Amadeu Garrido de Paula
Escombros tristes, tempestuosos
tragédias dos miseráveis, Hugo, que nos ouve,
dos pobres rebotalhos desta terra.
Sempre haverá um discurso que emperra
as engrenagens das verdades.
Primeiro de maio que estará incrustado
na memória de um lírico centro velho
refúgio esquecido dos maltrapilhos.
Um dia fostes nossa Cinelândia
o glamour alegre do Cine Ouro.O uivo único era do Leão da Metro
que embalava jovens apaixonados.
História perversa de nossa progressão insensata
nos faz saudosos de tempos breves e idos.
Que estranha borrasca nos dizima
nas profundas entranhas da injustiça?
Teremos de invocar a ira santa
dos deuses implacáveis
que faziam dos homens iguais sob as estrelas?
Amadeu Garrido de Paula, é Advogado, sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados.
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