quarta-feira, 19 de abril de 2017

Ciência comprova que namorar faz bem e até previne doenças

Se algumas pessoas bradam aos quatro ventos as vantagens da solteirice, a ciência vai na direção oposta. Isso porque estudos mundo afora comprovam que namorar não faz bem somente para a alma, mas para a saúde também.

Os resultados de alguns estudos indicam que quem começa a namorar tem mais facilidade para mudar um mau hábito, por exemplo, com uma ajudinha do parceiro. Se a pessoa faz uma cirurgia, seu pós-operatório pode ser menos doloroso e desanimador se estiver ao lado de quem ama, aponta outra conclusão científica.

Outra descoberta é que o amor pode diminuir a tensão, pois parar alguns segundos para lembrar do amado desencadeia no corpo reações opostas às do estresse.

Além disso, amar é sinônimo de otimismo e, por consequência, de prevenção de doenças, segundo pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Ao acompanharem o histórico de 2.000 casais acima dos 50 anos de idade, os cientistas concluíram que ter alguém mais alto-astral ao lado pode proteger contra males crônicos, como diabetes, e também barrar problemas de mobilidade no futuro.

Mas, antes de tudo, segundo a psicóloga Sônia Eustáquia, especialista em sexualidade e relações humanas, é necessário saber o que torna um relacionamento saudável. “Não adianta ter muita coisa em comum ou personalidades compatíveis. A relação deve promover a confiança entre os parceiros, respeito, uma boa comunicação e apoio – é importante que o outro o fortaleça nos momentos bons e ruins”, diz.

Um bom exemplo de que a parceria pode levar a uma ótima mudança é o casal Bárbara Ribeiro, 30, e Diego Pinho, 28. Namorados há um ano, os dois estudam juntos para concursos públicos. “Eu já vivo nesse meio há muito tempo, e o Diego começar foi apenas uma consequência. Depois que ele perdeu o emprego, passei a incentivá-lo na busca pela estabilidade do cargo público. No final, ganhei um companheiro de estudos e passo mais tempo com ele”, diverte-se Bárbara.

Compartilhar a mesma fé foi o que uniu o casal Lorrayne Chaves, 21, e Gustavo Nascimento, 30. “Nos conhecemos na mesma igreja e, com o tempo, ficamos amigos. Já são mais de três anos juntos, e acreditamos que um relacionamento saudável tem que ter compatibilidades em vários níveis, porque é difícil lidar com alguém que não entende e não respeita aquilo que você acredita ser o melhor”, considera Gustavo.


Relação mediana tem efeito oposto


O antigo ditado “antes só do que mal-acompanhado” acabou comprovado cientificamente. Um estudo divulgado pela revista científica “Family Psychology” aponta que é melhor estar sozinho do que em um relacionamento insignificante, uma vez que as relações estão intrinsecamente ligadas à saúde física e emocional.

Os pesquisadores da Universidade de Bufallo, os EUA, acompanharam, por dois anos, a vida de 200 jovens que tiviam relacionamentos – independentemente de estarem em um casamento ou outro tipo de relação. Qualquer que fosse o caso, um vínculo forte com o parceiro sempre era refletido na saúde.

Os resultados mostraram que, quanto mais positivo e feliz era o relacionamento, melhor era a saúde dos envolvidos. Segundo Ashley Barr, principal responsável pelo estudo, a falta de estabilidade nas relações está diretamente associada a depressão, alcoolismo e enfermidades emocionais e psicológicas em geral.
O Tempo

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