O aposentado Davi Raimundo, 64, saiu cedo de casa. Às 3h, pegou um ônibus de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, e foi "sozinho" à Caeté. "Na verdade, sozinho a gente nunca está. Tem sempre alguém guiando por nós", conta.
As 3 horas de viagem tiveram um motivo nobre: agradecer. Essa foi a primeira vez que Raimundo foi à Peregrinação Mineira do Terço dos Homens ao Santuário Nossa Senhora da Piedade – Padroeira de Minas Gerais, em Caeté, região metropolitana. Casado há 39 anos, há um ano Davi fez uma promessa que se a mulher se recuperasse de um AVC sem grandes sequelas, iria subir a pé o percurso do santuário, na Serra da Piedade.
Celebrado neste sábado, em sua quarta edição, assim como Raimundo, aproximadamente, 15 mil fiéis, segundo o Corpo de Bombeiro, participaram do evento. Em procissão, grupos de diversas partes do Estado, percorreram 3 km até a Ermida da Padroeira. O evento, que acontece uma vez por ano, sempre no mês de agosto, começou às 7h.
A celebração foi presidida pelo arcebispo dom Walmor, que destacou a importância dos grupos de Terço dos Homens para as famílias e para a Igreja. A celebração teve como destaque também os 100 anos de aparição da Virgem Maria. “São pais, filhos, esposos, em um momento de espiritualidade. É o momento de resgatar os corações de muitos homens. Está é uma bonita e importante tarefa", explicou.
Levando toda a família, o comerciante, Eustáquio Ribeiro, 63, foi ao Santuário com a esposa, os cindo filhos e dois netos. Para Ribeiro, além reunir toda a família, a peregrinação é a oportunidade de incentivar mais pessoas a participar da igreja. "Minha filha quer muito engravidar, esse é meu pedido hoje. Ela está na luta há quatro anos. Estou aqui para agradecer, só de estar com saúde de estar aqui com a minha família, é motivo de alegria. Saímos daqui renovados. É um estimulo muito grande ainda mais diante desta paisagem. Vir aqui é um estimulo para continuar caminhando", afirmou.
O Tempo
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