terça-feira, 3 de agosto de 2021

Empreender no Brasil é sonho de carreira de jovens universitários

   Programa Radar Empreenda, fruto de parceria entre o Santander e a empresa global de inovação corporativa The Bakery, tem em sua maioria jovens nos primeiros anos de faculdade. Três estudantes contam suas motivações

 São Paulo, 02 de agosto 2021 – Nada de escritórios tradicionais, chefes individualistas e ambientes engessados. Grande parte dos jovens universitários da nova economia quer liderar projetos inovadores capazes de gerar impacto social na vida das pessoas. Em suma: desejam empreender em espaços abertos à criatividade e com novos referenciais de gestão.  É o caso dos estudantes com idades entre 18 e 25 anos que acabam de iniciar o Radar Empreenda do Santander Brasil, programa realizado em parceria com a empresa global de inovação corporativa The Bakery, com duração de seis meses e destinado a apoiar pré-empreendedores e universitários a expandirem seus negócios. Das mais de 1.600 inscrições recebidas, cerca de 85% foram de universitários. Dos 30 que compuseram a seleção final, 24 estão nos primeiros anos da faculdade.

 Os jovens criarão do zero soluções baseadas nos desafios propostos pelo Santander, com todo o suporte e mentoria de profissionais experientes do mercado financeiro. “A Educação tem um poder colossal de transformar a sociedade. Investir nessa área e em programas como esse é fomentar a inovação entre os jovens e inseri-los na economia real. Ficamos surpreendidos positivamente na quantidade de talentos que existem entre os jovens brasileiros e participar do sucesso de alguns será extremamente compensador e inspirador”, afirma o head do Santander Universidades, Nicolás Vergara.

 Bárbara Mariana da Silva Barros, 19 anos, cursa o segundo ano da faculdade de Administração Pública, no Rio de Janeiro. Sempre teve atração pelo mundo do empreendedorismo, cuja maior influência veio de um tio que a presenteou com o primeiro livro sobre o tema. No ano passado, Bárbara participou da competição de tecnologia para meninas Technovation Girls. “Me apaixonei de vez e surgiu a vontade de montar uma startup, mas não sabia como começar. Aí, surgiu o Radar”, diz.

 Filha do meio de uma família humilde, Bárbara foi a primeira a ingressar em uma faculdade pública. “Meus pais tiveram uma vida difícil e minha mãe só conseguiu se formar depois de casada e com filhos. Então, eles sempre tiveram a preocupação de nos estimular a estudar e conquistar independência financeira”, frisa.

 A experiência no Radar para Bárbara tem aberto portas. “O incentivo eu já tinha da minha família, mas faltava uma direção. O apoio de grandes empresas é fundamental para tirar todas as ideias do papel e muda a nossa visão de como funciona, de fato, o mundo dos negócios e das finanças”, argumenta Bárbara, que inclusive é investidora na Bolsa de Valores. 

 A meta da jovem para daqui a alguns anos é estar à frente de uma startup unicórnio que tenha impacto social. “Sempre fiz trabalho voluntário e acho importante tentar retribuir para a comunidade e todas as pessoas que me ajudaram a crescer e chegar onde estou”.

Bárbara Mariana

 Inovação e transformação digital

De acordo com dados mais recentes do relatório Global Entrepreneurship Monitor, 2/3 dos estudantes universitários já encaram empreender como uma opção de carreira.  Para Marcone Siqueira, sócio e cofundador da The Bakery, o interesse de pessoas cada vez mais jovens pelo empreendedorismo significa que o país está com o pé no acelerador da transformação digital. “Mostra que essa nova geração tem acompanhado as oportunidades crescentes desse mercado. A juventude está ouvindo o que falamos sobre o potencial da inovação no Brasil e, se quisermos consolidar o país na vanguarda, precisamos incentivar esse diálogo na mídia, nas empresas, em casa, onde for possível”.

 As gêmeas Carolina e Bruna Robledo, de 19 anos, residentes de Tupã, no interior de São Paulo, por sua vez, estão no 5º semestre das faculdades de Matemática Aplicada e Computacional e Física Computacional, respectivamente. Ambas, selecionadas pelo programa, se apaixonaram pelov empreendedorismo já no ensino médio, quando participaram da mesma competição de Bárbara, em que desenvolveram aplicativos de educação com linguagem mais acessível para estudantes da rede pública de ensino, com foco em matemática.

 “Nossa geração quer um ambiente mais moderno e livre para liderar. E a tendência atual é vermos cada vez mais pessoas empreendendo. As redes sociais mostraram que é possível começar seu negócio e divulgá-lo para milhões de pessoas, por exemplo”, explica Carolina, complementando que a pandemia tornou as coisas mais flexíveis, possibilitando a muitas pessoas criarem suas empresas do zero.

As gêmeas Robledo

 João Crescione, de 20 anos, teve uma trajetória um pouco diferente. Cursando Ciências Biomédicas, em Ribeirão Preto, o desejo de empreender só surgiu nos últimos seis meses. João conta que, antes, se identificava muito pouco com esse universo. “Além de eu querer seguir uma carreira tradicional, eu tinha até certo preconceito. Tudo parecia muito estereotipado. É como se muitos empreendedores já nascessem direcionados, vindo de famílias empreendedoras e com condições financeiras para esse investimento. Eu vim de um background muito diferente. Minha família sempre quis que eu garantisse um bom emprego para me sustentar”.

 A virada de chave aconteceu quando João cursou uma disciplina na faculdade sobre o tema. Embora tenha fortes críticas à forma pela qual o conteúdo foi passado, foi graças à experiência que ele resolveu buscar se aprofundar no tema. “Comecei a ler mais sobre o assunto por conta própria e me apaixonei. O que me atrai no empreendedorismo é a possibilidade de ser criativo, desde que isso tenha um impacto positivo na sociedade. Quero deixar minha marca no mundo, mudar vidas e sair das amarras do mercado tradicional”, afirma.

 No Radar, ele conta que tem tido a chance de falar com pessoas inspiradoras e aprender coisas que não teria oportunidade através de outras iniciativas. “É difícil empreender no Brasil, mas é justamente por isso que eu quero ser um case de sucesso”.

João Crescione

 Radar Empreenda

Planejado para solucionar desafios-chaves da organização e gerar negócios, o Radar Empreenda é fruto de duas antigas iniciativas do Santander e contempla tanto startups consolidadas quanto jovens que sonham empreender. As iniciativas anteriores Empreenda Santander, do Santander Universidades, e Radar Santander, do Lab 033, já alcançaram marcos como 98 mil inscritos e R$ 11 milhões em premiações no período.

 Sobre o Santander Universidades

O Santander Brasil foi selecionado para o top 10 do ranking Change The World 2019 da revista americana Fortune, que aponta as empresas que colaboram para tornar o mundo um lugar melhor por meio de seus próprios negócios. O firme compromisso com a educação superior, por meio do Santander Universidades (www.santander.com/universidades), também diferencia o Banco como a empresa que mais investe em educação no mundo, segundo Informe Varkey / UNESCO / Fortune 500 de 2018. Já são acordos de colaboração com 1.000 universidades e instituições de 22 países, além de 2 bilhão de euros destinados a iniciativas acadêmicas e 600 mil bolsas de estudo desde 2002. O Santander Brasil tem investido mais de R$ 40 milhões por ano em educação, e em 2020 apoiamos mais de 24 mil estudantes por meio de diversos programas de bolsas de estudo.

 Sobre o Lab 033

Localizado no Centro Histórico de São Paulo, no icônico prédio do Farol Santander, o Lab 033 – Laboratório de Inovação e de Novos Negócios do Santander tem como propósito identificar, construir e validar oportunidades relevantes de negócio para o Banco, considerando a visão do cliente e mitigando eventuais riscos. O Lab 033 é também responsável por conectar o ecossistema de startups / fintechs com o Grupo Santander, agregando valor às suas esteiras de negócios e difundindo a cultura de Inovação.

 Sobre a The Bakery

A The Bakery é uma empresa global de inovação corporativa, que atua com uma rede de dezenas de milhares de soluções em mais de 30 países. Considerada a primeira consultoria de inovação corporativa do mundo, foi fundada em 2012 pelos empreendedores e investidores ingleses Andrew Humphries e Tom Salmon, e trazida para o Brasil em 2017 pelos sócios Felipe Novaes e Marcone Siqueira. Com foco em inovação aberta, a consultoria ajuda corporações a inovarem de maneira rápida e eficiente, identificando desafios e oportunidades, testando e implementando soluções criadas por startups do mundo inteiro. Com escritórios em 5 países e clientes em 16, atende grandes companhias no Brasil como Santander, Natura, Vale e Sanofi Medley, e já realizou programas para Johnson & Johnson, Grupo Fleury, Servier, CCR, Usiminas, Cemig, entre outras. Site: www.thebakery.com

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