Talvez as luzes que vejo brilhar ao fim da rua
a ostentar a praça onde poetas se reuniampara trocar intuições e mirar a branca lua
sejam sua imaginação que as lamparinas bruxeleavam
Poetas são imortais, ressuscitam, retornam
a este mundo que sempre os põe ao pé da árvoreda qual fizeram a cruz da tarde e chamam
um ladrão qualquer, para ser bom e pedir ao mestre
que o conduza ao paraíso, onde as folhas regadas
pelas chuvas amaciantes são vistas desfolhadasretraem-se quando vêm Adão, seguida de Eva
e Deus os expulsando e os tornado amebas
Poetas de séculos passados imaginaram essas luzes
que iluminam o fim de minha rua, a praçasabedores que por lá andarei com certa graça
e limarei poemas sentado num banco a pensar nas cruzes.
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