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Tela de Leonardo Da Vinci está agora Nas mãos de príncipe árabe
PUBLICADO EM 08/12/17 - 03h00
O príncipe Bader bin Abdullah bin Mohammed bin Farhan al-Saud é o misterioso comprador da “Salvator Mundi”, a obra de arte mais cara já vendida na história, segundo informou o jornal “The New York Times”. A tela de Leonardo Da Vinci retratando Cristo com uma esfera de cristal na mão foi adquirida pelo príncipe saudita por US$ 450,3 milhões, em leilão em Nova York no dia 15 de novembro.
Sem um histórico de colecionador de arte, o príncipe Bader surpreendeu até os especialistas da Christie’s, a casa de leilões que negociou “Salvator Mundi”. A casa tinha dúvidas sobre o interessado, mesmo após o depósito de US$ 100 milhões necessários para se qualificar a participar do leilão. O príncipe fez seus lances pelo telefone.
O valor pago pela obra é mais do que o dobro dos US$ 179,4 milhões desembolsados por uma tela de Picasso em 2015, que era, até então, a mais valiosa arrematada em venda pública.
A aquisição vultosa de uma obra que contraria os preceitos islâmicos e cuja autoria é questionada – muitos críticos atribuem a obra a um discípulo de Da Vinci – contrasta com o momento no país. A Arábia Saudita passa por um expurgo contra corrupção no seio da elite local.
O comprador da tela vem de um ramo menos importante da família real, mas é próximo do líder do expurgo, o herdeiro do trono, Mohammed bin Salman, 32.
O destino do quadro já é conhecido: ele será exibido no Louvre de Abu Dhabi, que já tem em suas paredes outro quadro de Da Vinci, “La Belle Ferronière”, emprestado pelo Louvre de Paris.
A instituição, primeiro museu que representa o Louvre fora da França, tem cerca de 600 obras e é considerada “o primeiro museu universal no mundo árabe”.
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