O pintor e muralista Emeric Marcier (1916-1990) é homenageado, em razão do centenário de seu nascimento, na exposição “Marcier 100: Emeric Marcier”, que está em cartaz até domingo, no Palácio das Artes e terá um catálogo a ser lançado nesta quinta-feira (12), no jardim interno do espaço. Em seguida, Matias Marcier, filho do artista, vai participar de um bate-papo com o público, no Cine Humberto Mauro.
Ele conta que gostou muito e ficou emocionado com a iniciativa, a seu ver, significativa para se compreender a relação entre Emeric e Minas Gerais. “Meu pai era muito ligado a Minas. Ele morava em Barbacena, mas permanecia conectado a Belo Horizonte, onde ele pintou muitos murais. Por exemplo, o ‘Encontro em Emaús’, no convento dos Dominicanos”, afirma Matias.
Centrada em cerca de 70 obras, a mostra contempla diferentes fases da produção artística de Marcier, concebida entre 1940 e 1980. Há a vertente sacra, as paisagens e os retratos. Matias, por sua vez, sublinha a singularidade das criações de seu pai, especialmente aquelas produzidas na segunda metade do século XX. Estas, para ele, dialogam muito com o presente.
“Ele pinta um são Sebastião que, em vez de atingido por flechadas, aparece torturado. Esse foi um quadro feito durante a ditadura militar. Ao fundo, se vê o Pão de Açúcar, então não é um são Sebastião qualquer, mas do Rio de Janeiro. Há uma Pietà com os urubus em volta que ele pintou em Montparnasse, numa época em que estava meio autoexilado, e aqueles urubus ele dizia que tinham a ver com o que estava acontecendo no Brasil. Era uma crítica à ditadura”, comenta Matias, que também sublinha os retratos.
“Estes mostravam mais a alma das pessoas do que as características físicas. E não sou eu quem diz isso, mas José Roberto Teixeira Leite, que chamava os retratos dele de ‘paisagem da alma’”, conclui.
Ele conta que gostou muito e ficou emocionado com a iniciativa, a seu ver, significativa para se compreender a relação entre Emeric e Minas Gerais. “Meu pai era muito ligado a Minas. Ele morava em Barbacena, mas permanecia conectado a Belo Horizonte, onde ele pintou muitos murais. Por exemplo, o ‘Encontro em Emaús’, no convento dos Dominicanos”, afirma Matias.
Centrada em cerca de 70 obras, a mostra contempla diferentes fases da produção artística de Marcier, concebida entre 1940 e 1980. Há a vertente sacra, as paisagens e os retratos. Matias, por sua vez, sublinha a singularidade das criações de seu pai, especialmente aquelas produzidas na segunda metade do século XX. Estas, para ele, dialogam muito com o presente.
“Ele pinta um são Sebastião que, em vez de atingido por flechadas, aparece torturado. Esse foi um quadro feito durante a ditadura militar. Ao fundo, se vê o Pão de Açúcar, então não é um são Sebastião qualquer, mas do Rio de Janeiro. Há uma Pietà com os urubus em volta que ele pintou em Montparnasse, numa época em que estava meio autoexilado, e aqueles urubus ele dizia que tinham a ver com o que estava acontecendo no Brasil. Era uma crítica à ditadura”, comenta Matias, que também sublinha os retratos.
“Estes mostravam mais a alma das pessoas do que as características físicas. E não sou eu quem diz isso, mas José Roberto Teixeira Leite, que chamava os retratos dele de ‘paisagem da alma’”, conclui.
O tempo
Nenhum comentário:
Postar um comentário