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Itabirito
25 de agosto de 2022Por Lucas Porfírio
No dia 18 de agosto, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) divulgou que os diretores da Herculano Mineração serão julgados pelo tribunal do júri pelas mortes ocorridas após o rompimento de uma de suas barragens de rejeitos, em 2014. A decisão é da 1ª Vara Criminal de Itabirito.
Na ocasião, três pessoas morreram em decorrência do rompimento da barragem. Segundo o MPMG, os diretores respondem pelos crimes de homicídio qualificado, além de diversos delitos ambientais. Caso condenados pelo júri popular, os acusados podem pegar penas superiores a 60 anos de prisão.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, “uma das vítimas era o motorista de Truck II, que trabalhava na parte de cima da barragem B1 que rompeu, limpando as baias. A outra realizava serviços de topografia na parte superior da barragem. E a terceira operava uma escavadeira na parte de baixo do empreendimento”.
O rompimento da barragem aconteceu em 10 de setembro de 2014, entre 7h30 e 8h, no complexo minerário Mina Retiro do Sapecado, na zona rural de Itabirito. Foram mais de 300 mil metros cúbicos de rejeitos que atingiram as vítimas que trabalhavam no local.
“Os denunciados foram os responsáveis pelas mortes, pois sabiam das condições precárias da barragem e não agiram para evitar a tragédia. Os crimes, conforme a denúncia, foram praticados por motivo torpe, uma vez que não foi assegurado o controle efetivo da segurança da barragem”, afirmou o MPMG.
O Liberal entrou em contato com a Herculano Mineração, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.
Jornal O Liberal
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