terça-feira, 3 de abril de 2018

A poesia e Platão



Imagens, somente espectros, vistos da caverna
nosso abrigo ante a implacabilidade do real
quem as desvenda e nos revela é o poeta
o homem que deixa fluir em versos o sol.

Agulha o poeta o ponto e arranca o invisível
que vem à luz como a alegria do amanhecer
Gira, contorna, procura e imagina o insensível
o amante das entranhas da linguagem do ser.

É o método de ver dos cegos o platônico
filosofia do belo, belo é o real que não se vê
e nos versos o mundo se apresenta atônito.

Caminhamos entre as imagens, a procissão
dos seres da terra a entoar diversas canções
Umas de amores, outras de ódio, na reta da ilusão.

Amadeu Garrido de Paulaé Advogado, sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados.

Esse texto está livre para publicação.

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