Mineira de Ipatinga pode se tornar primeira prefeita de cidade dos EUA

O Tempo

FRAMINGHAM

A vila será reconhecida como cidade a partir de 2018 e terá como uma das candidatas ao posto de chefe do executivo a jovem Priscila Sousa, de 28 anos, que vive no país desde os 6 anos

PUBLICADO EM 09/05/17 - 16h31

JOSÉ VÍTOR CAMILO

A vila de Framingham, localizada no Estado de Massachusetts, conhecida por ter uma das maiores comunidades brasileiras nos Estados Unidos, será reconhecida como cidade a partir de 2018 e a primeira prefeita do novo município poderá ser uma mineira de Ipatinga, no Vale do Aço. Priscila Sousa, de 28 anos, reside no país desde seus 6 anos e já tem até uma página no Facebook defendendo sua candidatura ao cargo. 

Em conversa com a reportagem de O TEMPO, ela conta que, após a cidade votar pela mudança da estrutura do governo local, ela resolveu que não gostaria de ver as coisas boas da cidade serem perdidas, resolvendo então se candidatar. "Creio que posso administrar essa mudança bem, de uma forma que preserva a essência da comunidade. Já tenho alguns anos de experiência em envolvimento com o governo municipal e uma ótima base de apoio. Com isso, a ideia da minha candidatura veio naturalmente", explica. 

Atualmente a mineira participa da Comissão Municipal de Relações Humanas e já fez estágio com a hoje senadora Barbara L'ltalien quando ela ainda era deputadA primeira eleição da futura cidade de Framingham não terá partidos políticos, portanto, Priscila não se candidatará nem como democrata e nem como republicana. A eleição está marcada para o dia 7 de novembro. "Ainda não sabemos se haverá prévia, dependerá de quantos candidatos oficiais teremos a partir do dia 3 de julho", completa. 

Trump e políticas imigratórias 

Como uma imigrante que pretende entrar para a política, Priscila não conseguiu esconder sua tristeza quando foi questionada sobre como viu a vitória do republicado Donald Trump para a presidência do país. Durante a campanha, uma das propostas do atual presidente era tornar mais rígidas as políticas de imigração e, também, a construção de um muro na fronteira do país com o México.  

"Confesso que fiquei triste. Desde sua eleição existe um ar de medo para a comunidade imigrante aqui nos Estados Unidos. Sinceramente, não acho que isso representa bem os valores deste país. Pelo que eu entendo, essa é uma nação de imigrantes, construída por imigrantes. Está na história do surgimento do país", defendeu.a estadual. A brasileira também tem experiência em campanhas políticas no país, tendo trabalhado na reeleição do ex-presidente Barack Obama, em 2012, em Las Vegas.

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