No último dia do mês de julho, os servidores públicos do Estado de Minas Gerais ainda não têm qualquer informação sobre a data em que receberão os salários pagos em agosto. Segundo fontes do governo, a escala será divulgada nesta terça-feira (1º) e a expectativa é que o Estado anuncie o pagamento referente a julho em duas parcelas, e não mais em três, como vinha sendo feito há um ano e meio. As secretarias de Fazenda (SEF) e de Planejamento (Seplag) não confirmam oficialmente a informação. As datas ainda não foram divulgadas.
A grande questão é saber se a primeira parcela voltará a ser paga no quinto dia útil, o que beneficiaria 100% do funcionalismo. Desde o ano passado, a primeira parcela é depositada com atraso, entre os dias 10 e 13 de cada mês, o que afeta principalmente servidores que recebem até R$ 3.000 e que equivale a 75% dos trabalhadores.
Outros 20% que recebem entre R$ 3.000 e R$ 6.000 têm o salário parcelado em duas vezes. A segunda parcela costuma ser paga perto do dia 17. Apenas 5% do funcionalismo, com salários acima de R$ 6.000, recebiam a terceira parcela. “Se o governo não antecipar as datas do pagamento, 95% dos servidores não sentirão nenhuma diferença. O pagamento em duas parcelas beneficiaria somente os grande salários”, afirmou uma fonte técnica do governo.
As áreas técnicas realizaram nos últimos dias reuniões frequentes para chegar às datas do pagamento, observando sempre o resultado da projeção do Programa de Recuperação Fiscal (Refis). Um fonte ligada ao governo, ouvida por O TEMPO, sinalizou que os salários não serão mesmo pagos no quinto dia útil, já que a maior parte dos tributos entra no caixa do Estado a partir do dia 10 de cada mês.
Um técnico também ouvido pela reportagem explicou o grande impasse no pagamento da primeira parcela em agosto. “Nos últimos dois meses, o pagamento da primeira parcela foi no dia 13. Em agosto, 13 cai num domingo. Temos feriado nos dias 14 e 15. Então, o depósito pode ser na sexta (11) ou sábado (12/8), ou só após o feriado (16/8). Nessa hipótese, seria a data mais atrasada desde o início do escalonamento”, explicou.
O Tempo