SÃO ROQUE DE MINAS. A história do queijo canastra remonta ao final do século XVIII e início do século XIX, numa produção de subsistência. Nesses dois séculos, o produto da serra da Canastra e seu terroir próprio resistiu a todas as dificuldades – desde a área de 7.500 km² e a dificuldade de logística em duas rodovias, à pirataria aos entraves da lei. Hoje, os 800 produtores da serra têm o produto artesanal regulamentado com a instrução normativa nº 30/2013 e rastreabilidade.
Os produtores se organizaram na Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan), conseguiram R$ 145 mil por ano do Sicoob Saromcred para dar suporte à entidade e financiamento para os produtores na cooperativa de crédito sediada em São Roque de Minas.
Com o novo tempo, os produtores viram a demanda subir. “Existe até fila de espera de 20 dias para o queijo canastra poder ser despachado”, conta o gerente técnico da Aprocan, Paulo de Matos. “Produtores com cem a 120 litros de leite por dia faturam R$ 20 mil por mês (com o queijo). O turismo, que era somente ecológico, hoje tornou-se também gastronômico”, comemora o presidente do Sicoob Saromcred, João Carlos Leite.
Matos explica que quanto mais feio, mais saboroso o queijo. Essa característica é encontrada no sítio Bela Vista. “O mofo aconteceu por acaso, mas, por fora e por dentro do queijo, o sabor é diferente”, conta Ivair Oliveira. Em 14,7 hectares, ele fabrica de dez a 12 queijos por dia com sua mulher Lúcia. Depois de fazer o Empretec, do Sebrae, e ingressar na Aprocan, o produtor viu seu faturamento quintuplicar. Há 15 anos na profissão, Ivair passou por dívidas e dificuldades emocionais, mas não desistiu. “Antes, era o queijeiro que colocava o preço: R$ 7 o quilo. Hoje, cobro de R$ 50 a R$ 100, depende da maturação”, diz.
Matos explica que quanto mais feio, mais saboroso o queijo. Essa característica é encontrada no sítio Bela Vista. “O mofo aconteceu por acaso, mas, por fora e por dentro do queijo, o sabor é diferente”, conta Ivair Oliveira. Em 14,7 hectares, ele fabrica de dez a 12 queijos por dia com sua mulher Lúcia. Depois de fazer o Empretec, do Sebrae, e ingressar na Aprocan, o produtor viu seu faturamento quintuplicar. Há 15 anos na profissão, Ivair passou por dívidas e dificuldades emocionais, mas não desistiu. “Antes, era o queijeiro que colocava o preço: R$ 7 o quilo. Hoje, cobro de R$ 50 a R$ 100, depende da maturação”, diz.
O queijo canastra está sempre à mão para o hóspede comer um pedaço no Chapadão da Canastra, que existe há 15 anos em São Roque. Muito comunicativa, a propriedade tem 24 suítes e está em quase 5.000 m². “A taxa média de ocupação é de 80% com turistas de São Paulo, e em segundo lugar, cariocas, por causa do queijo”, diz a hoteleira Renilda Dupim.
Premiação
Vice-líder. O produtor de queijo de São Roque de Minas Guilherme Ferreira ganhou medalha de prata no Mondial du Fromage et des Produits Laitieres em Tours, na França, em julho de 2015.
O Tempo
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