Laura Medioli
PUBLICADO EM 01/10/17 - 04h30
Outro dia, em Betim, após o expediente de trabalho, saí com cinco amigas para comer alguma coisa e bater papo furado. Contar casos e falar de amenidades como dietas, moda, músicas… Assim como das situações que nós, mulheres, passamos em nosso dia a dia. Tudo isso regado a sucos, cervejas, selfies divertidos e boas risadas.
Há tempos não saía à noite para um happy hour. E entendi como nos fazem falta esses pequenos momentos de descontração. Nada de falar sobre trabalho, problemas, doenças, politicagens e encrencas do tipo. O momento pedia bobagens.
E, no meio das tantas conversas, alguns “filosóficos” questionamentos: é melhor ter gatos ou cachorros? Correr ou malhar na academia? É melhor ser do tipo magra, barriga tanquinho, ou ser gostosona, tipo capa do Super? Rindo muito, concluímos que tanto faz, afinal, não nos encaixávamos nem em uma, nem em outra.
E assim, a noite foi passando, leve, divertida… E que “dane-se o regime!”, dizíamos, enquanto saboreávamos pastéis de angu sem o menoooor peso na consciência.
Sempre tive facilidade em lidar com as pessoas. Adoro conhecer gente! Principalmente mulheres, nesse nosso imenso universo feminino. Não apenas pela natural identificação, mas pela sensibilidade que encontramos ali.
Cultivo amizades de infância, de adolescência, juventude, faculdade, trabalho… Cultivo, porque sei que amigos, mesmo que distantes, são imprescindíveis em nossa vida.
Semana passada, recebi de uma superamiga um texto que repasso a vocês.
O tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa…
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêm.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.
Os filhos seguem a sua vida como você tão bem ensinou.
Mas... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre vocês.
Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, e abençoando sua vida!
E, quando a velhice chega, não existe papo mais gostoso do que o dos velhos amigos... As histórias e recordações dos tempos vividos juntos, das viagens, das férias, das noitadas, das paqueras... Ah!!! tempo bom que não volta mais... Não volta, mas pode ser lembrado numa boa conversa debaixo da sombra de uma árvore, deitado na rede de uma varanda confortável ou à mesa de um restaurante, regada a bom vinho, não com um desconhecido, mas com os velhos amigos.
Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante, nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.
Um texto belo e verdadeiro. Por isso, deveríamos nos esforçar para manter nossos vínculos, compartilhar momentos, sejam tristes ou alegres. Um telefonema, uma mensagem, um encontro… Fazer-se presente na vida de alguém.
Que nos cheguem outras histórias, novos amigos e muitos risos.
Que tenhamos tempo para nos sentarmos numa cadeira de bar, falar um monte de besteiras, dividir e rir das encrencas e labutas do dia, enquanto nos empanturramos de pastéis de angu.
E que tenhamos dentro de nós um espaço reservado, que acomode com conforto e carinho nossas velhas e novas amizades.
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