Se Ernesto 'Che' Guevara não tivesse morrido, a revolução comunista teria vencido na América Latina, afirmou nesta quinta-feira, em Madri, o irmão caçula do guerrilheiro argentino, assassinado na Bolívia há meio século.
"A América Latina seria outra, isso com certeza, porque a decisão era de levar a libertação da América Latina e sair da dependência, não só dos Estados Unidos, mas também da Europa, da Ásia e de todos os poderes", disse Juan Martín Guevara, de 73 anos, em um evento na Casa da América.
"Provavelmente (Donald) Trump não seria presidente" e "a revolução na América Latina teria triunfado", disse Juan Martín, autor do livro "Mi hermano el Che", editado em 2016, no qual ele reúne lembranças e anedotas para humanizar o ícone da gestão revolucionária cubana.
Ernesto Che Guevara, 15 anos mais velho que Juan Martín, "estaria hoje, se estivesse vivo, nos locais onde foi necessário estar para lutar pelos interesses dos povos", afirmou seu irmão, que o visitou com sua família em 1959 em Cuba depois da vitória da Revolução, a convide de Fidel Castro.
Juan Martín visitou em outubro de 2013 o mausoléu de Vallegrande, sudeste da Bolívia, no local onde esteve escondida durante trinta anos a ossada de Ernesto Che Guevara, após a sua execução.
Em 1997 seus restos mortais foram encontrados, juntamente com os de outros seis membros de sua coluna.
Atualmente, os restos do Che e de seus companheiros da guerrilha da região de Ñancahuazú (sudeste) repousam na cidade cubana de Santa Clara.
A guerrilha do Che combateu nas selvas do sudeste boliviano de março de 1967 a outubro do mesmo ano, quando foi derrotada pelo Exército, assessorado por militares americanos e a CIA.
O Tempo
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