quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Elmo Calçados tenta recuperação judicial para evitar falência

Com quase 80 anos de tradição, a Elmo Calçados corre contra o tempo para evitar a falência e a demissão de quase 1.200 empregados. O grupo, fundado em 1938 pelo espanhol Ignácio Ballesteros, deve R$ 46 milhões a 181 credores entre trabalhistas, micro e pequenas empresas e grandes fornecedores. No dia 20 de setembro, eles se reunirão em uma assembleia geral para votar um plano de recuperação judicial. A aprovação depende do comparecimento da maioria, ou seja, 50% do total de credores de cada classe, mais um. “É muito importante o comparecimento. Se o plano não for aprovado, a Elmo vai decretar falência, o que significa fechar lojas e demitir”, explica a administradora judicial Maria Celeste Morais Guimarães.

Ela explica que a diferença é que, na recuperação judicial, a empresa pode continuar funcionando, enquanto paga as dívidas, a longo prazo. Já na falência, as atividades são encerradas. “O plano apresentado pela Elmo é pagar as dívidas trabalhistas integralmente, em até um ano, como manda a lei. Já os micro e pequenos empresários, receberiam 100% das dívidas, em até 120 meses. Os chamados quirografários (grandes fornecedores) receberão com um deságio de 35%, em até 180 meses”, explica Maria Celeste.

Entre os 181 credores, 129 são quirografários e têm R$ 43,72 milhões a receber. A maioria está concentrada em Minas Gerais (72), mas também estão espalhados em mais 12 Estados. Individualmente, a maior dívida é para a Beira rio, que tem mais de R$ 9,5 milhões a receber. A fabricante de calçados está na lista dos 15 credores que já apresentaram objeções ao plano.

A Elmo Calçados tem hoje 53 lojas, sendo 36 em Minas Gerais, a maioria em Belo Horizonte e região, e 17 no Espírito Santo. São 1.173 empregados diretos e cerca de 550 indiretos “A assembleia será no dia 20 de setembro, no hotel Ouro Minas, às 13h. Quem não puder comparecer, pode mandar representante com procuração enviada com 24 horas de antecedência. Se não houver quórum, convocaremos outra, no dia 27. Caso não haja aprovação, a falência será decretada”, explica Celeste.
Aplicativo. O escritório Nemer & Guimarães, responsável pela de recuperação judicial, lançou o App gratuito Espaço do Credor, com todas as informações sobre o processo.


SOBRE O PROCESSO


Desde quando: A Elmo entrou com pedido de recuperação judicial em 15 de março de 2016
Dívida: R$ 46,24 milhões
Credores por classes:
-Quirografários: São 129 credores, com R$ 43,72 milhões a receber
-Micro e Pequenas Empresas: São 38 credores, com R$ 2,32 milhões a receber
-Trabalhistas: São 14, com R$ 189,85 mil a receber
Onde estão os credores: Minas Gerais, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Sergipe Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo.
O Tempo

A VERDADE SOBRE O SISTEMA SINDICAL BRASILEIRO

*Amadeu Roberto Garrido de Paula


Sobre a excelente matéria publicada hoje (30.08.17) no jornal "Valor Econômico", a respeito, precisamente, do sistema S (Sesi, Senai, Sesc e Senac), sob o título "Entidades patronais levam R$ 1 bi para "gerir" Sistema S", nos permitimos acrescentar o seguinte:

O custeio e outros aspectos dos quatro institutos é feito por meio de contribuições (tributos), que incidem sobre a folha de pagamento das empresas industriais e comerciais. É regulado pelo Decreto-Lei nº  4.048, de 22.01.1942, Decreto-lei nº 6.426, de 05.02.1944, Decreto-Lei nº 9.403, de 25-06.1946 e Decreto-Lei 9.853, de 13.09.1946. Como se vê, por sua simples natureza (decretos-lei) todos da era Vargas. Já a lei 8.029, de 12.4.1990 disciplinou o Sebrae.

Verifica-se que todas as normas que atribuiu-se à Confederação Nacional da Indústria e à Confederação Nacional do Comércio a gestão última dessas entidades,porém sem legitimar o aporte de sequer um real a essas confederações, que já tinham sua fonte de custeio, tal como em relação aos sindicatos de empregados, regulado pela CLT.

No entanto, como se constata na matéria, tais Confederações incidiram em verdadeira farra com o dinheiro dos institutos (R$ 1 bi mensal), o que explica os palácios que ambas têm em Brasília (o plural serve a cada uma delas), segundo informações com o aluguel de uma de suas dependências à AGU (Advocacia-Geral da União). Os abusos estão minudentemente descritos no texto jornalístico.

Já em relação à contribuição compulsória dos sindicatos, correspondente a um dia de trabalho, valor descontado do trabalhador, embora também considerado tributo por decisão recente do STF, não onerou folhas de salários e tampouco, por via de consequência, o bolso dos consumidores, já que os empregadores apenas descontavam e não tinham nenhum ônus repassável. Assim, sempre nos causou espécie a crítica ao imposto sindical, eclipsado o terreno amplo dos institutos e do sistema como um todo. E somente agora veio a radiografia do sistema S e do repasse indevido dos recolhimentos às citadas Confederações, por meio século e quase um quartel, sem nenhuma previsão legal. Em suma, essas entidades, sim, foram sempre mantidas por impostos indiretos afetados ao preço dos produtos que consumimos.

O resultado é que, no momento, os sindicatos de trabalhadores estão na UTI, porquanto a contribuição compulsória representava, em média, 30% de suas receitas e, com sua conversão em voluntária, não deverá passar de 20% dessas receitas. Os 70% restantes vinham das denominadas contribuições assistenciais, estas fulminadas por decisão do Ministro Gilmar Mendes, do STF, por decisão monocrática, que só pode ser aplicadora da jurisprudência da Corte, mas que foi totalmente oposta a essa mesma jurisprudência.

A contribuição assistencial sempre foi aprovada em assembleia e vinha no bojo de convenções ou acordos coletivos de trabalho, como justa contraparte a um sem-número de benefícios aos empregados alcançados pelos sindicatos nas negociações coletivas. Nessa realidade, a grande maioria dos sindicatos brasileiros está fechando suas portas, sob os aplausos incompreensíveis de muitos desavisados.

Isso porque vige, desde tempos imemoriais, no direito coletivo do trabalho, o princípio da "contrafação", ou seja, a organização dos sistemas de representação de empregados e empregadores sob o conceito da paridade de armas contrapostas, para que não se gerasse um desequilíbrio nas relações capital-trabalho.  Agora, chegamos a um momento em que o Brasil é único, no sentido de ter confederações patronais equiparáveis a nossas maiores empresas e instituições, enquanto foi desidratado seu adversário obreiro. Um país só de sindicatos patronais, ricos e sem adversários legítimos.

Claramente, o equilíbrio e a iniquidade nos levou a preparar um ingresso na Suprema Corte e no Tribunal de Contas da União, porquanto setor essencial da sociedade e da economia não pode estar sujeito a esse estado patológico.

Certos de sua costumeira atenção a esses temas fundamentais à nação brasileira, receba nosso cordial abraço.

*Amadeu Roberto Garrido de Paula- advogado de organismos sindicais 

Esse texto está livre para divulgação.

País perde 1,003 milhão de vagas com carteira assinada em um ano

O mercado de trabalho no país perdeu 1,003 milhão de vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 2,9% no trimestre até julho ante o mesmo período do ano anterior, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 5,6%, com 566 mil empregados a mais. O número total de empregadores cresceu 10,8% ante o trimestre até julho de 2016, com 412 mil pessoas a mais.
O trabalho por conta própria ficou estável no período, com oito mil pessoas a menos nessa condição.
Houve redução ainda de 88 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 1,4% de ocupados a menos nessa função. A condição de trabalhador familiar auxiliar cresceu 5,7%, com 120 mil ocupados a mais.
Construção demite 623 mil empregados em um ano, revela IBGE
A construção cortou 623 mil postos de trabalho no período de um ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O total de ocupados na atividade encolheu 8,5% no trimestre encerrado em julho de 2017 ante o mesmo período de 2016.
Outras atividades com corte de vagas foram agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-749 mil empregados, recuo de 8,0% no total de ocupados) e serviços domésticos (-133 mil empregados, redução de 2,1% no total de ocupados).
Na direção oposta, a indústria criou 270 mil vagas no período de um ano, uma alta de 2,3% no total de ocupados no setor no trimestre até julho ante o mesmo trimestre de 2016. O comércio contratou 93 mil empregados, alta de 0,5% na ocupação no setor.
O setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais criou 68 mil vagas, elevação de 0,4%. A atividade de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas - que inclui alguns serviços prestados à indústria - registrou um crescimento de 124 mil vagas em um ano, 1,3% de ocupados a mais.

Também houve aumento no contingente de trabalhadores de alojamento e alimentação (+683 mil empregados), outros serviços (+304 mil pessoas) e transporte, armazenagem e correio (+139 mil ocupados).
O Tempo

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Barroso defende ensino religioso facultativo, sem promover crença

Em um julgamento que lança luz sobre o papel da fé na educação de jovens e a discussão sobre a laicidade do Estado, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta quarta-feira, 30, para que o ensino religioso ministrado em escolas públicas seja facultativo e tenha caráter não confessional - ou seja, que não promova uma determinada crença dentro da sala de aula.
O julgamento da ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) será retomado na sessão plenária desta quinta-feira, 31. Por enquanto, votou apenas o ministro Luís Roberto Barroso - que é o relator do processo que questiona dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases e um acordo entre Brasil e o Vaticano que trata do ensino religioso em escolas públicas.
O decreto em questão, assinado em fevereiro de 2010 pelo então ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, promulga um acordo entre Brasil e o Vaticano, que afirma que o "ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas" constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. Na avaliação da PGR, a redação evidencia a adoção de um ensino confessional, ou seja, com vinculação a certas religiões.
A lei de Diretrizes e Bases, por sua vez, prevê que o ensino religioso é de matrícula facultativa, devendo os sistemas de ensino regulamentarem os procedimentos para a definição dos conteúdos. Segundo Barroso, a inexistência de um padrão nacional estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) fez com que Estados e municípios implantassem modelos com contornos diversos - o ministro destacou que Acre, Bahia, Ceará e Rio de Janeiro adotam o modelo confessional, o que representa, na sua visão, grave violação à Constituição.
"A ideia de laicidade também envolve o respeito à liberdade religiosa e o respeito ao direito de não ter qualquer religião. Crianças e adolescentes no ensino fundamental estão em fase de desenvolvimento da sua personalidade e da sua autonomia. A recusa em assistir à aula de religião ministrada oficialmente obriga a criança a uma atitude que a torna diferente dos seus colegas, numa fase em que o temor da exclusão é máximo e o pertencimento ao grupo faz parte do imaginário, da formação dessa criança", ponderou Barroso.
Para Barroso, somente o modelo não confessional de ensino religioso nas escolas públicas é compatível com o princípio de um Estado laico. Nessa modalidade, explicou o ministro, a disciplina consiste na exposição neutra e objetiva de doutrinas, práticas, aspectos históricos e dimensões sociais das diferentes religiões.
Na avaliação do ministro, o ensino religioso deve ocorrer nas escolas públicas com algumas condições: sem matrícula automática dos alunos na disciplina; os estudantes que não quiserem cursar ensino religioso deverão ter alternativas pedagógicas para cumprir a carga horária de estudos; e a possibilidade de os jovens se desligarem do curso a qualquer tempo.
Catequese
Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, escola pública não é lugar para o ensino confessional. "Não se pode admitir que se transforme uma escola pública em espaço de catequese e proselitismo religioso - católico ou de qualquer outra confissão", disse Janot.

Já a ministra-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Grace Mendonça, defendeu os dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases e o acordo celebrado com o Vaticano. "Essa laicidade significa que o Estado não estabeleceu relação de inimizade com a fé. A laicidade estatal tem duplo viés: um negativo e um positivo. O Estado está separado, as instituições estatais não se confundem nem se misturam com as corporações religiosas, mas também há um viés positivo - o Estado deve garantir e assegurar a liberdade de consciência, diretamente ligada à liberdade de crença religiosa", sustentou a ministra.
O Tempo

São Francisco de Assis

Patrocinadores de filme da Lava Jato são mantidos sob sigilo

O TEMPO
O FILME

O filme destaca cenas de ação, histórias da força-tarefa e personagens que ganharam relevância a partir das investigações do início da Lava Jato até março de 2016




PUBLICADO EM 29/08/17 - 22h31

CURITIBA. Os juízes federais da Lava Jato Sergio Moro (Curitiba) e Marcelo Bretas (Rio) e o coordenador da força-tarefa da operação no Paraná Deltan Dallagnol, além de delegados da Polícia Federal (PF) assistiram juntos à pré-estreia do filme “Polícia Federal – A Lei É Para Todos”, na noite de segunda-feira em um shopping em Curitiba. O longa, inspirado na Lava Jato, estreia em 7 de setembro nos cinemas nacionais, mas os patrocinadores foram mantidos em sigilo para “não alimentar patrulha ideológica”, segundo o produtor do longa, Tomislav Blazic.

Moro é interpretado pelo ator Marcelo Serrado. Ele chegou para o filme acompanhado da mulher Rosangela Moro, rodeado por seguranças e foi aplaudido ao passar pelo tapete vermelho. “Espero ver um bom filme”, disse, sucinto.

O delegado Igor Romário de Paula, da PF em Curitiba, definiu o longa como “mais para documentário do que ficção”. “Acho que não dá para se caracterizar como um programa de ficção, não. Está mais próximo do documentário do que da ficção”, disse.

O filme destaca cenas de ação, histórias da força-tarefa e personagens que ganharam relevância a partir das investigações do início da Lava Jato até março de 2016, sob a ótica da equipe da Polícia Federal. O delegado Márcio Adriano Anselmo, responsável pela investigação originária do escândalo de corrupção na Petrobras, disse ter gostado do filme. “Tem sua licença poética, eu não falo tanta besteira assim”, brincou.

O Tempo

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Jundiaí é a primeira cidade do Brasil a ter toda a frota de ônibus coletivo com tecnologia que permite pagamento com cartões de crédito, débito e pré-pago



Nova forma de pagamento sem contato será instalada em 300 ônibus
 
Jundiaí se tornará pioneira ao oferecer aos cidadãos novas formas de pagamento de passagens de ônibus em toda a sua frota. Nesta terça-feira, 29, o prefeito Luiz Fernando Machado, a direção da Transurb, e o CEO da Autopass, Rubens Gil Filho, anunciaram a implantação do pagamento da passagem com cartões ou celulares com função de débito e crédito com tecnologia contactless, solução desenvolvida pela Autopass e Mastercard.
 
As vantagens dos cartões “sem contato” são a facilidade do uso, visto que não precisam de senha, e o tempo de validação mais rápido, já que o plástico não necessita ser inserido, somente encostado no validador. O projeto conta ainda com a participação da Prodata, Banco Santander e Samsung Pay.
 
“Este serviço agiliza o processo de pagamento e embarque, além da conveniência para o passageiro, já que não será necessário que o cliente digite a senha. É uma inovação a favor da mobilidade urbana e do cidadão”, afirma o CEO da Autopass. 
 
"Gradativamente estamos deixando a administração pública analógica para avançarmos para uma cidade digital e inteligente. Com este projeto trazemos qualidade, rapidez e segurança no transporte de Jundiaí e queremos ser referência na eficiência da gestão pública", disse o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado.
 
Estimativas apontam que cerca de 1 milhão de passagens são pagas por esta forma todos os dias, o que representa mais de 25% das viagens na capital da Inglaterra. O que se pretende, especialmente numa cidade muito movimentada como Londres, é que os cidadãos não tenham que fazer fila para comprar ou carregar o bilhete de transporte e que possam usar o cartão com que pagam as suas compras para entrarem, diretamente, no metrô ou nos ônibus. Com isso, a capital da Inglaterra está constantemente no topo do ranking de pesquisas como uma das cidades melhor avaliadas, pois o investimento em tecnologia de pagamentos com cartão sem contato torna o dia a dia na cidade seguro e eficiente. 
 
A solução de pagamento sem contato por meio do cartão de crédito, débito, pré-pago e celulares já é utilizada nos principais sistemas de transporte do mundo. O modelo de Londres, inspirou o desenvolvido pela Mastercard no Brasil e faz parte da estratégia global da companhia em fomentar o uso da tecnologias para tornar as cidades mais inteligentes e a experiência dos cidadãos mais simples, seguras e eficientes”, explica Fernanda Braz, diretora de desenvolvimento de negócios da Mastercard.
 
Gil Filho sinaliza que a Autopass é pioneira na implantação desse sistema na América Latina e que a empresa está pronta para ampliar as cidades atendidas com essa mesma tecnologia. "Oferecemos soluções e serviços para a mobilidade urbana pensando em melhorar a vida das pessoas", concluiu o CEO da Autopass.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Cármen Lúcia abre contracheque de todos os ministros e servidores

O portal do Supremo Tribunal Federal (STF) passou a detalhar os pagamentos de seus ministros e servidores. A medida atende à decisão da ministra Cármen Lúcia, presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de dar maior transparência aos dados sobre os salários e benefícios de todos os servidores do Supremo.
A determinação da ministra foi tomada no dia 18 de agosto e serve para "dar mais eficácia" à decisão administrativa tomada pelo Plenário do STF na sessão de 22 de maio de 2012 e à Resolução 528, de 3 de junho de 2014.
Cármen considerou a necessidade de aperfeiçoar o cumprimento da Lei de Acesso à Informação, de 2011, para permitir a ciência sobre os gastos com pessoal e contratos firmados pelo Supremo. Ela determinou o aprimoramento na exposição dos dados sobre pagamentos de servidores, especificando o subsídio e as demais parcelas, fixas ou variáveis, ainda que realizadas uma única vez
O portal do STF começou a detalhar os pagamentos dos salários dos servidores. As licenças-prêmio pagas em dinheiro já passaram a estar disponíveis no portal.
De acordo com o diretor geral do STF, Eduardo Toledo, o detalhamento seguirá com itens como vantagens pessoais, licença-prêmio, indenização de férias, serviços extraordinários, entre outros que terão as suas origens registradas. Qualquer parcela paga ao servidor terá a sua fundamentação explícita.
No portal do Supremo, quem acessar o menu "Transparência" poderá ver os gastos com remuneração, passagens, diárias entre outros itens. As informações relativas aos salários dos servidores estavam disponíveis no site do STF, mas de forma consolidada e não com a sua destinação esmiuçada, como começou a ser feito agora.

Apesar de o STF não se subordinar ao CNJ, a decisão da ministra se alinha à Portaria nº 63, de 17 de agosto de 2017, que determinou que os tribunais brasileiros enviem ao colegiado os dados relativos aos pagamentos feitos aos magistrados de todas as instâncias do Judiciário, especificando os valores relativos a subsídios e eventuais verbas especiais de qualquer natureza.
O Tempo

Autora lança livro sobre o embate do ser humano com a morte


A escritora Heloisa Seixas vem ao Sempre um Papo para conversar com o público da capital mineira sobre seu mais recente livro, “Agora e na Hora”, nesta segunda-feira (28), às 19h30, no auditório da Cemig (rua Alvarenga Peixoto, 1.200, Santo Agostinho), com entrada gratuita. Assim como em seus últimos dois lançamentos, o tema da atual publicação é o embate do ser humano com a morte.

Qual foi o mote que te despertou a escrever o livro “Agora e na Hora”? 

Sempre escrevi sobre o que me assombra. Meus três primeiros romances, “A Porta”, “Diário de Perséfone” e “Pérolas Absolutas”, tratavam, respectivamente, de paixão, solidão e loucura, três assombros. Mas nada é mais assustador do que o desconhecido. E nada representa mais o desconhecido do que a morte. Achei que era hora.

Por que, na sua opinião, a temática da morte segue como uma das mais delicadas e fascinantes na cultura ocidental?

Acho que a literatura é, em grande parte – aliás, não só a literatura, mas qualquer forma de arte –, uma maneira de exorcizar aquilo que nos inquieta. Há quem escreva para divertir ou para se divertir, mas muitos escritores usam a escrita como uma forma de se livrar dos próprios medos. Quando botamos no papel aquilo que nos inquieta, quebra-se o encanto. De alguma maneira, assumimos o controle. Ou temos a ilusão de que assumimos. Mas isso serve para nos apaziguar.

Você trouxe referências de outras áreas para essa narrativa?

As referências mais fortes são sobre livros e escritores. O personagem principal é um escritor, por isso é um homem que gosta de livros, que lê muito. Portanto é natural que o romance traga essas referências. Mas claro que escolhi citar autores que também são importantes para mim e sempre me tocaram, como Jorge Luis Borges, Ambrose Bierce, Albert Camus, Sylvia Plath.

De que maneira esse livro se inscreve na sua trajetória?

De uns 15 anos para cá, tenho enfrentado a morte, ou a quase morte, de várias maneiras. Não eu, pessoalmente. Mas de forma indireta. E, como tudo que mexe muito comigo acaba virando livro, tenho escrito bastante sobre isso. Foram vários livros em torno desse assunto. “O Lugar Escuro” (2007) é sobre minha convivência com o Alzheimer da minha mãe; “O Oitavo Selo” (2014), um quase-romance no qual relatei, de forma ficcional, os confrontos de meu marido Ruy (Castro) com a morte; e agora este. Sempre que escrevo um livro desses, fico mais leve, passo a dormir melhor.

Como a senhora cria seus livros?

Cada livro se escreve de uma forma única. Todos são diferentes entre si. Já escrevi um romance a partir de uma expressão, que acabou sendo o título. Já escrevi livros em dois meses, talvez até menos. E já levei dez anos para concluir um, justamente o “Agora e na Hora”, porque tinha medo de morrer quando pusesse o ponto final no livro.

Qual o papel da literatura para a existência humana, na sua opinião?

Puxa, essa pergunta é de uma magnitude que me deixa sem fala. A literatura, e a arte em geral, é uma das redenções do homem, uma das justificativas para que ele exista. O que mais dizer?

Qual é a sua primeira lembrança literária?

Minha avó me contando histórias. A história contada, antes dos livros, foi o que primeiro me fascinou e marcou. Escrever não foi uma decisão, foi quase imposição, o resultado de um impulso inexplicável.

Qual é a frase mais marcante que a senhora já leu? 

Uma de Albert Cohen, que usei como epígrafe em um livro: “As palavras, minha pátria, elas consolam e vingam”.
O Tempo

Blogueiro recebe visita de intelectual europeu

Vô Tineco

domingo, 27 de agosto de 2017

Trabalho como fonte de alegria e satisfação

O Muro de Berlim

Em 1961, durante a guerra fria foi erguido o muro de Berlim para separar a parte que ficou sob a administração da União Soviética, das partes que ficaram sob a administração dos Estados Unidos, Inglaterra e França.
De um lado ficou a Alemanha Oriental do outro lado a Alemanha Ocidental.
Assim nasceu o muro de Berlin, que separou o povo de um país por 28 anos.
De 13-08-1961 à 09-11-1989.


"Pé esquerdo na parte da ex-Berlin Oriental e pé direito na parte da ex-Berlin Ocidental.
Em toda Berlin, onde existia o Muro, tem uma marca no chão. De um lado era Berlin Oriental e do outro lado era Berlin Ocidental".






Em 9 de novembro de 1989, com a crise do sistema socialista no leste da Europa e o fim deste sistema na Alemanha Oriental, ocorreu a queda do muro. Cidadãos da Alemanha foram para as ruas comemorar o momento histórico e ajudaram a derrubar o muro. O ato simbólico representou também o fim da Guerra Fria e o primeiro passo no processo de reintegração da Alemanha.  

Serventia da Mineração

Humanismo na Medicina

Dois amigos são espancados por estarem 'felizes demais'

Um jovem norte-americano e o amigo dele foram agredidos por três homens, na madrugada de sábado (27), no meio da  avenida Afonso Pena, no centro de Belo Horizonte. Segundo o estudante de mestrado em demografia, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Shane Landry, 26, ele e o amigo, o também estudante, Victor Afonso de Almeida, 22,  estavam saindo do estabelecimento Pajubar, às 3h30, quando foram abordados por  três homens aparentemente bem vestidos.
"Estávamos rindo, indo embora para casa quando os três chegaram nos perguntando porque estávamos felizes. Não respondemos e continuamos andando. Ao perceber que eles estavam nos seguindo, começamos a correr", explica.
Ainda segundo Landry, os homens conseguiram pegar Victor primeiro e o agrediram com socos e ponta-pés. "Eu corri na frente e quando olhei para trás eles estavam batendo no meu amigo, gritei pedindo ajuda e ninguém ajudou", disse.
De acordo com Victor, enquanto ele apanhava do trio, eles gritavam: "Estava feliz demais, hein?" contou. Só depois que Shane voltou para defender o amigo que eles pararam de agredir Victor e começaram a bater em Shane, que foi atingido com socos nos olhos e chutes pelo corpo todo. "Vim nesta manhã na UPA Leste tentar consulta com ortopedista, parece que desloquei o pulso, dói demais", disse. Victor teve escoriações pelo corpo, mas não precisou procurar o médico.
A suspeita dos rapazes é de que os chutes e socos desferidos contra eles tenha sido uma reação homofóbica. "Eu estava com celular e eles não pediram. Também não levaram a bolsa do meu amigo, que seria um alvo fácil. Fugiram sem levar nada, no sentido Praça Sete. Então ficou muito claro que nos atacaram por nossa orientação sexual”, explicou Shane. 
Ele nasceu na Flórida e mora no edifício JK, no bairro Santo Agostinho, há 2 anos e meio. "Vim para estudar na UFMG, adoro a cidade e as pessoas daqui, não vou desistir de BH, mas situações como estas nos tiram a paz", lamenta.

Segundo a Polícia Civil as vítimas registram boletim de ocorrência na tarde de sábado, na Central de Flagrantes (Ceflan)2, no bairro Floresta. Os autores das agressões ainda não foram localizados e a investigação está em andamento.

Isso é a cara de ódio. Isso é a cara de homofobia. Isso é a cara de inação societal.
Ontem, à noite, eu e um amigo estavam caminhando pelo Centro de Belo Horizonte, voltando do Pajubar. Na esquina da Espírito Santo com Afonso Pena fomos abordados por 3 moços no pleno Centro. A gente tentou de correr mas não conseguimos, e eles começaram de bater na gente na meia da Afonso Pena. Vários carros pararam, mas ninguém saiu para ajudar a gente. Depois de um tempo - realmente não sei.

O Tempo