Há três anos, o pizzaiolo Rylielson de Brito, 26, escolhia onde queria trabalhar. Há três meses, ele vai ao Sine da praça Sete, no centro de Belo Horizonte, duas vezes por semana e ainda não encontrou nenhuma vaga. “Era bem mais rápido. Eu vinha aqui para consultar as ofertas e era encaminhado no mesmo dia. Agora já estou até aceitando outras colocações, como açougueiro, vendedor ou operador de câmera”, conta. Ele é apenas um recorte do pior momento da história da oferta de empregos, que é o mais baixo para um mês de março desde 2003, segundo o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged).
Só nos quatro primeiros meses deste ano, o total de vagas ofertadas por todos os postos de atendimento do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Minas Gerais caiu 42,2%. Foram 1.914 vagas oferecidas de janeiro a abril de 2015, contra 1.118 no mesmo período deste ano. Os dados foram levantados pela diretoria de monitoramento de resultados da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedese).
O diretor de gestão de processos de atendimento da Sedese, Emanuel Marra, explica que a oferta de oportunidades está menor, exatamente num momento em que as taxas de desemprego estão batendo recordes. Considerando somente o Sine na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) da praça Sete, em Belo Horizonte, o fluxo de atendimentos cresceu 11,6%. Em quatro meses, 81.905 pessoas passaram por lá. “O panorama dos anos anteriores não existe mais. Se analisarmos de 2003 até 2014, o Brasil gerou 16 milhões de postos de trabalho e isso começou a se inverter em 2015. Com mais gente procurando emprego e a retração da oferta de vagas, as condições mudam. A massa salarial cai significativamente, e os empregadores ficam mais exigentes”, ressalta.
Segundo Marra, a Sedese ainda não quantificou o tempo de entrada e saída das pessoas demitidas no mercado de trabalho. “Mas podemos afirmar que a recolocação tem demorado muito mais”, observa.
Se, pelo lado da estatística, ainda não há comprovação numérica da demora para reingressar ao mercado, pelos desempregados essa percepção é nítida. Simone Felisberto Santos, 37, está desempregada desde novembro do ano passado, quando saiu de uma loja de artigos domésticos. “Eu venho sempre que posso ao Sine para procurar uma vaga. Nunca fiquei tanto tempo sem conseguir. Com certeza, antes era muito mais rápido para arrumar uma vaga. Agora a gente vem, olha, às vezes chamam para entrevistas, e a gente fica naquela angústia, esperando alguém ligar pedindo para levar os documentos. Só que ninguém liga”, lamenta.
Para Simone, até o emprego dos sonhos mudou. Ela sonhava com carteira assinada, plano de saúde, cesta básica e vale-alimentação. “Agora eu torço para aparecer qualquer vaga”, conta.
Só nos quatro primeiros meses deste ano, o total de vagas ofertadas por todos os postos de atendimento do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Minas Gerais caiu 42,2%. Foram 1.914 vagas oferecidas de janeiro a abril de 2015, contra 1.118 no mesmo período deste ano. Os dados foram levantados pela diretoria de monitoramento de resultados da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedese).
O diretor de gestão de processos de atendimento da Sedese, Emanuel Marra, explica que a oferta de oportunidades está menor, exatamente num momento em que as taxas de desemprego estão batendo recordes. Considerando somente o Sine na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) da praça Sete, em Belo Horizonte, o fluxo de atendimentos cresceu 11,6%. Em quatro meses, 81.905 pessoas passaram por lá. “O panorama dos anos anteriores não existe mais. Se analisarmos de 2003 até 2014, o Brasil gerou 16 milhões de postos de trabalho e isso começou a se inverter em 2015. Com mais gente procurando emprego e a retração da oferta de vagas, as condições mudam. A massa salarial cai significativamente, e os empregadores ficam mais exigentes”, ressalta.
Segundo Marra, a Sedese ainda não quantificou o tempo de entrada e saída das pessoas demitidas no mercado de trabalho. “Mas podemos afirmar que a recolocação tem demorado muito mais”, observa.
Se, pelo lado da estatística, ainda não há comprovação numérica da demora para reingressar ao mercado, pelos desempregados essa percepção é nítida. Simone Felisberto Santos, 37, está desempregada desde novembro do ano passado, quando saiu de uma loja de artigos domésticos. “Eu venho sempre que posso ao Sine para procurar uma vaga. Nunca fiquei tanto tempo sem conseguir. Com certeza, antes era muito mais rápido para arrumar uma vaga. Agora a gente vem, olha, às vezes chamam para entrevistas, e a gente fica naquela angústia, esperando alguém ligar pedindo para levar os documentos. Só que ninguém liga”, lamenta.
Para Simone, até o emprego dos sonhos mudou. Ela sonhava com carteira assinada, plano de saúde, cesta básica e vale-alimentação. “Agora eu torço para aparecer qualquer vaga”, conta.
Candidatos ao posto têm inscrição online
Minas Gerais tem 133 postos de atendimento do Sistema Nacional de Emprego (Sine) espalhados por todo o Estado. Mas, seja para oferecer uma vaga ou se candidatar a um emprego, não é necessário comparecer presencialmente. O diretor de gestão de processos de atendimento da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese), Emanuel Marra, explica que tudo pode ser feito pelo site.
“Nem sempre quem está procurando vaga tem dinheiro para se deslocar até uma unidade. É válido ressaltar que é possível fazer tudo pelo portal maisemprego.mte.gov.br, gratuitamente, As empresas não pagam nada para divulgar seus postos de trabalho”, destaca.
Quem está à procura de um emprego deve fazer um cadastro na aba do trabalhador. “A pessoa faz um login e informa dados como idade, escolaridade e pretensão salarial. O site cruza os dados com os tipos de vagas ofertadas e, a partir desse cruzamento, o candidato já pode até mesmo imprimir uma guia e o encaminhamento para a entrevista”, explica.
Como reflexo da diminuição das vagas, os empregadores têm exigido mais experiência, qualificação e até que os candidatos morem perto do local de trabalho, para economizar com custos de transporte.(QA)
“Nem sempre quem está procurando vaga tem dinheiro para se deslocar até uma unidade. É válido ressaltar que é possível fazer tudo pelo portal maisemprego.mte.gov.br, gratuitamente, As empresas não pagam nada para divulgar seus postos de trabalho”, destaca.
Quem está à procura de um emprego deve fazer um cadastro na aba do trabalhador. “A pessoa faz um login e informa dados como idade, escolaridade e pretensão salarial. O site cruza os dados com os tipos de vagas ofertadas e, a partir desse cruzamento, o candidato já pode até mesmo imprimir uma guia e o encaminhamento para a entrevista”, explica.
Como reflexo da diminuição das vagas, os empregadores têm exigido mais experiência, qualificação e até que os candidatos morem perto do local de trabalho, para economizar com custos de transporte.(QA)
O Tempo
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