sábado, 4 de novembro de 2017

As jabuticabas


No primeiro crepúsculo
um casal de pássaros
invade minha jabuticabeira
para o desjejum.
Não toco nas redondinhas
frutas pretas
afinal, são deles ou são minhas?
Recompostos voam felizes
Aonde vão?
Só sei que cortam os céus
como desejaríamos.
Temos de nos conformar
com os versos e os poemas.
Nossas penas são de escrever
Não de voar.
Nossas asas são palavras
que voam estáticas
por vezes encontram os pares.
Amanhã têm mais jabuticabas
certamente novos pássaros
não sei se terei novos versos.

Amadeu Roberto Garrido de Paula, é Advogado, sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados.

Esse texto está livre para publicação

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