domingo, 14 de maio de 2017

Celebração em igreja na capital mineira reúne milhares

Beijando o vidro que protegia a imagem de Nossa Senhora de Fátima, uma mulher falava baixinho, com carinho de filha. “Todas (as santas) são Maria, são mãe, só apareceram em lugares diferentes”, disse ela, que não quis falar o nome, mas contou que saiu do Conjunto Paulo VI, onde mora, na região Nordeste de Belo Horizonte, a 16 km da igreja na praça da Assembleia, no bairro Santo Agostinho, região centro-sul, para participar das homenagens à santa.
Antes mesmo do dia clarear por completo, às 6h deste sábado (13), a igreja de Nossa Senhora de Fátima, na praça da Assembleia, já se abriu para iniciar as programações de fé pelo centenário de aparição de Fátima. Ao longo do dia, serão cinco missas, sendo a última celebrada pelo Dom Walmor de Oliveira, arcebispo da capital, às 19h, seguida por procissão e coroação. Mais de 5.000 pessoas devem passar pela paróquia em devoção à santa pelas contas do padre Fernando Lopes.
Com a certeza de que a santa intercederia por eles, muitos foram fazer pedidos, rezar o terço e acender velas. “Vim pedir emprego para meu genro e minha filha. A intercessão dela é forte, confio muito”, contou a aposentada Zita Carvalho Antunes, 75. Aos 8 anos de idade, ela já orava para que Fátima aparecesse para ela, "ela aparece no meu coração, já pedi emprego para minha afilhada e ela alcançou a graça na hora", lembrou Zita. Há três anos, ela foi em peregrinação à cidade de Fátima, em Portugal.

O padre Fernando Lopes explicou que Maria, em todas as suas aparições, reforça os pedidos e alertas de Jesus, em diferentes contextos históricos. “A Nossa Senhora de Guadalupe apareceu quando muitos indígenas foram mortos, e tinha na pupila dos olhos a imagem do índio. Fátima veio em 1917, em plena Primeira Guerra Mundial, solicitando pela paz, para que as pessoas se voltassem mais à espiritualidade, aos valores da vida”, disse o pároco. Cem anos depois, as orações, nas palavras do padre, são pelas guerras não declaradas, “o desemprego e a violência”.
O Tempo

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