Pense em uma pessoa que mantém coerência entre pensar, falar e ser. Assim é o lama Dorje, que apresenta os cinco ladrões da felicidade. Em Belo Horizonte, ele cativou os ouvintes com seu sorriso fácil e seu jeito sereno e simples de ser.
Nascido no Nepal, ele esteve durante 25 anos recebendo ensinamentos do Sutra e do Tantra, de rituais budistas, mandalas, astrologia, ervas e medicina tibetana nos monastérios do Tibete. Também passou quatro anos em silêncio absoluto nas montanhas no norte da Índia, recebendo assim o título de lama (mestre). Há mais de sete anos, ele trabalha com a Organização Cóndor Blanco, ajudando a expandir o darma pelo mundo e transmitindo os ensinamentos da linhagem do dalai-lama.
“Todos somos iguais e buscamos em nosso cotidiano a paz, a felicidade e a harmonia em cada respiração. Nosso propósito de vida é ser feliz, ter uma vida saudável e nos tornarmos pessoas melhores. Temos apenas que aprender a despertar nosso potencial. Para isso, existem vários caminhos, todos eles com a mesma essência: a felicidade, e ela surge ao cultivarmos nossa mente altruísta. Todo sofrimento surge da mente egoísta”, ensina o monge.
Aquele que deseja ser feliz precisa conhecer a lei de causa e efeito, pois tudo no universo acontece dentro dessa dinâmica. “Os ladrões que roubam nossa paz não estão do lado de fora, mas dentro de nós, e é preciso reconhecê-los. Buda dizia que existiam 84 mil ladrões internos, que são nossas emoções conflitivas. Mas podemos resumi-los em cinco principais: ignorância, apego, ira, ego e ciúme”, enumera o lama.
Ignorância, diz ele, é não conhecer sua verdadeira natureza e, por isso, sentir-se confuso, perdido, sem direção. “O antídoto é desenvolver a sabedoria do darma, é o autoconhecimento. O mundo evoluiu por meio da tecnologia, mas o homem está atrasado porque não tem sabedoria, aquela que vê a verdadeira e primordial realidade”, explica Dorje.
A ira é o sentimento de quem se sente cansado, com a sensação de que perdeu algo, e, por isso, culpabiliza alguém. O antídoto é desenvolver a paciência, a compaixão e o amor. “O apego produz medo e tristeza, pois ficamos apegados ao nosso eu ilusório, à matéria, à família. Para combatê-lo, é preciso ter generosidade, disciplina e ética”, propõe o monge.
A energia que vem da ira é cega, não tem nenhuma sabedoria e traz o potencial de fazer com que a pessoa se autodestrua. “Ela bloqueia nossa capacidade de discernimento e cega nossa inteligência. Para combatê-la, é preciso desenvolver a tolerância e a paciência. O ciúme tira a paz, traz consigo a raiva e revela o apego. Precisamos refletir sobre a capacidade do coração de amar a todos, pois esse é um aspecto da natureza búdica”, diz o lama.
A verdadeira felicidade está dentro de cada mente, mas é aí também que estão aqueles cinco sentimentos que a roubam. “Somos budas, mas não confiamos nisso e continuamos buscando fora de nós essa realidade. Daí a importância do caminho espiritual, o darma, que permite transformar sua vida”, comenta o monge.
Nascido no Nepal, ele esteve durante 25 anos recebendo ensinamentos do Sutra e do Tantra, de rituais budistas, mandalas, astrologia, ervas e medicina tibetana nos monastérios do Tibete. Também passou quatro anos em silêncio absoluto nas montanhas no norte da Índia, recebendo assim o título de lama (mestre). Há mais de sete anos, ele trabalha com a Organização Cóndor Blanco, ajudando a expandir o darma pelo mundo e transmitindo os ensinamentos da linhagem do dalai-lama.
“Todos somos iguais e buscamos em nosso cotidiano a paz, a felicidade e a harmonia em cada respiração. Nosso propósito de vida é ser feliz, ter uma vida saudável e nos tornarmos pessoas melhores. Temos apenas que aprender a despertar nosso potencial. Para isso, existem vários caminhos, todos eles com a mesma essência: a felicidade, e ela surge ao cultivarmos nossa mente altruísta. Todo sofrimento surge da mente egoísta”, ensina o monge.
Aquele que deseja ser feliz precisa conhecer a lei de causa e efeito, pois tudo no universo acontece dentro dessa dinâmica. “Os ladrões que roubam nossa paz não estão do lado de fora, mas dentro de nós, e é preciso reconhecê-los. Buda dizia que existiam 84 mil ladrões internos, que são nossas emoções conflitivas. Mas podemos resumi-los em cinco principais: ignorância, apego, ira, ego e ciúme”, enumera o lama.
Ignorância, diz ele, é não conhecer sua verdadeira natureza e, por isso, sentir-se confuso, perdido, sem direção. “O antídoto é desenvolver a sabedoria do darma, é o autoconhecimento. O mundo evoluiu por meio da tecnologia, mas o homem está atrasado porque não tem sabedoria, aquela que vê a verdadeira e primordial realidade”, explica Dorje.
A ira é o sentimento de quem se sente cansado, com a sensação de que perdeu algo, e, por isso, culpabiliza alguém. O antídoto é desenvolver a paciência, a compaixão e o amor. “O apego produz medo e tristeza, pois ficamos apegados ao nosso eu ilusório, à matéria, à família. Para combatê-lo, é preciso ter generosidade, disciplina e ética”, propõe o monge.
A energia que vem da ira é cega, não tem nenhuma sabedoria e traz o potencial de fazer com que a pessoa se autodestrua. “Ela bloqueia nossa capacidade de discernimento e cega nossa inteligência. Para combatê-la, é preciso desenvolver a tolerância e a paciência. O ciúme tira a paz, traz consigo a raiva e revela o apego. Precisamos refletir sobre a capacidade do coração de amar a todos, pois esse é um aspecto da natureza búdica”, diz o lama.
A verdadeira felicidade está dentro de cada mente, mas é aí também que estão aqueles cinco sentimentos que a roubam. “Somos budas, mas não confiamos nisso e continuamos buscando fora de nós essa realidade. Daí a importância do caminho espiritual, o darma, que permite transformar sua vida”, comenta o monge.
É preciso despertar o seu vigia interno
Carma são ações no mundo por meio do corpo e da mente. “O pior que pode acontecer a qualquer pessoa é ela seguir sua mente de ilusões acreditando que é real. Atuamos no mundo de forma inconsciente. Para mudar isso, devemos prestar atenção em nossa respiração, mas esse deve ser um autocompromisso diário. Repita infinitas vezes ‘não perturbe’ até atingir a iluminação”, ensina o lama Dorje.
Segundo ele, o budismo propõe dois caminhos para a iluminação: a renúncia e a transformação. “Podemos dar os exemplos das bebidas e das drogas. Quando você não tem limite e capacidade de discernimento, é melhor se distanciar. Não há nenhum problema com o prazer, mas, sim, com o apego. A verdadeira renúncia ocorre dentro de nós. Somos como ouro, mas ele está oxidado. É preciso poli-lo um pouco a cada dia. É preciso controlar a mente, porque, quando ela se cura, o corpo também se cura”, diz.
Lama Dorje propõe que cada indivíduo comece meditando diariamente por cinco minutos apenas, a fim de não permitir a entrada de nenhum ladrão da felicidade.
“É importante despertar o vigia interno para cuidar da nossa natureza sagrada e deixar nossa mente limpa”, finaliza.
Segundo ele, o budismo propõe dois caminhos para a iluminação: a renúncia e a transformação. “Podemos dar os exemplos das bebidas e das drogas. Quando você não tem limite e capacidade de discernimento, é melhor se distanciar. Não há nenhum problema com o prazer, mas, sim, com o apego. A verdadeira renúncia ocorre dentro de nós. Somos como ouro, mas ele está oxidado. É preciso poli-lo um pouco a cada dia. É preciso controlar a mente, porque, quando ela se cura, o corpo também se cura”, diz.
Lama Dorje propõe que cada indivíduo comece meditando diariamente por cinco minutos apenas, a fim de não permitir a entrada de nenhum ladrão da felicidade.
“É importante despertar o vigia interno para cuidar da nossa natureza sagrada e deixar nossa mente limpa”, finaliza.
O Tempo
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