sexta-feira, 4 de junho de 2021

Comércio online cresce enquanto lojas físicas seguem fechando portas

 


Especialista em marketing do Studio Grow, Carolina Zuppo mostra que um dos efeitos da pandemia é o aumento das vendas nas plataformas online. Porém, enquanto isso, as medidas restritivas seguem fechando portas por todo o país. Será que o futuro do comércio é online?

 

Quem anda pela região comercial das grandes cidades brasileiras já deve ter percebido uma triste realidade: Com a pandemia, diversas lojas fecharam suas portas e placas de “aluga-se” ou “passa-se o ponto” estão muito mais em evidência nas ruas do que os famosos letreiros de grandes marcas conhecidas do público.

 

Para se ter ideia, Minas Gerais bateu recorde em fevereiro com o alto número de lojas fechadas em shoppings do estado. Os números do levantamento realizado pela Associação dos Lojistas de Shopping Centers de Minas Gerais (AloShopping MG), apontou um índice de vacância superior a 12% nos estabelecimentos.

 

Porém, se por um lado o cenário parece desolador para os comerciantes, por outro uma opção surge nestes tempos difíceis para reverter a grave crise econômica: o comércio online. Para se ter ideia, segundo levantamento feito pelo Sebrae, 7 em cada 10 empresas venderam seus produtos pela internet entre fevereiro e março deste ano. Além disso, o consumo virtual registrou faturamento de R$ 126,3 bilhões em 2020 (foram R$ 75,1 bilhões no ano anterior). Diante deste cenário, comerciantes e empresários acreditam que os números serão ainda maiores em 2021.

 

Diante da impossibilidade da abertura das lojas físicas por conta das medidas de enfrentamento à Covid-19, a realidade é que os empreendedores viram que a forma de superar este momento difícil é concentrar esforços na internet. Para a especialista em marketing do Studio Grow, Carolina Zuppo, “até quem não utilizava as ferramentas digitais para vender teve que se render a elas para manter seu nome no mercado. E isso vale tanto para os grandes empresários como até para aqueles que são MEI (Microempreendedor Individual)”, observa.

 

Para quem deseja investir na web, Carolina revela que as redes sociais ou aplicativos de mensagens podem ser um caminho mais simples e barato. “A pessoa pode começar a divulgar seus produtos nas plataformas mais comumente usadas, como o Facebook e o Instagram. Pode criar um perfil comercial lá e divulgar as imagens dos seus produtos. E uma vantagem é que estas redes mostram a quantidade de acesso, comentários, curtidas, então o empresário poderá ter uma noção do que está agradando seu público”, reforça.

 

Além disso, a especialista em marketing da Studio Grow revela que “o empreendedor pode realizar vendas em uma página própria (e-commerce) ou investir em marketplaces, que é tipo um shopping virtual onde há vários vendedores de diversas categorias. Nessas horas, é fundamental um suporte de um profissional que possa te ajudar a encontrar qual é a melhor forma para o seu negócio ganhar a visibilidade necessária”.

 

Para quem não quer gastar muito (ou nem pode), uma opção, orienta Carolina, é utilizar o Google Negócios. “É uma ferramenta gratuita que ajuda o empresário na organização das informações de um negócio. Também facilita o trabalho de agendamento e, lembrando, tem grande potencial em dar uma maior visibilidade para sua empresa ser encontrada durante uma busca na internet”, destaca. Para quem deseja investir na web, é fundamental estar sempre atento, ressalta a especialista. “Estar presente e pronto para atender os clientes. Afinal, o público deseja um atendimento rápido e eficaz, da mesma forma como se ele estivesse em uma loja física”, reforça.

 

E agora a tendência é este tipo de comércio ficar cada vez mais comum. Afinal, como acrescenta Carolina Zuppo, as próprias plataformas digitais estão desenvolvendo caminhos para as transações bancárias serem feitas de forma mais rápida e sem envolver o dinheiro físico. “O Banco Central já confirmou que será possível transferir dinheiro via WhatsApp. Então o comerciante ou empresário já pode se preparar para fazer tudo online, ficando responsável apenas pelo envio do produto ao cliente. O restante da negociação será facilitado e digital, por isso muita gente nem vai querer sair de casa para fazer compras. Para quem deseja investir nos meios digitais, a hora é agora’, completa a especialista.



Carolina Zuppo



Jennifer de Paula 

Suporte MF Press Global 

 

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