O rompimento de uma barragem de água de pequeno porte em Morro do Pilar, na Serra do Cipó, na região Central de Minas, não causou danos significativos ao meio ambiente da região, que abriga uma Área de Proteção Ambiental.
Essa foi a conclusão da equipe técnica do Núcleo de Emergência Ambiental (NEA) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) chegou, após visitar o local na manhã deste sábado. O auto de fiscalização, que irá determinar se o rompimento é passível de multa, deverá ser concluído na próxima segunda-feira (8). Caso sejam necessárias, as medidas administrativas serão tomadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), já que a área fica no entorno do parque nacional da Serra do Cipó.
Os técnicos que foram ao local constataram que a barragem que rompeu na última sexta-feira (5) ficava em uma fazenda e era de pequeno porte, com cerca de 1 hectare de área, 5 metros de profundidade e aproximadamente 50 mil metros cúbicos de água. O objetivo dela era servir de bebedouro para a criação de animais e não tinha nenhuma outra atividade relevante.
Ainda segundo a equipe técnica, a água atingiu o rio Picão, que é um subafluente do rio Doce. Por conta do material orgânico e da lama característica desse tipo de corpo d’água, houve uma turbidez no rio. Além disso, o outro único dano significativo foi de algumas árvores que estavam no caminho da água e foram arrancadas.
Ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, a Semad afirmou que uma apuração prévia do NEA já havia descartado o rompimento das barragens de mineração da região. No município vizinho de Conceição do Mato Dentro, a mineradora Anglo American mantém uma operação de extração de minério de ferro e uma barragem, que faz parte do complexo Minas-Rio e armazena cerca de 15 milhões de metros cúbicos de rejeitos e água.
O Tempo
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