Durante visita a duas obras do Aglomerado Morro das Pedras, na região Oeste de Belo Horizonte, na manhã desta quinta-feira, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) avaliou o andamento da abertura de uma rua e a instalação de um complexo esportivo.
“A abertura do beco 24 de agosto é uma obra que impacta a vida daqueles que precisam. Se quiséssemos ver obras grandes, teríamos ido na Via 710 e no complexo da Lagoinha. Esta é pequena, mas vai atingir diretamente os moradores da região”, disse.
O beco vai virar uma rua de 200 metros de cumprimento e 5 metros de largura que vai ligar a rua 24 de agosto a 4 de julho e dará acesso à avenida Raja Gabaglia, na altura do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Cerca de 60 famílias foram reassentadas e a previsão de término é de um ano.
Em relação ao complexo esportivo chamado de Vila Olímpica, Kalil que já havia se assustado com o tamanho da obra na época da campanha eleitoral, conversou com gestores da Prefeitura de BH para alinhar soluções para que o espaço seja utilizado da melhor forma. “Apesar de eu achar aquilo uma aberração, temos dinheiro e vamos finalizar a obra”.
Ele ainda disse que vai convidar a secretária de educação para visitar a obra e junto com o secretário de Obras, Josué Valadão, analisar a possibilidade de construir uma escola municipal no mesmo terreno. O complexo conta com arquibancada para 800 pessoas e campo de terra de 108 metros por 90 metros, dimensões até maiores que campos usados em competições oficiais de futebol que medem 105 metros por 68.
As obras fazem parte de um conjunto de intervenções no Morro das Pedras orçado em R$ 20 milhões que estavam paralisadas e foram retomadas com a autorização do prefeito, com recursos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).Durante a visita, Alexandre Kalil deu declarações polêmicas sobre a segurança nas UPAS e centros de saúde e sobre os camelôs.
Falta de insumos nos hospitais e UPAS
“Eu fico muito triste quando vejo panelaço na porta da Secretaria de Saúde, eu quero falar para população de Belo Horizonte que o Conselho Municipal de Saúde tem a porta aberta na prefeitura apresentar solução concreta na saúde pro Odilon Behrens, estamos a disposição”. Não esta faltando dinheiro. Maior orçamento da história de Belo Horizonte, quando a justiça manda a gente colocar 15% na saúde, nós estamos colocando 26%, cerca de 3 bilhões de reais”, mas tem burocracia. O dinheiro tá lá, se eles quiserem comprar agulhas, esparadrapos, cobertor, antibiótico é só ir la e apresentar soluções e para colocar as coisas e não sofrer processo e ser preso tem que seguir um rito burocrático”, disse.
Reposta do Sindicato dos médicos
Segundo o médico e diretor de campanha do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sindmed-MG) Arthur Oliveira Mendes, o prefeito já está ciente do que a saúde em Belo Horizonte precisa. “O prefeito precisa se recordar que já estamos conversando com a prefeitura desde o início deste ano. Na verdade quando o Kalil era candidato ele chegou a ir pessoalmente no sindicato conversar. É preciso fazer as coisas acontecerem, nós do sindicato já passamos para ele o que precisa ser resolvido. A apresentação do problema já foi feita. Nós esperamos que haja uma desburocratização dos processos”, disse.
Guarda Municipal
“Olha nós temos que parar de tratar aberrações como coisas corriqueiras. Guarda Municipal é para prender bandido e não proteger hospital. UPA é um nome bonito, mas é hospital. Já estamos colocando à noite, estamos gastando com isso. Mas é um absurdo, tirar a guarda na rua para proteger hospital. Isso não é comum. Casos de violência são raros. Nem normal. Só acontece no Brasil”, disse.
Resposta do Sindicato dos médicos
Ainda segundo Mendes, o prefeito não pode esperar que algo de grave aconteça para tomar providências. “É preciso compreender que a maioria da violência nos centros de saúde veem acontecido durante o dia. Compreendo a visão do prefeito dentro do gabinete com ar condicionado fica mais fácil avaliar. Eu espero que ele não aguarde um fato mais grave para tomar uma atitude. Ele precisa buscar mais informação para entender o que realmente acontece na UPA”, disse.
Camelôs
“O centro não é dos camelôs é da população de BH eles vão sair querendo ou não isso foi definido no cronograma de 90 dias junto com Ministério Público e Defensoria. Tem um monte de coisas que eu não gosto de fazer, eu queria andar pelado na rua , mas não posso, porque tem o código de postura, tem lei eu quero vender coisas na porta da loja dos outros, mas não posso. Nós fizemos do jeito que temos competência para fazer, quem tiver um jeito melhor vai lá na prefeitura ensinar a gente.
O Tempo
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