Sem muita criatividade e abusando de erros de passe, o Brasil empatou sem gols com a Inglaterra em Londres, nesta terça-feira, em amistoso em que Tite pôde colocar o que considera de mais forte entre seus comandados.
Dos 25 jogadores convocados pelo treinador brasileiro, sete jogam a Premier League. Mas o conhecimento do campeonato inglês não ajudou os brasileiros no duelo de Wembley, que contou com mais de 84.500 torcedores, no primeiro jogo do técnico contra uma das potências europeias.
Foi a segunda prova de fogo do Brasil contra times de outros continentes. No primeiro a seleção venceu o Japão por 3 a 1, em Lille, mas não conseguiu impor um ritmo para furar o bloqueio dos fortes zagueiros ingleses.
Foi o último jogo do Brasil em 2017. Ainda antes da Copa do Mundo, a equipe vai encarar a Alemanha em Berlim no dia 27 de março de 2018. Vai ser o primeiro reencontro entre as duas seleções depois do histórico 7 a 1 imposto pela Mannschaft na semifinal da Copa de 2014.
Antes, a amarelinha viaja até Moscou para enfrentar a Rússia no dia 23 do mesmo mês. São os dos últimos testes antes da convocação final que vai definir o grupo de 23 jogadores que vão buscar o sexto título mundial do Brasil.
- Força máxima -
Aproveitando o rival europeu para testar a força da equipe considerada titular, Tite escalou força máxima. E os primeiros minutos demonstram bom entrosamento entre os 11 favoritos do comandante canarinho.
O Brasil se sentiu em casa em Wembley, jogando com autoridade, liberdade e trocando bons passes. A anfitriã, por outro lado, mostrou postura mais resguardada, apostando em contra-ataques e ligações diretas ao ataque.
A dificuldade dos brasileiros, que tinham posse de bola na casa dos 70%, era furar a linha de cinco defensores montada pelo adversário, prevista por Tite e treinada nas práticas anteriores ao confronto. Mas os ingleses se fecharam muito bem e o Brasil teve problemas para criar jogadas.
Os canarinhos abusaram de passes errados e não tentavam abrir o campo, com jogadas pelas laterais. As chegadas mais claras foram em chutes de longe e penetrações em jogadas individuais, mas com pouco perigo.
Os ingleses, por outro lado, se contentavam em marcar. Desfalcado de vários jogadores, entre eles os perigosos Dele Alli e Harry Kane, o "English Team" só arriscou uma vez com o jovem Rashford de fora da área. O goleiro Alisson foi seguro e defendeu com tranquilidade.
- Jogo morno -
No início da segunda etapa, o Brasil entrou mais ligado e quase abriu o placar logo no primeiro minuto, com Philippe Coutinho recebendo passe em infiltração pelo meio da zaga. Mas o meia do Liverpool chutou em cima do goleiro Joe Hart e desperdiçou.
Depois da primeira chance, o jogo diminuiu em ritmo e as poucas chances de gol voltaram a ser habituais. O panorama de domínio de bola brasileiro e forte marcação inglesa se manteve também no segundo tempo.
Diante do problema de criar espaço entre os gigantes ingleses, Tite tentou fazer mudanças no time ao colocar Fernandinho e William nos lugares de Coutinho e Renato Augusto. A melhor chance veio com o volante do Manchester City, que roubou a bola no meio de campo, carregou até a intermediária e acertou a trave, aos 30 minutos.
Neymar abusava de jogadas individuais e foi vencido na maioria das vezes que tentou acelerar o jogo. Depois de tanto buscar, conseguiu se desvencilhar da marcação em uma delas, aos 39 minutos, e deu passe para Paulinho. O meia do Barcelona encheu o pé chutando cruzado e exigiu boa defesa de Hart.
O Tempo
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