Apostar na diversidade do quadro de funcionários pode ser um bom negócio para as empresas. “Elas lucram 30% a mais”, calcula a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, seção Minas Gerais (ABRH-MG), Eliane Ramos de Vasconcellos Paes. Já um levantamento da consultoria McKinsey and Company mostra que as instituições com maior diversidade racial e de gênero conseguem um retorno financeiro 35% maior que a média do setor. A pesquisa foi feita com grandes empresas de América do Norte, América Latina e Reino Unido.
Embora os resultados financeiros possam ser melhores, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados no que se refere à inclusão, já que 61% dos funcionários LGBT escondem sua condição de colegas e gestores, conforme dados do Center for Talent Innovation, divulgados por Bárba Vieira, ativista dos direitos das mulheres e visibilidade lésbica. Ela foi uma das participantes do Fórum ABRH-MG, que aconteceu nessa segunda-feira (4), no Ouro Minas Palace Hotel, em Belo Horizonte. O tema do encontro, que teve 526 inscritos, foi “Inovar a gestão pela diversidade”.
A pesquisa mencionada por Bárbara inclui vários países, entre eles o Brasil. “E quem é assumido evita falar sobre isso no horário de trabalho, e ainda altera o comportamento para poder se integrar com seus colegas e se encaixar no padrão exigido”, acrescenta.
E conseguir um cargo de chefia é ainda mais difícil para um integrante da população LGBT, já que, segundo pesquisa da empresa de recrutamento Enlacers, 38% das empresas brasileiras não contratariam pessoas que fazem desse grupo para cargos de chefia.
E não é só o levantamento da consultoria McKinsey que mostra que a diversidade contribui para que os resultados financeiros das empresas sejam mais positivos. Estudo divulgado em fevereiro deste ano, feito pela DDI, empresa de análise e pesquisa, e pela Ernst & Young (EY), mostra que empresas que tiveram 30% de diversidade de gênero e mais de 20% no nível sênior apresentaram melhores resultados financeiros na comparação com as demais corporações.
Onde há diversidade significativa, a chance de crescimento sustentado e lucrativo é 1,4 vez maior. Nas empresas com maior diversidade, a chance de os líderes trabalharem de forma colaborativa para criar novas soluções e oportunidades é duas vezes superior.
Liderança. As mulheres representam, atualmente, menos de um terço dos papéis de liderança (29%), segundo pesquisa da Ernst & Young (EY) e DDI, junto a 2.400 empresas, de 54 países.
Informação reduz o preconceito
Para diminuir o preconceito, é necessário fornecer mais informações às pessoas, alerta a advogada Graziella Rose, vice-presidente da Comissão OAB Vai à Escola, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e membro da Comissão de Promoção da Igualdade Racial. “A educação pode ajudar, pois tem um poder transformador”, ressaltou durante o Fórum ABRH-MG, que aconteceu nessa segunda-feira (4), na capital.
Ela relatou os preconceitos que já sofreu no mercado de trabalho. “Eu era a única negra em vários lugares, era como se eu não pudesse estar lá. Só que eu posso estar onde quiser”, afirmou.
O líder do Núcleo de Pesquisas em Ética e Gestão Social da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), Armindo Teodósio, ressaltou ainda que é preciso “desaprender os preconceitos”.
A analista comercial e de relacionamento com o cliente da DMT Palestras, Patrícia Augusto, que é trans, lembrou que as empresas precisam lidar com a diversidade de maneira inovadora. “O processo seletivo pode ser traumático para a pessoa que está buscando uma vaga”, disse. Ela aconselha um novo olhar para a diversidade. “Busque o que há de melhor nela”, frisou.
A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB-MG, Ana Lúcia de Oliveira, relatou suas dificuldades e destacou a importância da forma de tratamento para as pessoas que têm deficiência física e mental. “As pessoas têm as suas especificidades. Agora, queremos ser tratados como pessoas capazes, que conseguem exercer diversos tipos de atividade”, ressaltou.
Embora os resultados financeiros possam ser melhores, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados no que se refere à inclusão, já que 61% dos funcionários LGBT escondem sua condição de colegas e gestores, conforme dados do Center for Talent Innovation, divulgados por Bárba Vieira, ativista dos direitos das mulheres e visibilidade lésbica. Ela foi uma das participantes do Fórum ABRH-MG, que aconteceu nessa segunda-feira (4), no Ouro Minas Palace Hotel, em Belo Horizonte. O tema do encontro, que teve 526 inscritos, foi “Inovar a gestão pela diversidade”.
A pesquisa mencionada por Bárbara inclui vários países, entre eles o Brasil. “E quem é assumido evita falar sobre isso no horário de trabalho, e ainda altera o comportamento para poder se integrar com seus colegas e se encaixar no padrão exigido”, acrescenta.
E conseguir um cargo de chefia é ainda mais difícil para um integrante da população LGBT, já que, segundo pesquisa da empresa de recrutamento Enlacers, 38% das empresas brasileiras não contratariam pessoas que fazem desse grupo para cargos de chefia.
E não é só o levantamento da consultoria McKinsey que mostra que a diversidade contribui para que os resultados financeiros das empresas sejam mais positivos. Estudo divulgado em fevereiro deste ano, feito pela DDI, empresa de análise e pesquisa, e pela Ernst & Young (EY), mostra que empresas que tiveram 30% de diversidade de gênero e mais de 20% no nível sênior apresentaram melhores resultados financeiros na comparação com as demais corporações.
Onde há diversidade significativa, a chance de crescimento sustentado e lucrativo é 1,4 vez maior. Nas empresas com maior diversidade, a chance de os líderes trabalharem de forma colaborativa para criar novas soluções e oportunidades é duas vezes superior.
Liderança. As mulheres representam, atualmente, menos de um terço dos papéis de liderança (29%), segundo pesquisa da Ernst & Young (EY) e DDI, junto a 2.400 empresas, de 54 países.
Informação reduz o preconceito
Para diminuir o preconceito, é necessário fornecer mais informações às pessoas, alerta a advogada Graziella Rose, vice-presidente da Comissão OAB Vai à Escola, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e membro da Comissão de Promoção da Igualdade Racial. “A educação pode ajudar, pois tem um poder transformador”, ressaltou durante o Fórum ABRH-MG, que aconteceu nessa segunda-feira (4), na capital.
Ela relatou os preconceitos que já sofreu no mercado de trabalho. “Eu era a única negra em vários lugares, era como se eu não pudesse estar lá. Só que eu posso estar onde quiser”, afirmou.
O líder do Núcleo de Pesquisas em Ética e Gestão Social da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), Armindo Teodósio, ressaltou ainda que é preciso “desaprender os preconceitos”.
A analista comercial e de relacionamento com o cliente da DMT Palestras, Patrícia Augusto, que é trans, lembrou que as empresas precisam lidar com a diversidade de maneira inovadora. “O processo seletivo pode ser traumático para a pessoa que está buscando uma vaga”, disse. Ela aconselha um novo olhar para a diversidade. “Busque o que há de melhor nela”, frisou.
A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB-MG, Ana Lúcia de Oliveira, relatou suas dificuldades e destacou a importância da forma de tratamento para as pessoas que têm deficiência física e mental. “As pessoas têm as suas especificidades. Agora, queremos ser tratados como pessoas capazes, que conseguem exercer diversos tipos de atividade”, ressaltou.
O Tempo
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