terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Técnica japonesa ‘lê’ informações do cérebro

Baleias e golfinhos são animais que se comunicam a distância. Os lobos, que se encontram em terra firme, entre outros animais, conseguem emitir um sinal captado a quilômetros de distância.

“Os seres humanos também tinham essa mesma capacidade, que foi se perdendo ao longo do desenvolvimento da civilização. Isso fica evidente quando o indivíduo consegue reagir a uma informação emitida por outra pessoa. Se eu me voltar para você no mesmo momento em que seu cérebro me faz uma pergunta eu consigo captar a resposta. Mas essa percepção da pergunta ou da resposta está condicionada a determinado treino”, é o que afirma o japonês Seikoh Itoh, 70, nascido em Quioto, representante do Instituto do Sistema Biológico da Sabedoria Cósmica e que há 35 anos criou a “leitura do cérebro”.

O método já está presente no Japão, em Portugal e na Espanha, e há profissionais em processo de formação no Brasil, o que deve acontecer dentro de três anos.

Itoh explica que não se trata de transmissão unilateral de conhecimentos, mas uma espécie de comunicação que ocorre entre o cérebro de duas pessoas por meio de perguntas e respostas. “Poderia dizer que é o aperfeiçoamento do teste muscular de cinesiologia aplicada. Além de identificar as causas dos sintomas de cada paciente, consigo encontrar a raiz ou a causa-mor de todos os sinais e sintomas que o corpo emite e o tipo de tratamento apropriado para cada caso”.

A partir desse diálogo inicial, o professor desenvolve vários tipos de terapias individuais para ajustar e recuperar o equilíbrio gravitacional e reprogramar o cérebro, por exemplo.

O método foi desenvolvido partindo da premissa de que o cérebro é um banco de dados precioso e guarda todas as informações sobre cada indivíduo. “Na verdade, quem mais sabe sobre você é você mesmo, ou melhor, seu cérebro. Tenha interesse em si mesmo e passe a investigar suas possibilidades. Se você mantiver uma atitude de explorador, certamente encontrará uma pista dentro do seu cérebro. No entanto, para acessar essas informações é preciso estabelecer um diálogo, e é isso que ensino em meus cursos de leitura do cérebro”, diz o japonês.

Para Itoh não existe doença, mas, sim, um corpo em desequilíbrio, e cabe ao terapeuta encontrar a causa. Nesse método, o terapeuta não trabalha com um protocolo genérico, mas com uma abordagem feita sob medida para cada paciente, que é único.

Não se dá muita importância a nomes de doenças, porque o que interessa é a causa que gerou aquele desequilíbrio, que deve ser trabalhado nos níveis físico, emocional e mental.

“Quando o outro emite alguma resposta cerebral, ela gera modificações corporais que conseguimos capturar diretamente do cérebro. Toda informação emitida repercute no espaço, e se a pergunta foi lançada a mim, a resposta também está presente nela, e é possível conhecê-la”, ensina o professor.

Mas será que todas as doenças podem ser tratadas usando-se a leitura do cérebro? “Não há tratamento se não houver conhecimento dos antecedentes, das causas. As doenças e os sintomas refletem a forma como as pessoas lidam com os acontecimentos de sua vida. Portanto, eu não tenho um tratamento específico para isso, mas posso ensinar aos outros como transformar seu pensamento em algo melhor, em um objetivo sólido a ser alcançado, conquistado e transmitido”, comenta Itoh.
Motivo. Seikoh Itoh passou a estudar várias terapias depois que sua sobrinha nasceu com problema mental. Após várias pesquisas, surgiu este método que ele chama de terapia única sob medida.
Verdade

“Todos estamos conecta

As respostas estão na mente do outro

O pesquisador Seikoh Itoh vem se dedicando ao longo de décadas às pesquisas sobre o desequilíbrio que as pessoas apresentam. “O significado da existência humana, até mesmo o local em que cada indivíduo nasce, está conectado com o universo. Todos os seres vivos repercutem em sua existência as mensagens vindas do universo. Se nosso significado de existência nesse universo perder o sentido, tudo mais se extinguirá. Todos estamos conectados pelas informações que entram e penetram por nossos ossos até nossas mentes, até mesmo pela força da gravidade. Se evitarmos receber essas informações, nossa mente perderá a razão, o significado e a necessidade das coisas, e isso se manifestará em nosso físico, por meio de doenças”, sustenta Itoh.

A leitura do cérebro não pretende substituir o tratamento baseado na medicina convencional, no entanto, ela pode ser usada por aqueles que desejam vivenciar esse método, uma vez que todos possuem a mesma capacidade cerebral.
“A medicina tradicional ainda não saiu da infância e, é portanto, incapaz de se aprofundar nos sentimentos humanos, nas necessidades individuais e na razão de cada existência e, por isso, ainda não há um tratamento certo e único que consiga ‘olhar’ para o outro. O primeiro passo é encontrar as respostas que estão na mente do outro. Qualquer pessoa é capaz de realizar a leitura da mente com amor e sinceridade, pois essa é uma capacidade inerente ao ser humano, basta colocá-la em funcionamento”, finaliza Itoh.dos pelas informações que entram e penetram por nossos ossos até nossas mentes, até mesmo pela força da gravidade. Se evitarmos receber essas informações, nossa mente perderá a razão, o significado e a necessidade das coisas, e isso se manifestará em nosso físico.”

O Tempo

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