Manifestantes começam a se reunir na praça Afonso Arinos, no centro de Belo Horizonte, para o ato "Minas pelas Diretas". Um ato cultural está marcado para ocorrer na praça da Estação. O protesto pede a saída do presidente Michel Temer (PMDB) e a convocação de eleições diretas.
Após a concentração na praça Afonso Arinos, os manifestantes seguem em uma caminhada que passa pela avenida Afonso Pena e segue até a praça da Estação. Durante o trajeto blocos de carnaval da capital mineira vão acompanhar os manifestantes. Por volta das 19h, ocorre na praça da Estação, um ato cultural com a presença de artistas como Aline Calixto, Fernanda Takai e Flávio Renegado.
Blocos de carnaval da capital mineira "batucam" na praça, onde também está um trio elétrico que puxam palavras de ordem. Na praça, estudantes mortos e torturados na Ditadura Militar são homenageados, por meio de fotografias no muro da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Além de estudantes da União Nacional do Estudantes (UNE), participam do ato representes da União Estadual de Estudantes de Minas (UEE-MG), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindifisco, outros sindicatos, movimentos culturais, além de políticos. Entres os presentes estão a deputada estadual Marília Campos (PT), o deputado estadual André Quintão (PT) e o deputado federal Reginaldo Lopes (PT).
O ato é organizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), que realiza, desde quarta-feira em Belo Horizonte, o seu 55° Congresso, que celebra os 80 anos da entidade e escolhe a nova diretoria. Também organizam o protesto e o ato cultural, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo.
O padre Marcus Aurélio Alves, do Santuário São Judas de Tadeu, ressalta que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propôs nesta quinta-feira uma oração para o país. "Todas as igrejas estão fazendo isso. Vir a esse protesto demonstra nossa oração em atos, pedindo as diretas", declarou.
Do mesmo santuário, o padre Áureo Nogueira afirma que participar da manifestação coloca em prática o que o papa Francisco diz. "É estar perto do povo, sentir cheiro do povo, estar com o povo, e lutar pelo povo. Nós queremos um Brasil diferente. O governo que está aí não nos representa, não tem legitimidade. E com essas reformas propostas se fere os interesses dos mais carentes. O povo precisa ir para as ruas reivindicar, assumir o protagonismo pelas mudanças", afirma.
Maria da Consolação, presidente do PSOL de Belo Horizonte, explica que reúne duas grandes áreas que foram "primeiro pontapé" de resistência ao governo de Michel Temer (PMDB). "É a educação e a cultura se unindo em conjunto com a população com as diversas categorias para dizer que a reconstrução do nosso país passa por exigir uma nova forma de vida, novas formas de relações sociais contra essa política reacionária e conservadoras, da escola com mordaça e quer impedir o debate franco e sincero de tratarmos com igualdade a diversidade humana. Queremos diretas", disse.
O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) diz que além de eleições diretas para o cargo de presidente, era importante que o Brasil tivesse eleições gerais.
"Era importante o parlamento também abrir mão do mandato é fazer eleições gerais para eleger um novo parlamento. Um novo presidente precisa de um novo parlamento, de novas relações. Esse movimento começa a crescer no país como um todo. Eu tenho certeza que em Minas também vai ser sucesso", disse.
O Tempo
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