Nossos políticos não possuem uma visão sistêmica e moderna sobre o transporte de passageiros e cargas. Investimos apenas no transporte rodoviário que, devido às condições climáticas do Brasil e à baixa qualidade da infra-estrutura, é caro e lento. O transporte ferroviário, que seria uma ótima alternativa, não vem recebendo investimentos que merece.
Em virtude disso o escoamento da nossa produção é precário.
A greve dos caminhoneiros evidenciou algo que já sabíamos: essa extrema dependência que temos do transporte rodoviário.
O descaso com o transporte ferroviário vem de décadas; desde o século passado temos privilegiado o transporte rodoviário, que se tornou o pilar fundamental do giro da economia do país.
Abriram-se muitas estradas; sumiram as ferrovias.
Hoje, o país perde muito com essa falta de visão de futuro de nossos governantes.
Paga-se um preço muito alto por essa política equivocada.
A interrupção do transporte rodoviário gera um rombo na já combalida economia do país.
A interrupção do transporte rodoviário gera um rombo na já combalida economia do país.
Essa greve nos mostra o quanto a má gestão pública afeta o bolço e a vida do povo, povo este que acabará, como de costume, pagando a conta do atraso...
O custo da infra-estrutura é alto, pois o desperdício é grande com obras que são iniciadas mas não são terminadas e com a falta de controle de custos e gastos no setor publico.
Se, por um lado, é justa a revindicação dos caminhoneiros por condições mais dignas de trabalho, por outro lado os efeitos da greve são sentidos pelo povo, que uma vez mais pagará a conta.
Que essa greve dos caminhoneiros traga uma reflexão geral sobre o nosso sistema de transporte. Oxalá algo de positivo vai ficar.
Cristóvão Martins Torres
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