quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

História que vai para muito além da religiosidade

Cada igreja de Ouro Preto guarda um pouco da história da cidade que se confunde com as memórias de Minas Gerais. E todas as 131 igrejas e capelas de Ouro Preto – das mais ricas e famosas até as pequenas capelas de distritos e povoados – foram catalogadas no livro “Ouro Preto: Igrejas e Capelas” (Ouro Preto Editora), que será lançado nesta quinta-feira (2) no Memorial Minas Gerais Vale.
Segundo o jornalista e historiador Mauro Werkema, autor do livro, a publicação é a única a reunir todo o conjunto de construções da antiga Vila Rica. A obra traz matrizes e capelas, dispostas em 159 páginas que reúnem diversas informações, como fotos, descrições, origens, estilos arquitetônicos e datas.
“Esta obra é fundamental para a preservação da história mineira e brasileira, pois traz estudos fotográficos e documentais de todas as igrejas da cidade”, analisa Werkema.
O jornalista contou também com o trabalho do historiador e doutor em história da arte Alex Boher, responsável por fazer as pesquisas e coordenar o trabalho de imagens, feito por diversos fotógrafos de Ouro Preto. “Convidei-o por causa de sua experiência como historiador que há anos faz pesquisas sobre Ouro Preto”, justifica.
Barroco mineiro. O livro também lança luz sobre o barroco mineiro, que se diferiu do lusitano ao chegar a Minas. “O estilo ganhou características aqui por causa do aspecto sociológico e por causa das marcas do Aleijadinho”, afirma Werkema.
A igreja São Francisco, aliás, é a de maior importância do estilo, uma vez que reúne vários elementos do barroco, como o altar-mor feito pelo pintor Manuel da Costa Ataíde.

AGENDA

O quê. Lançamento do Livro “Ouro Preto: Igrejas e Capelas”.
Quando. Nesta quinta-feira (2), às 18h.
Onde. Memorial Minas Gerais Vale (praça da Liberdade, s/n, Funcionários).
Quanto. Entrada franca. O livro tem o preço de R$ 50


PARA TURISTAS


Tradução. Os textos de “Ouro Preto: Igrejas e Capelas” também foram traduzidos para o inglês e o francês. “Quando se pensa em Ouro Preto, é impossível não pensar também nos turistas”, afirma Mauro Werkema, que também já foi secretário de turismo de Ouro Preto entre 1992 e 1996. Werkema afirma, porém, que o valor de R$ 50 é acessível para qualquer um, não somente para quem vem de fora.
Os exemplares podem ser adquiridos por meio do site ouropretocultural.com.br
O Tempo

Nenhum comentário:

Postar um comentário