Está sendo realizada em Ouro Preto, na manhã deste sábado (21), a entrega da Medalha da Inconfidência, a mais importante honraria concedida pelo governo de Minas Gerais. No município e durante o trajeto entre Belo Horizonte e a cidade histórica chama atenção o forte aparato policial, que conta até mesmo com homens do Exército.
Um protesto que pede a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso no início deste ano, está sendo realizado na praça da Rodoviária. A presidente nacional do partido e senadora pelo Paraná, Gleisi Hoffman, participará do ato. Professores também estão na cidade se manifestando e pedindo, entre outros pontos, que o salário do funcionalismo seja pago em dia, e não de forma parcelada.
Pela primeira vez o Estado realiza a solenidade em dois momentos. A cerimônia oficial de tiros, o hasteamento da bandeira e a colocação de flores no monumento ao mártir da Inconfidência Mineira estão sendo feitos na Praça Tiradentes. Lá, somente puderam ficar na praça estudantes de escolas de Ouro Preto.
Já a entrega da Medalha da Inconfidência ocorrerá no Centro de Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), que é um espaço fechado e que os populares não conseguem chegar nem mesmo nos arredores por conta das várias barreiras militares.
A administração estadual informou que a divisão foi feita a pedido da população local. Nos bastidores, a história é outra. A versão é de que isso ocorre na para evitar protestos contra o governador Fernando Pimentel (PT), que neste ano vai ser o orador oficial.
Entre os agraciados com a honraria estão a vereadora do PSOL Marielle Franco (in memoriam), assassinada a tiros no último mês no Rio de Janeiro; o artista plástico argentino Adolfo Pérez Esquivel, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz; músicos, lideranças políticas e representantes da segurança pública, entre outros.
O Tempo
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