O TEMPO
TORCIDA NA BRONCA
O brasileiro levou nota 10 do jornal “L’Équipe”, mas ouviu vaias após bater pênalti que faria Cavani superar marca
PUBLICADO EM 19/01/18 - 03h00
Tudo aconteceu no final do duelo, quando o placar apontava 7 a 0 para os donos da casa. O uruguaio Cavani sofreu pênalti e, caso marcasse seu segundo gol no jogo, tornaria-se o maior artilheiro da história do Paris Saint-Germain, pois antes ele já havia igualado no próprio confronto a marca de 156 gols do sueco Zlatan Ibrahimovic.
Só que Neymar pegou a bola e caminhou até a marca do pênalti para fazer a cobrança. Cavani não disse nada, nem reivindicou bater a penalidade. Neste momento, muitos torcedores do Paris Saint-Germain gritaram o nome de Cavani e vaiaram Neymar quando o brasileiro se posicionou para dar o chute. Ele cobrou com perfeição, comemorou e foi cumprimentado pelo próprio Cavani e seus companheiros. Após o jogo, Neymar não deu entrevistas e foi para o vestiário.
O técnico Unai Emery minimizou o episódio e deu total apoio a Neymar por sua atitude. O treinador do Paris Saint-Germain lembrou ainda que Cavani terá outras oportunidades para alcançar a marca inédita. “Ele é o nosso artilheiro, e o time o ajudou a alcançar essa estatística individual. O Neymar bateu o pênalti porque estava em uma noite inspirada. Estamos felizes e sei que haverá mais oportunidades para Cavani fazer os gols”.
A atuação impecável fez com que Neymar fosse consagrado pelo principal veículo esportivo da França, o L’Équipe. O camisa 10 foi atribuído com uma nota máxima, o segundo da história.
“Neymar jogou muito e bagunçou a defesa do Dijon. Uma festa pontuada por quatro gols e duas assistências. É por esses momentos de graça, por esse tipo de sequências de passes deslumbrantes que o brasileiro vale 222 milhões. No mundo, só deve existir três ou quatro jogadores capazes de fazer o que o atacante fez contra Dijon”, disse o periódico francês, justificando a nota 10.
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