As cidades do mundo dormem cada qual a seu modo
São iguais apenas na inevitável letargia e nos sonhos
Seus céus, seus lares e seus seres viventes abaixo
Têm um jeito especial que parece predizer o amor
A beleza, o ódio, a compaixão, tudo se verá na aura
Que em tempo imperceptível nos revisitará mais uma vez.
Nesta madrugada o céu de São Paulo lembrará outros
Tantos onde as nuvens foram reflexos das luzes concentradas
Nos baixios onde dorme, finge ou reluta dormir
Sua valente e pobre raça humana, concentrada na imensidão
Que homens brasileiros construíram em poucos séculos
Como que milagrosamente, numa incrível indústria
Do Brasil que quis tirar suas amarras e ir ao infinito
E escolheu minha terra para ser sua lançadora de naves espaciais.
Talvez por isso suas nuvens da madrugada sejam tão mutantes
Pálidas, que ora deixam brechas, ora se fecham, de modo que
O azul do céu segue sua palidez e ora é visível, ora invisível
Não se veem estrelas, mas certamente, depois das nuvens e do céu
Há deuses, felizes e infelizes, alegres e tristes por seus filhos
Que dormem, acordam e imaginam o que fazer ao vir o dia
Que dormem, acordam e imaginam o que fazer ao vir o dia
Para dar a seu País o tributo imenso de um exército incansável.
Amadeu Garrido de Paula, é Advogado, sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados.
Esse texto está livre para publicação
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