciativas são uma clara sinalização de que até mesmo instituições que costumam ser mais céticas - especialmente em relação aos investimentos - estão se adaptando à nova realidade financeira que estamos vivendo.
“O mercado de criptoativos representa muito mais do que simplesmente dinheiro. É claro que o PSV manterá o valor recebido no patrocínio em Bitcoin como uma espécie de investimento para o futuro. Mas a parceria que o PSG realizou, por exemplo, prevê também a criação e venda de NFTs que funcionarão como colecionáveis para os seus fãs.”
Segundo Aragão, além de ser uma poderosa forma de marketing, essa ação também gera uma nova fonte de receita para o clube. O especialista apontou ainda que, no Brasil, um clube que tem se destacado neste setor é o Atlético Mineiro, que já lançou seu fan token, lançou NFTs exclusivos e firmou uma parceria com a empresa focada em blockchain Sorare. Para Aragão, o “Galo”, como é conhecido o clube, está, sem sombra de dúvidas, saindo na frente no Brasil.
“Uma brincadeira que viralizou recentemente nas redes sociais foi pegar o valor pago por um clube na compra de um jogador e analisar o quanto o clube teria atualmente, caso tivesse comprado e mantido Bitcoin. Entrando na brincadeira, o Vasco da Gama comprou o Montoya em 2013 por 3 milhões de dólares. Caso tivesse comprado Bitcoin, e mantido até hoje em caixa, teria aproximadamente 180 milhões de dólares”, ressaltou o especialista.
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