Amadeu Roberto Garrido de Paula
não é um beijo na boca, são sopros no espírito
não é sexo, não é carne, não é desejo, não é paixão;
então o que seria que sentimos de repente?
um homem e uma mulher, e os olhares
perfuram-se, significam-se, amam-se,
viram-se e contorcem-se ao perceber
aqueles mistérios que voam sobre eles
aquelas flores imaginárias crescendo
enquanto eles se olham, pasmos.
Ainda descobriremos
o que nos faz feliz e nos tortura
melhor, porém, é não descobrir,
e dormir sós, em densa névoa de procura.
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