A Cirurgia Estética da Face é reconhecida internacionalmente como uma área de competência da Cirurgia Bucomaxilofacial. No entanto, a resolução CFO 03/1999 vedou a prática dessa área à especialidade no Brasil. Esse impedimento vai de encontro às Diretrizes Internacionais de Educação e Treinamento em Cirurgia Bucomaxilofacial propostas pela International Association of Oral and Maxillofacial Surgeons (IACOMS), que determinam que o cirurgião bucomaxilofacial deveria ter treinamento em todo o escopo da especialidade.
Um estudo de autoria do cirurgião bucomaxilofacial Marcelo Galindo Silvares, em parceria com Augusto Pary, Marcos Pitta e Katyuscia Lurentt, publicado na Dental Press Pub trouxe a discussão à tona mais uma vez.
"Esse estudo discute por que os cirurgiões bucomaxilofaciais são proibidos de praticar a Cirurgia Estética da Face e quais as repercussões desse impedimento em sua formação e no desenvolvimento da especialidade", citam os autores.
O estudo explica que, no Brasil, a história da Cirurgia Bucomaxilofacial como especialidade odontológica se fortaleceu por volta de 1940, com o Dr. J. J. Barros, embora tenha sido regularizada após a instituição do CFO, em 1964. Com o tempo, o cirurgião bucomaxilofacial passou a compor a equipe nos hospitais de emergência e rotina do Brasil. O trauma facial, a cirurgia bucal, as osteotomias de face, e o tratamento de lesões benignas bucais e dos maxilares se tornaram procedimentos tradicionais do cirurgião bucomaxilofacial.
“No Brasil, a especialidade da Cirurgia Bucomaxilofaciais sofreu um grande avanço nas últimas duas décadas, nos âmbitos social e político. Cada vez mais, a sociedade reconhece e entende o papel dessa especialidade”, cita a publicação.
No entanto, conforme os autores, é preciso manter os esforços para a evolução da especialidade, em vez de nos contentarmos com a permissão de praticar a área em que já somos altamente qualificados.
“Enquanto a Cirurgia Bucomaxilofacial fica parada nesse sentido, diversas outras especialidades da Medicina continuam expandindo a sua área de atuação, tais como a Otorrinolaringologia e a Cirurgia Plástica.
“Quanto mais qualificados, mais fortalecida nossa especialidade estará. A resolução CFO 03/1999 foi uma conquista na época, mas, atualmente, se mostra como um grande obstáculo para a evolução e para a prática da especialidade em todo seu escopo. Devemos lutar para rever esses conceitos”, dizem os autores.
Também conforme eles, o treinamento em Cirurgia Estética da Face qualifica melhor e torna o cirurgião bucomaxilofacial
apto a lidar com problemas comuns às outras áreas da especialidade.
“Além disso, torna o cirurgião mais apto a se adaptar às variações do mercado”, finaliza.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2023
Cirurgia Estética: estudo responde se cirurgião bucomaxilofacial está autorizado a fazer
CEO Fabiano de Abreu
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Gestão geral grupo MF Press Global
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