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Consulados pedirão dados das redes sociais e lista de países já visitados
PUBLICADO EM 25/03/17 - 03h00
WASHINGTON, EUA. Consulados norte-americanos em todo o mundo poderão adotar medidas adicionais de segurança na concessão de vistos para determinados grupos de pessoas, que terão de informar os países que visitaram nos últimos 15 anos e os números de telefone e identidade nas mídias sociais que adotaram nos cinco anos anteriores. O Brasil está entre os países que podem ser atingidos pela nova orientação.
As diretrizes foram enviadas pelo Departamento de Estado às representações diplomáticas no dia 15 de março, véspera da entrada em vigor do decreto do presidente Donald Trump que proibia a entrada nos Estados Unidos de refugiados e de cidadãos de seis países de maioria muçulmana – esta medida foi suspensa pelo Poder Judiciário.
“Todos os oficiais devem lembrar que todas as decisões de vistos são decisões de segurança nacional”, diz a orientação, cuja íntegra foi divulgada pelo jornal “New York Times”. O documento diz que as medidas adicionais de segurança têm o objetivo de impedir a entrada nos Estados Unidos de estrangeiros que possam apoiar ou praticar atos violentos, criminosos ou terroristas.
Avaliação. Cada posto consular terá a responsabilidade de identificar grupos de pessoas que devem ser submetidas a questionamentos adicionais na concessão de vistos. O documento observa que essas são medidas preliminares, e poderão ser complementadas por outros procedimentos considerados de segurança que venham a ser adotados como resultado do processo de revisão na concessão de vistos determinado por Trump.
Cidadão dos seis países de maioria islâmica que são alvos do decreto suspenso pelo Judiciário estará sujeito a controles adicionais ainda mais rigorosos, que incluem o fornecimento dos nomes de irmãos, filhos, cônjuges e ex-cônjuges. Esse grupo abrange Irã, Síria, Somália, Líbia, Iêmen e Sudão. De acordo com as informações do “New York Times”, em princípio, as novas regras não se aplicam a 38 países cujos cidadãos não precisam de visto para viajar aos Estados Unidos.
Decreto. Na prática, as novas regras permitem que o governo Trump restrinja a entrada de estrangeiros nos Estados Unidos mesmo com a suspensão do decreto anti-imigração pela Justiça.
OBAMACARE
Trump retira projeto de saúde
Em uma dura derrota política para seu início de governo, o presidente norte-americano, Donald Trump, retirou nessa sexta-feira (24) o polêmico projeto de reforma do sistema público de saúde – que pretendia derrubar o chamado Obamacare –, ao constatar que não teria os votos necessários para a sua aprovação. Em discurso à nação do Salão Oval da Casa Branca, Trump disse ter ficado “desapontado” e um “pouco surpreso” com o revés.
O presidente previu que o modelo atual “explodirá” e disse que vai concentrar esforços para aprovar a reforma do sistema fiscal. “Provavelmente vamos nos mover de imediato para a reforma fiscal”, disse.
Em coletiva de imprensa, o presidente da Câmara de Representantes, Paul Ryan, afirmou ter falado com o presidente Trump “e lhe disse que, na minha opinião, o melhor a fazer era retirar este projeto de lei, e ele concordou”. Sem esconder sua frustração, Ryan disse que o atual sistema de seguros saúde “é a lei”. “Não temos os votos suficientes para substituir esta lei. De forma que sim, teremos que conviver com o Obamacare por enquanto”, disse.
Na quinta-feira, a votação já havia sido adiada para evitar uma derrota do governo. Nessa sexta-feira (24), uma hora antes do horário previsto para a votação no Congresso, Paul Ryan, foi à Casa Branca informar Trump que o texto não seria aprovado. “O presidente lhe pediu que retirasse o projeto de lei”, disse.
O presidente previu que o modelo atual “explodirá” e disse que vai concentrar esforços para aprovar a reforma do sistema fiscal. “Provavelmente vamos nos mover de imediato para a reforma fiscal”, disse.
Em coletiva de imprensa, o presidente da Câmara de Representantes, Paul Ryan, afirmou ter falado com o presidente Trump “e lhe disse que, na minha opinião, o melhor a fazer era retirar este projeto de lei, e ele concordou”. Sem esconder sua frustração, Ryan disse que o atual sistema de seguros saúde “é a lei”. “Não temos os votos suficientes para substituir esta lei. De forma que sim, teremos que conviver com o Obamacare por enquanto”, disse.
Na quinta-feira, a votação já havia sido adiada para evitar uma derrota do governo. Nessa sexta-feira (24), uma hora antes do horário previsto para a votação no Congresso, Paul Ryan, foi à Casa Branca informar Trump que o texto não seria aprovado. “O presidente lhe pediu que retirasse o projeto de lei”, disse.
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