Nosso cérebro diz muito sobre as nossas atitudes, por isso, para quem vive na mídia e depende dos seus resultados é fundamental contar com um apoio especializado, afirma o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela
Esta semana, o atacante do Flamengo, Gabigol (27), perdeu a camisa 10 do time em todas as competições que permitem a alteração e também pagará multa de 10% do salário após ter uma foto sua vazada usando a camisa 2 do Corinthians durante uma festa.
Em recente entrevista ao UOL, o jogador admitiu pela primeira vez a veracidade das imagens após negar via assessoria.
“Primeiro, eu errei. Acho que é errar, pedir desculpas, saber que eu errei. Mas nesse momento que a foto saiu, eu fiquei muito perplexo. Fiquei sem entender. Esse período que fiquei sem falar, sem me pronunciar, foi um período que tirei para pensar. É claro que na emoção dos fatos, o meu primeiro pensamento foi negar. Como eu falo com meus amigos, eu coleciono camisas, troco camisas, seja de seleção, de basquete, e essa camisa eu acabei recebendo e usando”, afirmou Gabigol durante a entrevista ao UOL.
A importância de uma assessoria neuropsicológica
De acordo com o Pós PhD em neurociências e membro da Society For Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, todo jogador de futebol profissional precisa contar com uma assessoria neuropsicológica.
“Cada vez mais é importante para pessoas públicas moderar as suas atitudes e cuidarem das suas imagens, mas isso pode ser muito complicado para pessoas com personalidades difíceis, para isso é preciso um apoio profissional que entenda as variáveis e possa direcionar melhor as suas atitudes”, afirma.
“É justamente este trabalho que faço com jogadores profissionais, uso a neurociências e genômica para entender o jogador e trabalhar de acordo com a sua essência. É possível entender as variáveis. Gabigol conseguiu feitos extraordinários para um clube cuja torcida é bastante inflamada e a repercussão dos acontecimentos no Flamengo tem maior repercussão que a maioria dos clubes”.
“Essa inflamação no ambiente do jogador, dentro e fora do trabalho e em suas redes sociais pode acender ou aumentar uma personalidade narcísica que revela comportamentos infantis, chamado popularmente de ‘mimado’, não reconhecendo os erros e com uma necessidade exorbitante de chamar a atenção. Existe uma má interpretação e consciência sobre os atos, prevalecendo sempre a sensação de que ele não está errado e sim os outros. Há sempre uma justificativa”, explica Dr. Fabiano de Abreu.
Traços narcísicos podem afetar o desempenho do jogador
Os traços da personalidade de alguém contribuem diretamente para o ganho ou perda de produtividade técnica, no caso dos jogadores, de desempenho em campo, afirma Dr. Fabiano.
“Esse traço de personalidade pode se tornar patológico prejudicando a conexão frontotemporal do cérebro e fazendo com que as emoções e valores próprios se sobressaiam à razão. E essa região prejudicada no cérebro tem relação com o melhor desempenho no futebol, logo, explica-se a razão da queda técnica do jogador. Há uma raça determinada pela emoção, mas não há o mesmo acerto técnico de antes”.
“Vale ressaltar que não estou diagnosticando o jogador, apenas estou o avaliando conforme o seu comportamento”, pondera.
Sobre Dr. Fabiano de Abreu Agrela
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues MRSB é Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society, Numerical e HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 250 artigos científicos e 23 livros.
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