Na condução de seus negócios na área rural, quando administrou a Fazenda da Vargem, em Nova Era-MG, nosso Avô Antonio Andrade Martins da Costa, o Tineco, tinha criatividade, perspicácia e muita paixão. Tineco era discreto, mas genial. Ele nos deixou um grande legado, que vai muito além da belíssima Fazenda da Vargem.
O modo como criou seus filhos constitui um exemplo fundamental para seus descendentes. O carinho com os Netos nos inspira a sempre nos empenharmos em cultivar os laços familiares. Hoje seus Netos se sentem orgulhosos de pertencer a essa família maravilhosa que ele construiu, juntamente com Vovó Alice Vidigal, natural de Calambau, atual Presidente Bernardes.
Recordando uma parte da minha infância, que passei na Fazenda da Vargem, juntamente com Mamãe, vêm à memória os conselhos que Tineco pacientemente me dava. Um singelo conselho que ele sempre me dava dizia respeito ao cachorro Duque; Tineco sempre dizia: "não puxa o rabo de duque que ele te morde". Apesar do conselho, eu insistia em brincar com Duque, até que um dia ele me mordeu...A partir desse momento aprendi a não brincar com aquilo que podia me machucar. Um conselho que guardei para a vida, e que, mais tarde percebi, valia não só para o Duque, mas para tudo aquilo que representa risco.
Bons tempos, velhos tempos, que não voltam mais!
Ainda que por algumas horas, gostaria de poder reviver a alegria desses momentos.
Meu avô foi para mim um exemplo de fé, de trabalho, de vida, exemplo de coragem para enfrentar os problemas e as lutas, exemplo de amor, amizade e interesse pelos outros.
O amor de Deus esteve sempre presente na vida dele!
Meu avô foi para mim um exemplo de fé, de trabalho, de vida, exemplo de coragem para enfrentar os problemas e as lutas, exemplo de amor, amizade e interesse pelos outros.
O amor de Deus esteve sempre presente na vida dele!
A modernidade que vivemos hoje é responsável por uma série de mudanças na nossa forma de sentir e ver o mundo.
A tecnologia inundou de conforto nossas vidas; hoje dispomos de uma variedade de coisas que facilitam muito nosso dia a dia, mas não encontramos tempo disponível para cultivar nosso lado afetivo. Há cada vez menos pessoas como Tineco!
O convívio reconfortante com a família parece ser coisa do passado, algo lembrado com nostalgia.
Nada nem ninguém é capaz de nos satisfazer plenamente, pois sempre há novas possibilidades para serem testadas na conquista da realização pessoal.
Repletos de conforto e tecnologia, acabamos, na maioria das vezes, ficando cada vez mais sozinhos.
Se, por um lado, não é possível voltar ao passado, por outro lado é possível tentar colocar em prática os ensinamentos de pessoas que nos inspiram, como, no meu caso, Vô Tineco.
Cristóvão Martins Torres
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