segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Estátua de Drummond é mais uma vez alvo de vandalismo

A Secretaria de Conservação e Meio Ambiente  do Rio informou que fará hoje (30) o registro do furto na polícia dos óculos da estátua em homenagem ao poeta Carlos Drummond de Andrade, ocorrido na madrugada de ontem (29) na altura do posto 6, em Copacabana.
A estátua foi instalada na orla em outubro de 2002 para comemorar o centenário do escritor nascido em Itabira, em Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902. Imagens de câmeras de segurança do Centro de Operações Rio flagraram um homem carregando uma mochila e usando uma camisa listrada e boné. Ele chutou o rosto da estátua do poeta, cujos óculos foram arrancados. Em seguida, o homem pegou os óculos no chão e foi embora. Pela imagem das câmeras dá para avaliar que o vândalo agiu sozinho.
Em nota, a Fundação Parques e Jardins, órgão da prefeitura do Rio,  informou que está em entendimentos com a multinacional francesa Essilor/Varilux para verificação de possível renovação ou não do termo de adoção da estátua de Drummond pela empresa.
Prazo de 45 dias
O contrato foi iniciado em 2008 e interrompido em janeiro de 2016. Por ter ultrapassado o limite máximo para renovação automática de 30 dias, após o vencimento, mesmo que a empresa demonstre interesse em renovar a adoção, deverá ser providenciado um ato publicado no Diário Oficial do Estado do Rio para que também outras empresas interessadas possam participar do processo - que deve ser finalizado dentro de um prazo de cerca de 45 dias, a partir de sua abertura.
A Fundação Parques e Jardins informou ainda que, desde que o termo foi interrompido, a manutenção do monumento está inserida na programação da Gerência de Monumentos e Chafarizes da Secretaria de Conservação e Meio Ambiente, que vai avaliar a reposição imediata dos óculos.

A estátua de Drummond foi esculpida em bronze pelas mãos do mineiro Leo Santana. Pesando cerca de 150 quilos, foi feita para retratar um momento rotineiro da vida de Drummond, que sempre sentava num banco do calçadão na orla de Copacabana para observar o mar. Desde que foi inaugurada, a imagem já teve os óculos arrancados ou pichados por tinta spray por 11 vezes.
O Tempo

Drummond recebe homenagens pelos 115 anos de seu nascimento

Se vivo, Drummond completaria 115 anos nesta terça-feira (31). As lembranças, a obra legada e toda a presença do poeta no imaginário social e poético brasileiro fazem da data um pretexto para viver suas palavras e, novamente, serem prestadas as homenagens ao itabirano. E são muitas. Por diversas iniciativas, Drummond será clamado. Uma delas é o #Drummond115, evento que será realizado na praça da Liberdade e em outros pontos da cidade de 30 de outubro a 1º de novembro.
A programação é extensa e inclui apresentações de teatro, dança, música, leituras, recitais, debates e intervenções artísticas, além de blitze literárias, realização de um concurso voltado para estudantes da rede estadual de ensino e rodas de leitura em presídios da região metropolitana de BH. Entre os destaques está a conferência “O segundo Drummond”, que será realizada por Antônio Carlos Secchin, no dia 1º de novembro, às 19h30, no Auditório Marco Túlio, do BDMG Cultural.
Também o campo da gastronomia será atravessado pela poética de Drummond. Alguns restaurantes e bares de BH vão oferecer pratos e petiscos criados em homenagem a sua obra.
O jornalista e escritor Humberto Werneck também fará parte do evento. Na terça-feira, às 20h, na Biblioteca Pública Estadual, ele realiza a roda de conversa “Drummond e o tempo de Belo Horizonte”. Werneck tem se dedicado a escrever a biografia do poeta e conta um pouco da experiência com as palavras do itabirano.
O ato de biografar é um gesto que exige muita pesquisa e um debruçar profundo, em especial quando se trata de figuras tão emblemáticas de uma sociedade, como é Drummond para o Brasil. Gostaria que você falasse desse interesse que Drummond te desperta. Como ele te afeta, marca sua própria vivência? Costumo dizer – e peço licença para dizer de novo – que Carlos Drummond de Andrade é o meu poeta, na medida em que, como nenhum outro, ele fala por mim o que não dou conta de falar. Deve ser assim para tanta gente, não é? Drummond, para mim, é muito mais do que referência literária, mera citação – é referência de vida, pois sua voz me socorre nas mais diversas situações. Diante de determinados espetáculos humanos, sejam eles sublimes ou aterradores, sua poesia me vem, não como literatura, mas como pura luz. Exemplos? “Por que Deus é horrendo em seu amor?”. Ou: “Não ser feliz tudo explica”. Ou ainda: “Mas o amor continua”.
O que você pretende abordar na roda de conversa “Drummond e o tempo de Belo Horizonte”? A conversa será sobre aquela Belo Horizonte de 23 anos de idade, onde o garoto Drummond foi viver aos 17, e como foi a vida desse moço naquela cidade, que deixaria aos 32 incompletos. E também sobre um pedacinho de tempo vivido antes, apenas quatro meses, em 1916, como aluno do Colégio Arnaldo, o suficiente, porém, para que ali fizesse duas amizades vitalícias, com Afonso Arinos e Gustavo Capanema, esta última decisiva em sua vida.
Por fim, Drummond é muito lido, falado, estudado. O que ainda não sabemos sobre ele? Alguma pista? Drummond, como se sabe, foi homem de vida pacata e regrada, vida de funcionário público, como ele próprio alegou quando, em 1986, lhe propus fazermos uma bateria de conversas para, de lá, tirarmos um livro-entrevista. Não acreditei que fosse descobrir algo espetacular, sensacional, em seus 84 anos de vida. Mas estou trabalhando para trazer à tona detalhes e histórias, sempre com o objetivo, repito, de bem recompor a figura e a vida de nosso maior poeta.
No museu
De 31 de outubro a 4 de novembro, o Memorial Minas Gerais Vale leva ao público passante da praça da Liberdade uma gravação de poemas de Drummond narrados pelo próprio escritor. O museu também realiza a ação “Cartas à Olivetti”. Cada visitante é convidado a datilografar em uma máquina Olivetti, dialogando com as criações do poeta. O museu já conta com uma sala inteiramente dedicada a Drummond em seu acervo permanente.
O quê. Memorial Minas Gerais Vale comemora 115 anos de Carlos Drummond de Andrade
Quando. De 31 de outubro a 4 de novembro, terça, quarta, sexta e sábado, das 10h às 17h30, e quinta, das 10h às 21h30
Onde. Memorial Minas Gerais Vale (praça da Liberdade, 640, Funcionários)
Quanto. Entrada gratuita
'O amor natural'
Poemas eróticos. O ator Thiago Lacerda fará nesta segunda-feira (30), a partir das 21h, uma leitura de poemas do livro “O Amor Natural”, publicado em 1992, após a morte de Carlos Drummond de Andrade. No livro, o poeta questiona o limite da pornografia. A apresentação ocorre no teatro Bradesco (rua da Bahia, 2.244, Lourdes), com entrada gratuita (os ingressos serão distribuídos duas horas antes do evento).

 

Drummond musicado com beats e remixes

O cantor e compositor Pedro Morais apresenta releituras e arranjos musicais para poemas de Drummond. Com formação de violões, guitarras, baterias eletrônicas, melodias e harmonias, o show “Poema Noturno”, será apresentado nesta terça-feira (31), às 20h, no Grande Teatro do Sesc Palladium.
Para a realização do trabalho, foi preciso um gesto de imersão para dar conta do prazo de 40 dias para criação das versões musicadas dos poemas que transitam pelas mais variadas fases do poeta. “A intenção foi buscar poemas que trouxessem certo ritmo, certa métrica. O trabalho não é só cantar seus poemas. É preciso pensar o contexto das palavras”, comenta Morais.
“Drummond é o poeta mais popular do Brasil e já foi trabalhado por muitos artistas. Belchior, por exemplo, tem um álbum com 31 poemas de Drummond. Foi preciso, então, me distanciar do que já havia sido feito”, completa músico.
“Poema Noturno” ganha, dessa forma, uma roupagem moderna, uma sonoridade pop. Serão apresentados 11 poemas musicados por Morais, Barulhista, que faz os beats e programações, e Richard Neves, que fica por conta do teclado. Além deles, o rapper Douglas Din remixa um texto poético de Drummond em diversas linguagens.
À leitura musical dos poemas, se junta um trabalho de composição imagética com projeções de vídeomapping do artista Daniel Todeschi e iluminação de Paula Manata. “Enfim, é o conceito mais moderno de tudo o que já fiz até hoje”, comenta Morais sobre a empreitada acerca do poe
ta.
Agenda
O quê. Show “Poema Noturno”, de Pedro Morais
Quando. Terça (31), às 20h
Onde. Grande Teatro do Sesc Palladium (av. Augusto de Lima, 420, centro)
Quanto. R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia)

A programação completa do #Drummond115 pode ser acessada no site www.drummond115.wordpress.com.
O Tempo

Reforma traz muita mudança na hora de sair do emprego

As mudanças com a reforma trabalhista não têm impacto apenas durante a permanência do trabalhador na empresa. A partir do próximo dia 13, quando a nova legislação entrar em vigor, haverá alterações nas regras para a hora de se deixar o emprego.
A maior novidade é a criação da figura da demissão por acordo, uma espécie de meio-termo entre ser mandado embora ou pedir as contas, como se faz até agora. Nessa rescisão do contrato de trabalho em comum acordo entre a empresa e o empregado, o trabalhador recebe metade do aviso prévio, acrescido de metade da multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que será de 20%. Na hora de sacar o dinheiro do FGTS em si, o trabalhador tem acesso a 80% do dinheiro na conta do fundo. “Agora, nesse caso, ele perde o direito de receber o seguro-desemprego”, observa o advogado Gilberto Bento Júnior.

“O objetivo da nova modalidade de rescisão é impedir o acordo informal, que incluía a devolução da multa do FGTS ao empregador”, acrescenta a advogada trabalhista Vanessa Caixeta Alves Toffalini. Ela se refere a um “jeitinho” amplamente praticado, que é quando o funcionário, atualmente, pede para ser demitido, recebe seus direitos, mas devolve ao patrão os 40% da multa do FGTS.
Mais alterações. Outra novidade trazida pela reforma está na homologação da rescisão de empregados com mais de um ano de casa. Até então, era obrigatoriamente feita no sindicato da categoria. “Com a reforma, ela deixa de ser obrigatória e pode ser feita na empresa”, explica Vanessa Toffalini.
Na hora de receber as verbas rescisórias, o prazo de pagamento também mudou. “Antes da reforma, o prazo variava de acordo com o tipo de aviso prévio”, diz o advogado trabalhista Davidson Malacco. Ele explica que, no caso do aviso prévio indenizado, o acerto deve ser feito até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão. Para o aviso trabalhado, o pagamento deve ser realizado até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato. “Com a reforma, será de até dez dias a partir do término do contrato. Não haverá mais diferença conforme o tipo de aviso prévio”, esclarece.
O Plano de Desligamento Voluntário (PDV), que é utilizado por empresas com o objetivo de reduzir o quadro de funcionários, também foi contemplado pela reforma. O atual entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) é que o empregado que adere a esse tipo de plano não dá “plena e geral quitação de todos os direitos trabalhistas”. “Com a lei, o PDV passa a figurar no texto normativo, e o trabalhador que o aceita dá quitação das verbas trabalhistas”, diz.
Justa causa. O advogado Davidson Malacco frisa que as demais formas de demissão previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) continuam valendo. Em cada uma, o funcionário recebe verbas rescisórias diferentes. Na dispensa com justa causa, o empregado só recebe o saldo de salário e os períodos de férias vencidas.
Já na dispensa sem justa causa, o trabalhador recebe as verbas rescisórias – aviso prévio, férias vencidas acrescidas de 1/3, férias proporcionais, 13º salário proporcional e saldo de salário. Ele também tem direito à multa de 40% sobre o FGTS, de sacar o dinheiro do fundo, além do seguro-desemprego. Se pede demissão, tem as verbas rescisórias, mas não tem FGTS nem seguro-desemprego e deve o aviso prévio ao patrão.

 

Dispensa em massa sem o sindicato

A demissão coletiva ou em massa também mudou. O professor de direito do trabalho do Ibmec-MG Flávio Monteiro explica que a jurisprudência entende que, para que esse tipo de demissão ocorra, a empresa deverá obrigatoriamente negociar com o sindicato da categoria.
A reforma trabalhista acrescentou o artigo 477-A à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): o que muda é que não haverá mais diferença entre a dispensa individual e a coletiva. “Dessa forma, não é mais necessária a negociação com o sindicato”, observa.
O Tempo

domingo, 29 de outubro de 2017

Brasil pode levar 76 anos para adequar nível de leitura de alunos

Se o país continuar no atual ritmo de melhorias no nível de aprendizado dos alunos, serão necessários 76 anos para que todos os estudantes sejam considerados proficientes em leitura ao final do 3º ano do Ensino Fundamental. O cálculo é do movimento Todos Pela Educação, feito com base nos resultados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2016, divulgados na última semana pelo Ministério da Educação (MEC).
Os dados da ANA mostram que o índice de alunos com nível insuficiente de leitura em 2016 correspondia a 54,73%. Em 2014, o número estava em 56,17%, o que pode ser considerado uma estagnação na melhoria das taxas. Pela classificação, alunos nos níveis insuficientes não conseguem realizar tarefas como identificar informações explícitas localizadas no meio ou no fim de um texto, escrever corretamente palavras com diferentes estruturas silábicas ou fazer contas de subtração com números maiores ou iguais a 100.
“Isso significa que as crianças vão para o 4º ano do Ensino Fundamental sem conseguirem, por exemplo, identificar relação simples de causa e consequência em textos pequenos, o que é uma habilidade absolutamente fundamental para a sequencia escolar e para a construção de uma cidadania plena”, diz o coordenador de projetos do Todos pela Educação, Caio Callegari.
Progressos
Apesar do quadro de estagnação, o especialista acredita que ocorreram processos importantes nos últimos anos, como a aprovação do Plano Nacional de Educação, em 2014, que estabelece para 2024 a meta de todas as crianças estarem alfabetizadas. Ele também cita a Base Nacional Comum Curricular, em análise no Conselho Nacional de Educação, e a construção do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). “A política foi bem desenhada, teve uma construção conjunta da sociedade civil. Foi um bom desenho, mas pecou na implementação”, diz.
Para Callegari, as novas ações anunciadas pelo MEC podem representar uma melhora no cenário da alfabetização do país, mas ainda é uma política tímida para o tamanho do desafio, especialmente em relação às desigualdades regionais. “Tanto o contingente de crianças que não estão sendo alfabetizadas, quanto o ritmo muito lento de superação, quanto esse quadro inaceitável de desigualdade são fundamentais para a gente conseguir refletir quais são as necessidades em termos de políticas públicas”, ressalta.
Desigualdades
Os dados da ANA mostram que as regiões Norte e Nordeste foram as que obtiveram os piores resultados de leitura, com 70,21% e 69,15% dos estudantes apresentando nível de insuficiência, respectivamente. Esses percentuais caem para 51,22% no Centro-Oeste, 44,92% no Sul e 43,69% no Sudeste. Em estados como Maranhão, Sergipe e Amapá, o índice de crianças com nível considerado suficiente em leitura está em torno de 20%.
O especialista Ernesto Martins Faria, diretor do Portal Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), ressalta que os dados divulgados pelo MEC confirmam a dificuldade que o país tem para enfrentar as desigualdades. “É preciso ter altas expectativas e buscar dar mais recursos e suporte para as escolas que mais precisam. E é necessário, sim, ter altas expectativas já no 1º ano do Ensino Fundamental, no 2º, no 3º ano”, destaca.
Para Faria, ainda não dá para avaliar quais serão os resultados das medidas anunciadas pelo governo, pois o sucesso de uma política depende da qualidade da implementação. “A questão é complexa e passa por vários aspectos: promoção de altas expectativas nas escolas, alinhamento da Base Nacional Comum com o programa de formação e com o plano pedagógico da escola, a legitimidade que o programa terá com os docentes, entre outros aspectos”, explica.
Política
A Política Nacional de Alfabetização, anunciada pelo MEC, traz um conjunto de iniciativas que envolvem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a formação de professores, o protagonismo das redes e o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Também será criado o Programa Mais Alfabetização, que deve atender, a partir de 2018, 4,6 milhões de alunos com a presença de assistentes de alfabetização, que trabalharão em conjunto com os professores em sala de aula.

A principal iniciativa da Política Nacional de Alfabetização é um programa de apoio aos estados e aos municípios, às turmas do primeiro e do segundo ano, com materiais didáticos de apoio, de acordo com a escolha dos estados e municípios, com apoio para o professor-assistente e formação continuada. O investimento corresponderá a R$ 523 milhões em 2018.
O Tempo

Visita do Blogueiro a Londres


 Na capital do Reino Unido, Londres, uma das cidades mais vibrantes do planeta, muitas são as atrações a serem visitadas, mas nada me impressionou mais que a Tower Bridge, em português a Ponte da Torre. O seu aspecto medieval a faz parecer muito mais antiga do que os cento e poucos anos que realmente tem. Parece também ser atualmente uma mera atração turística, mas de fato é um componente prático muito importante no complexo e caótico trânsito londrino.
Importante monumento histórico da capital inglesa, a Ponte da Torre, localizada `as margens do Rio Tâmisa, ao lado da Torre de Londres, foi inaugurada em 1894.   

O Blogueiro junto à margem do Tâmisa, com a Ponte da Torre ao fundo

Usina Nuclear na França


Quando estávamos indo de carro, de París para cidade de Tours no sul da França, passamos próximos a uma usina nuclear.
Ficamos impressionados com tantos gases que a usina despeja na atmosfera.

Médicos se rendem a terapias milenares e orientais

Pessoas que sofrem com Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) tiveram os sintomas significativamente reduzidos graças a um tipo de tratamento que nos últimos anos conquistou espaço na medicina convencional: o toque das mãos aliado ao uso de imagem guiada. Foi o que aconteceu com fuzileiros navais nos Estados Unidos. Eles desenvolveram esses bloqueios psicológicos depois de participarem de guerras no Afeganistão e no Iraque.
Pesquisadores do Scripps Center for Integrative Medicine, dos Estados Unidos, descobriram que a terapia de toque, combinada ao relaxamento de visualização, levou a uma redução clínica relevante nos quadros de TEPT. O resultado foi tão positivo que permitiu o retorno desses fuzileiros navais à ativa – o estudo foi publicado na revista “Military Medicine”.

Em entrevista a O TEMPO, a cardiologista americana Mimi Guarneri, uma das autoras do projeto, explicou que testes foram aplicados durante dois anos em uma base da Marinha norte-americana em San Diego, na Califórnia. Nesse período, participaram 123 pessoas, que foram divididas em dois grupos. No primeiro, 55 receberam apenas a terapia de toque. No segundo, os outros 68 foram tratados também com o relaxamento de imagem guiada. Duas vezes por semana, eles passavam por sessões de uma hora cada.

Segundo a pesquisadora, todos os envolvidos apresentavam pelo menos um dos sintomas de TEPT. Entre eles, reexperimentar o trauma por meio de flashbacks, pesadelos, pensamentos intrusivos, respostas emocionais exageradas a trauma, entorpecimento emocional, insônia, irritabilidade, resposta de assalto exagerada ou rejeição a pessoas ou lugares que lhes lembrassem do trauma.
A enfermeira Rauni King, coautora do estudo, disse à reportagem que a melhora dos que receberam a combinação foi impactante. “Isso indica que a intervenção, na verdade, diminuiu os sintomas abaixo do limiar para o diagnóstico de TEPT, o que faz toda a diferença para as pessoas do segundo grupo”, ela explicou.
A terapia de toque é um tratamento não invasivo, baseado em energia, que restaura e equilibra o biocombustível humano para ajudar a diminuir a dor e a promover a cura. É frequentemente usado como complemento em cirurgias e outros procedimentos médicos para redução da dor, diminuição da ansiedade e relaxamento.
Já a imagem guiada é uma maneira de usar a imaginação para ajudar uma pessoa a reduzir o estresse, diminuir a dor e melhorar o bem-estar geral por meio da visualização.
Os dois procedimentos encaixam-se na chamada “medicina integrativa”, que busca aliar aos tratamentos tradicionais procedimentos que trabalham a conexão mente e corpo, inspirados especialmente na medicina milenar oriental. Entre as técnicas oferecidas estão lian gong, tai chi chuan, ioga, reiki, acupuntura, homeopatia, medicina antroposófica e meditação, entre outras.
De acordo com a cardiologista Mimi Guarneri e a enfermeira Rauni King, estima-se que 6% da população mundial utilize a medicina integrativa hoje, um percentual que vem aumentando ao longo dos anos. Elas estiveram em Belo Horizonte para o Primeiro Encontro Internacional de Medicina Integrativa, no último dia 10.
Crescimento. No Brasil, a adesão a essa visão mais completa da saúde também tem crescido de forma substancial. Em 2006, o Ministério da Saúde implantou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e passou a oferecer 19 tipos de tratamentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Um levantamento obtido pela reportagem mostra que, entre 2008 e 2016, o número de atendimentos via SUS com essas técnicas subiu 670%, passando de 271 mil para 2,1 milhões. Expandiu-se também o número de locais de tratamento. Se em 2008 eram 967, hoje são pelo menos 5.514 hospitais ou postos de saúde trabalhando com medicina integrativa no país.
Segundo a médica Iracema Benevides, membro do Conselho Regional de Medicina e professora da UFMG, o grande segredo desse método é complementar os tratamentos convencionais, e não substituí-los. “A medicina tradicional trata o corpo físico com seu remédios, exames e aparelhos. Já a prática integrativa leva em conta o emocional e o psicológico também. Daí, tem-se um pacote completo”, diz.
O Tempo

sábado, 28 de outubro de 2017

Governo aguarda reação do mercado pra regulamentar reforma trabalhista

O governo optou por uma estratégia arriscada no processo de regulamentação das novas normas trabalhistas: vai esperar as reações e, só então, decidir sobre decretos e portarias com detalhamento dos temas mais polêmicos. A julgar pelo acúmulo de dúvidas de patrões, empregados e advogados desde a tramitação da reforma, aprovada em julho pelo Congresso, muitos pontos permanecem obscuros.
As mudanças na legislação trabalhista entram em vigor no próximo dia 11. Um integrante do governo que participa das discussões sobre a reforma confirmou que o plano é “ver primeiro como o mercado vai se comportar”. O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, sustenta que a legislação está pronta para entrar em vigor com as alterações feitas no Congresso.
“Todas as modificações feitas ao projeto apresentado pelo Ministério do Trabalho foram debatidas pelos parlamentares e discutidas nas várias comissões, seguindo o rito estabelecido em um regime democrático”, afirmou. O ministério informou que “a lei é autoaplicável e não exige regulamentação”.
Enquanto defensores da reforma, como o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra, afirmam que ela reduzirá disputas judiciais, alguns especialistas apostam que, sem regulamentação, as mudanças tendem a aumentar os confrontos entre trabalhadores e empresas no Judiciário.
Alguns sindicatos já tentam incluir nos acordos com as empresas uma “cláusula de salvaguarda”, para se protegerem de normas que consideram prejudiciais em relação ao que vale hoje.
“A discussão da lei foi açodada. Há vícios que precisam ser corrigidos”, diz o presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano.
Ainda há dúvidas em questões como a necessidade de aditivos contratuais, a participação de sindicatos em negociações e sobre o trabalho intermitente e em home office. A declaração de juízes trabalhistas de que não seguirão algumas determinações da lei colocou ainda mais lenha na fogueira.
Contestações. Há duas semanas, a Anamatra divulgou uma lista com 125 enunciados contendo recomendações de como os magistrados devem interpretar as novas regras – algumas foram inclusive consideradas inconstitucionais e o entendimento é que não serão seguidas. “É muito preocupante porque ainda não sabemos como os juízes vão encarar várias situações”, diz o advogado Giancarlo Borba, sócio da área trabalhista do escritório Siqueira Castro. Para os especialistas, os pontos mais polêmicos da reforma só serão pacificados depois de dois ou três anos em análise no Judiciário, alguns deles só quando o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestar.
Mesmo antes de entrar em vigor, o texto da nova legislação deverá passar por mudanças, o que tem causado ainda mais insegurança. O presidente Michel Temer prometeu fazer ajustes acordados com a base aliada durante a tramitação do projeto no Senado.

Depois da revolta do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, contra o excesso de medidas provisórias mandadas pelo governo, a tendência é que seja enviado, na primeira quinzena de novembro, um projeto de lei com pedido de urgência.
O Tempo

Dia de São Judas deve reunir 100 mil em BH neste sábado (28)

De carro, de ônibus, de van ou a pé, cerca de 100 mil peregrinos chegarão sábado (28) ao Santuário de São Judas Tadeu, no bairro da Graça, na região Nordeste de Belo Horizonte, para celebrar o dia do santo das causas impossíveis. Vai gente de vários lugares do Estado, e, para pagar promessas, muitos vão andando mais de 5 km, saindo de cidades próximas, como Sabará.
A devoção a são Judas é uma tradição religiosa e também faz parte de uma cultura popular brasileira. Várias igrejas do país organizam missas e eventos em homenagem ao santo.
No santuário da capital, ponto principal das celebrações, as missas começaram na sexta-feira (27) e vão até a meia-noite deste sábado. Desde a madrugada, os fiéis são atendidos em confissões. Mas é no dia 28 de outubro que a igreja fica superlotada. É até difícil chegar, precisa de intervenção no trânsito das ruas próximas e de ambulâncias a postos para o caso de alguém passar mal – são cerca de 250 voluntários no total. “É uma perspectiva de grande acolhida das pessoas que trazem sua experiência religiosa de oração, confiantes na interseção de são Judas Tadeu. É uma experiência muito bonita”, explica o padre Aureo Nogueira de Freitas, reitor do santuário.
No imaginário da cultura brasileira, destaca o padre, são Judas é um dos santos mais fortes, “porque as pessoas se sentem mais próximas para pedir e acreditar”, afirma o religioso.
Em qualquer dificuldade que aparece, a estudante de direito Angélica Maria Duarte, 55, pede ajuda a são Judas. Ela lembra de ter feito promessa para que a filha passasse no vestibular e de rezar para o santo para proteger a outra, que por um descuido jogou álcool no próprio corpo. “Os problemas vão acontecendo, eu vou colocando nas mãos dele. Santo das causas impossíveis”, conta.
SE ORGANIZE
Veja a programação nas igrejas do santo na capital e na região metropolitana:
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Belo Horizonte
Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu (Rua Macaé, 629 - Bairro da Graça)
Adoração ao Santíssimo Sacramento: ao longo do dia até às 21h
Missas: 6h, 8h, 10h, 12h, 14h, 16h, 18h, 20h e 22h - Missa
Missa presidida por dom Geovane Luís: 10h
Missa presidida por dom Vicente Ferreira: 18h
Confissão individual na Capela: 8h às 20h
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Paróquia São Francisco Xavier
Comunidade São Judas Tadeu (Rua Capistrano de Abreu, 20 - Bairro Tupi)
Missa: 6h e 8h
Terço: 15h
Missa: 18h
Procissão: 19h
Missa e barraquinhas: 20h
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Paróquia São Domingos
Comunidade São Judas Tadeu (Rua A, 49 - Conjunto CBTU)
Missa: 6h
Bênção dos veículos (carros e motos)
Missa: 18h
Bênção das famílias
Barraquinhas
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Paróquia Maria, Estrela da Evangelização
Comunidade São Judas Tadeu (Rua Alameda Chico Mendes, 10, Vila Formosa - Castanheira)
Missa: 7h30
Adoração ao Santíssimo Sacramento e Confissões: 9h30 e 12h
Missa com os enfermos: 15h
Procissão: 19h
Missa: 20h
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Contagem
Paróquia São Judas Tadeu (Rua Bélgica, 132 - Bairro Glória)
Missas: 6h, 8h, 10h, 12h e 15h
Missa e procissão com a imagem de São Judas: 18h
Missa: 20h
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Ibirité
Paróquia São Judas Tadeu (Rua Almeida Garret, 45 - Bairro Washington Pires)
Missas: 6h e 8h
Missa presidida por dom Otacílio Lacerda: 10h
Missas: 12h, 15h e 18h
Missa e procissão de São Judas Tadeu: 20h
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Nova Lima
Paróquia São Judas Tadeu (Rua Mississipi, 176 - Jardim Canadá)
Missa presidida por dom Geovane Luís: 19h30
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Pedro Leopoldo
Paróquia Nossa Senhora da Conceição - Comunidade São Judas Tadeu (Praça Francisco Viana, 26 - Centro)
Missa: 7h
Café comunitário: 8h
Missa com enfermos e idosos: 15h
Procissão: 19h
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ALTERAÇÕES NO TRÂNSITO E ÔNIBUS PARA SANTUÁRIO DA CAPITAL NO DIA 28
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INTERDIÇÕES
Rua Geraldo Faria de Souza, entre Avenida Cristiano Machado e Rua Jussara;
Rua Jurema, entre Rua São Roque e Rua São Bento;
Rua Macaé, entre Rua São Roque e Rua São Bento;
Rua Restinga, entre Rua Macaé e Rua Jussara.
Haverá operação de apoio ao embarque e desembarque a pessoas com deficiência e idosos em situação de emergência médica na rua Jussara, entre rua Restinga e rua Geraldo Faria de Souza, das 6h às 24h.
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TRANSPORTE COLETIVO
Será feito o desvio da linha 8103 - Nova Floresta/Santa Lúcia com o reforço do quadro de horários para dias úteis.
Os fiéis também contam com as novas opções de linhas do MOVE da avenida Cristiano Machado. Os usuários podem utilizar as linhas 62, 66, 82, 83P, 85 e desembarcar na estação São Judas Tadeu ou Sagrada Família (utilizando a passarela que sai na rua João Carlos).
Mais informações no portal da bhtrans.pbh.gov.br.
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MUDANÇAS DE CIRCULAÇÃO
Rua Juruá, entre rua São Roque e rua São Bento, atualmente mão dupla, passa a operar em mão única direcional neste sentido;
Rua Juacema, entre rua São Bento e rua São Roque, atualmente mão dupla, passa a operar em mão única direcional neste sentido;
Rua São Roque, entre rua Juacema e rua Jussara, atualmente mão dupla, passa a operar em mão única direcional neste sentido;
Rua Macaé, entre rua São Roque e rua Jataí, atualmente mão dupla, passa a operar em mão única direcional neste sentido;
Rua Jussara, entre rua São Roque e rua Itaquera, atualmente mão dupla, passa a operar em mão única direcional neste sentido;
Rua São Bento, entre rua Jussara e rua Silveira, atualmente mão dupla, passa a operar em mão única direcional neste sentido.

Fonte: Arquidiocese e BHTrans
O Tempo