Tostão
PUBLICADO EM 13/12/15 - 03h00
Assisti a duas recentes entrevistas de Dunga, nas TVs Globo e Fox. Como sempre, ele não respondeu. Reagiu, retrucou, com a cara amarrada e com frases feitas, as de sempre, que, muitas vezes, não tinham relação com a pergunta. Dunga reage, como se todos quisessem afrontá-lo, criticá-lo, ameaçá-lo.
Treinador de seleção brasileira deveria ser mais amável, didático, e explicar suas intenções e conceitos sobre o time e o futebol. Para isso, Dunga não precisa perder suas qualidades, como a sinceridade, a franqueza e o rigor. Grande parte do público do futebol quer entender, e não apenas torcer para a seleção e para seu time.
Ao ser questionado sobre a evolução do futebol e sobre a maneira de jogar das maiores equipes do mundo, Dunga reagiu. Disse que não existe nada de novo, diferente, e que tudo está na internet. Ele, com seu dogmatismo e simplificação, demonstra sua pouca curiosidade e apreço pela diversidade e pela ciência esportiva, como se todo o conhecimento e os mistérios do futebol se resumissem a alguns lugares-comuns, clichês e regras. É mais um Zé-Regrinha.
Para Dunga e o diretor-técnico Gilmar Rinaldi, como disse em uma entrevista ao programa “Seleção SporTV”, os escândalos na CBF não diminuem a alegria e o prazer que o público tem pelo futebol brasileiro. Estão enganados. Falam ainda que não ficam incomodados nem constrangidos de trabalharem na seleção de um país em que o ex-presidente da CBF está preso, e o atual, licenciado, processado e acusado de corrupção. Ricardo Teixeira, que antecedeu aos dois e que sucedeu a João Havelange, é outro denunciado pela Justiça norte-americana. Formaram um quarteto afinado.
Dunga e Gilmar não fazem nada ilegal, aproveitam uma ótima oportunidade profissional, e as pessoas não costumam se preocupar com a vida do patrão quando são contratadas por uma empresa. Porém, no mínimo, deveriam sentir-se constrangidos por exercerem cargos de confiança do presidente da CBF. Por isso, em 2000, não aceitei o convite para ser diretor-técnico da seleção, quando o presidente era Ricardo Teixeira, e, recentemente, para manter minha independência como colunista, recusei o plano de saúde ofertado pela CBF aos campeões do mundo.
Dunga criticou os que não comparecem, quando convidados, aos eventos realizados pela CBF, pois, segundo ele, são oportunidades para ajudar o futebol brasileiro. Não aceitei ir a encontros entre campeões do mundo, comentaristas e a comissão técnica porque quero manter distância da CBF e porque não acredito em reuniões esporádicas, em que todos se abraçam, se elogiam, e cada um diz uma frase, geralmente um lugar-comum. É muito blá-blá-blá e pouca ação.
O que o futebol brasileiro precisa é de profissionais competentes, independentes e transparentes, para exercer os cargos técnicos e de gestão.
Lamentável. A declaração do pai de Neymar, segundo noticiário da imprensa, de que, se o Fisco e a Justiça da Espanha continuarem muito severos, seria melhor seu filho jogar em outro país, e lamentável.
Treinador de seleção brasileira deveria ser mais amável, didático, e explicar suas intenções e conceitos sobre o time e o futebol. Para isso, Dunga não precisa perder suas qualidades, como a sinceridade, a franqueza e o rigor. Grande parte do público do futebol quer entender, e não apenas torcer para a seleção e para seu time.
Ao ser questionado sobre a evolução do futebol e sobre a maneira de jogar das maiores equipes do mundo, Dunga reagiu. Disse que não existe nada de novo, diferente, e que tudo está na internet. Ele, com seu dogmatismo e simplificação, demonstra sua pouca curiosidade e apreço pela diversidade e pela ciência esportiva, como se todo o conhecimento e os mistérios do futebol se resumissem a alguns lugares-comuns, clichês e regras. É mais um Zé-Regrinha.
Para Dunga e o diretor-técnico Gilmar Rinaldi, como disse em uma entrevista ao programa “Seleção SporTV”, os escândalos na CBF não diminuem a alegria e o prazer que o público tem pelo futebol brasileiro. Estão enganados. Falam ainda que não ficam incomodados nem constrangidos de trabalharem na seleção de um país em que o ex-presidente da CBF está preso, e o atual, licenciado, processado e acusado de corrupção. Ricardo Teixeira, que antecedeu aos dois e que sucedeu a João Havelange, é outro denunciado pela Justiça norte-americana. Formaram um quarteto afinado.
Dunga e Gilmar não fazem nada ilegal, aproveitam uma ótima oportunidade profissional, e as pessoas não costumam se preocupar com a vida do patrão quando são contratadas por uma empresa. Porém, no mínimo, deveriam sentir-se constrangidos por exercerem cargos de confiança do presidente da CBF. Por isso, em 2000, não aceitei o convite para ser diretor-técnico da seleção, quando o presidente era Ricardo Teixeira, e, recentemente, para manter minha independência como colunista, recusei o plano de saúde ofertado pela CBF aos campeões do mundo.
Dunga criticou os que não comparecem, quando convidados, aos eventos realizados pela CBF, pois, segundo ele, são oportunidades para ajudar o futebol brasileiro. Não aceitei ir a encontros entre campeões do mundo, comentaristas e a comissão técnica porque quero manter distância da CBF e porque não acredito em reuniões esporádicas, em que todos se abraçam, se elogiam, e cada um diz uma frase, geralmente um lugar-comum. É muito blá-blá-blá e pouca ação.
O que o futebol brasileiro precisa é de profissionais competentes, independentes e transparentes, para exercer os cargos técnicos e de gestão.
Lamentável. A declaração do pai de Neymar, segundo noticiário da imprensa, de que, se o Fisco e a Justiça da Espanha continuarem muito severos, seria melhor seu filho jogar em outro país, e lamentável.
Novo técnico
Imagino que, se o Cruzeiro disputasse a Libertadores no próximo ano, Deivid não seria contratado. Se o motivo principal foi financeiro, devido à adesão ao Profut – refinanciamento da dívida com o governo –, tudo bem. Discordo das alegações de que Deivid se preparou para o cargo. Ter sido auxiliar de Mano Menezes, por pouco tempo, e de Luxemburgo, não é suficiente. Ex-atletas que encerram a carreira deveriam ser treinadores de equipes menores, antes de dirigir um grande clube como o Cruzeiro.
Evidentemente, há exceções. Não vejo na carreira de atleta de Deivid sinais de que ele seria uma delas. Tomara que seja. O futebol brasileiro precisa de ideias novas. Imagino que a contratação de Pedrinho para auxiliar seja de Deivid, já que o Cruzeiro não deve conhecê-lo. Tomara também que não seja uma ação entre amigos.
Evidentemente, há exceções. Não vejo na carreira de atleta de Deivid sinais de que ele seria uma delas. Tomara que seja. O futebol brasileiro precisa de ideias novas. Imagino que a contratação de Pedrinho para auxiliar seja de Deivid, já que o Cruzeiro não deve conhecê-lo. Tomara também que não seja uma ação entre amigos.
O Tempo
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