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Estudo avaliou quase 136 mil mortes causadas por ataque cardíaco nos hospitais do Reino Unido
PUBLICADO EM 22/04/17 - 03h00
LONDRES, REINO UNIDO. Pelo menos 16% das pessoas que morreram por infarto nos hospitais ingleses entre 2006 e 2010 tiveram os primeiros sinais do ataque cardíaco ignorados pelos médicos, aponta um estudo realizado por uma equipe do Imperial College de Londres.
Os pesquisadores analisaram todas as 135.950 mortes por este motivo no período e concluíram que 16 a cada cem pessoas que faleceram por infarto tinham sido internadas nas quatro semanas anteriores com sintomas que poderiam ter sido associados ao mal, mas não foram. “Médicos são muito bons em tratar ataques cardíacos quando eles são a principal causa, mas não tratamos muito bem ataques cardíacos secundários ou sinais sutis que podem apontar para um ataque cardíaco que termine em morte num futuro próximo”, disse à BBC o médico e autor principal do estudo, Perviz Asaria.
O estudo avaliou se os sinais de ataque cardíaco apresentados pelos pacientes nas internações anteriores foram registrados pelos hospitais como principal razão da internação, motivo secundário ou sem ligação com o infarto. Em 16%, os sintomas não foram ligados à possibilidade de ataque cardíaco. Nem queixas de dores no peito foram relacionadas ao risco.
Os pesquisadores avaliam que a não ligação entre os sintomas e o infarto iminente pode ter acontecido porque não havia danos claros ao coração na época das primeiras internações. “Ainda não podemos dizer por que esses sinais estão sendo descartados, razão pela qual uma pesquisa mais detalhada deve ser conduzida para recomendar mudanças nesse sentido”, disse, também à BBC, o professor Majid Ezzati, que integrou a equipe do estudo.
Os principais sinais do infarto são dor torácica com sensação de pressão ou aperto no centro do peito; dor que é irradiada do peito para outras partes do corpo, como braços, costas, mandíbula e abdômen; tontura; falta de ar; náuseas ou vômito.
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