postado em 30/04/2016 21:04
Paulo de Tarso Lyra, Ataide Almeida Jr.
Ao fim do vídeo, um homem aparece dizendo que o senador foi "demitido por telefone" porque era incompetente
O senador Cristovam Buarque foi hostilizado, neste sábado (30/4), em uma livraria de um shopping da cidade. Aos gritos de "traidor", "tchau querida" e o "povo não aguenta mais o PT", o senador do PPS tentou argumentar com as pessoas, mas não conseguiu ser ouvido.Ao Correio, o senador disse que "episódios como esse acabam me empurrando em direção ao voto favorável pelo impeachment". “É verdade que ainda não me decidi como votarei no processo. Aprovo a admissibilidade, mas não me defini quanto ao mérito", disse. O senador reclamou que o país está passando por um processo de sectarização, que acabou se materializando na necessidade de se construir um muro na Esplanada dos Ministérios no dia da votação do impeachment na Câmara dos Deputados.
“Essa foi a primeira vez que passei por isso. Em outros momentos, alguns eleitores já tinham me alertado, afirmando que ´estavam de olho em mim´ se votasse contra a Dilma. As abordagens, no entanto, sempre foram educadas”, declarou ele. Para Cristovam, o vice-presidente Michel Temer – com quem esteve reunido na última quinta-feira, também está preocupado com o aumento da radicalização.
“Quando esse processo for finalizado, precisaremos fazer uma campanha ´aperte a mão de seu adversário´. Começamos com os gritos, passamos para os cuspes, daqui a pouco aparece alguém armado e a coisa não vai parar mais”, preocupou-se ele.
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