Os chineses e seus produtos estão cada vez mais presentes na vida dos brasileiros. Em Belo Horizonte, por exemplo, basta ir ao hipercentro para encontrar os asiáticos negociando nas lojas e nos shoppings populares da região. Só que, se antigamente a produção “made in China” dominava o varejo, em especial nas famosas lojas de R$ 1,99, hoje o gigante asiático atua nos mais diversos segmentos da economia brasileira, como energia, agronegócio, mineração, celulose e máquinas e equipamentos. E mostra fôlego para aumentar sua participação, já que as previsões de compra de ativos nacionais pelos chineses chegam aos US$ 20 bilhões neste ano – número que, se confirmado, será recorde.
Diante das projeções dos especialistas, que estimam que os investimentos dos asiáticos nos próximos anos continuarão expressivos, você já pensou na possibilidade de ter um chefe chinês? E de fazer negócios com os asiáticos?
Uma boa forma de se preparar para atender o possível patrão asiático, segundo o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC), Charles Tang, é falar mandarim. “As línguas do mundo dos negócios hoje são o inglês e o mandarim”, frisa. O professor de estratégia financeira do Ibmec-SP Paulo Azevedo também aconselha aos profissionais que querem se dar bem no mercado de trabalho o estudo do idioma dos chineses. “Vale lembrar que é a língua mais falada no mundo”, diz Azevedo.
Quer mais motivos para se familiarizar com os chineses? O economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) Alexandre Brito lembra que a China é o principal comprador de produtos mineiros, absorvendo 27% do total exportado pelo Estado no ano passado. Além disso, no primeiro semestre deste ano, levantamento da consultoria inglesa Dealogic mostrou que as inversões chinesas no Brasil somaram US$ 6,176 bilhões.
Cochilo. Trabalhando na empresa chinesa ZTE no Brasil desde janeiro do ano passado, o consultor de soluções da companhia, Fabiano Chagas, conta que um dos hábitos diferentes dos colegas asiáticos é o cochilo depois do almoço, que dura, em média, de 15 a 20 minutos. “Alguns até trazem um travesseiro para apoiar a cabeça na mesa”, diz.
E as diferenças não param por aí, o diretor de operações da Belagrícola – que teve ações vendidas para os chineses neste ano –, Alberto Araújo, conta que mais do que falar outra língua, é necessário saber a forma de se comunicar com os asiáticos. “A cultura de negócios é diferente. A entrega de um cartão, por exemplo, é feita com as duas mãos. Além disso, eles são mais formais do que nós, brasileiros. O desafio é saber como atuar”, observa.
Na empresa, cujo ramo principal é a comercialização de grãos e insumos, a participação dos chineses é no conselho. Atualmente, há dois controllers do país trabalhando na companhia. Araújo ressalta que os chineses têm forte relação com o trabalho, valorizam muito a hierarquia e gostam de dedicação.
A diretora da Vallya – que presta consultoria em negócios internacionais e tem assessorado diversos investidores chineses –, Larissa Wachholz, observa que a quantidade de níveis hierárquicos nas estatais chinesas é maior. “No geral, os executivos brasileiros estranham bastante, pois não estão acostumados a tantos níveis hierárquicos”, diz.
Diante das projeções dos especialistas, que estimam que os investimentos dos asiáticos nos próximos anos continuarão expressivos, você já pensou na possibilidade de ter um chefe chinês? E de fazer negócios com os asiáticos?
Uma boa forma de se preparar para atender o possível patrão asiático, segundo o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC), Charles Tang, é falar mandarim. “As línguas do mundo dos negócios hoje são o inglês e o mandarim”, frisa. O professor de estratégia financeira do Ibmec-SP Paulo Azevedo também aconselha aos profissionais que querem se dar bem no mercado de trabalho o estudo do idioma dos chineses. “Vale lembrar que é a língua mais falada no mundo”, diz Azevedo.
Quer mais motivos para se familiarizar com os chineses? O economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) Alexandre Brito lembra que a China é o principal comprador de produtos mineiros, absorvendo 27% do total exportado pelo Estado no ano passado. Além disso, no primeiro semestre deste ano, levantamento da consultoria inglesa Dealogic mostrou que as inversões chinesas no Brasil somaram US$ 6,176 bilhões.
Cochilo. Trabalhando na empresa chinesa ZTE no Brasil desde janeiro do ano passado, o consultor de soluções da companhia, Fabiano Chagas, conta que um dos hábitos diferentes dos colegas asiáticos é o cochilo depois do almoço, que dura, em média, de 15 a 20 minutos. “Alguns até trazem um travesseiro para apoiar a cabeça na mesa”, diz.
E as diferenças não param por aí, o diretor de operações da Belagrícola – que teve ações vendidas para os chineses neste ano –, Alberto Araújo, conta que mais do que falar outra língua, é necessário saber a forma de se comunicar com os asiáticos. “A cultura de negócios é diferente. A entrega de um cartão, por exemplo, é feita com as duas mãos. Além disso, eles são mais formais do que nós, brasileiros. O desafio é saber como atuar”, observa.
Na empresa, cujo ramo principal é a comercialização de grãos e insumos, a participação dos chineses é no conselho. Atualmente, há dois controllers do país trabalhando na companhia. Araújo ressalta que os chineses têm forte relação com o trabalho, valorizam muito a hierarquia e gostam de dedicação.
A diretora da Vallya – que presta consultoria em negócios internacionais e tem assessorado diversos investidores chineses –, Larissa Wachholz, observa que a quantidade de níveis hierárquicos nas estatais chinesas é maior. “No geral, os executivos brasileiros estranham bastante, pois não estão acostumados a tantos níveis hierárquicos”, diz.
ELES GOSTAM DE MAIS QUALIFICAÇÃO
Falar a língua dos chineses pode ser importante, mas não basta para trabalhar com eles. O professor de estratégia financeira do Ibmec-SP Paulo Azevedo ressalta que os profissionais asiáticos são eficientes. Logo, a pouca qualificação não é bem-vinda. “Vale lembrar que a China é um país populoso, onde há muitos profissionais qualificados e também sem qualificação. Só que os sem qualificação custam menos que os brasileiros”, analisa. Para atender às exigências dos chineses, os profissionais têm que ser bons e rápidos.
INGLÊS É ESSENCIAL; JÁ FALAR O MANDARIM, UM DIFERENCIAL
Com experiências em multinacionais de Alemanha, Finlândia e Canadá, o consultor de soluções da empresa chinesa ZTE no Brasil, Fabiano Chagas, ressalta que cada cultura e empresa tem suas particularidades. “O importante é entender o que a empresa quer do profissional”, observa. Ele conta que, dependendo do cargo, ser fluente no inglês é fundamental para que possa existir comunicação.
A diretora da Vallya, Larissa Wachholz, frisa que as exigências profissionais variam de acordo com a posição na empresa e que os chineses culturalmente valorizam muito o trabalho. “Eles querem comprometimento com a empresa”, diz.
Mandarim. E se dominar inglês é importante, falar mandarim é um diferencial, segundo o proprietário do Huawen Centro de Cultura e Língua Chinesa, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, Enrico Brasil. Ele conta que a maior parte dos estudantes investe na língua em busca de melhores oportunidades de emprego.
E foi justamente o trabalho com comércio exterior que motivou o empresário Renato Guerra a iniciar os estudos de mandarim neste ano. “Vi no mercado chinês possibilidade de parcerias estratégicas para minha empresa”, diz. Para ele, falar o idioma dos chineses é um diferencial que propicia um ingresso maior no mercado.
A diretora da Vallya, Larissa Wachholz, frisa que as exigências profissionais variam de acordo com a posição na empresa e que os chineses culturalmente valorizam muito o trabalho. “Eles querem comprometimento com a empresa”, diz.
Mandarim. E se dominar inglês é importante, falar mandarim é um diferencial, segundo o proprietário do Huawen Centro de Cultura e Língua Chinesa, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, Enrico Brasil. Ele conta que a maior parte dos estudantes investe na língua em busca de melhores oportunidades de emprego.
E foi justamente o trabalho com comércio exterior que motivou o empresário Renato Guerra a iniciar os estudos de mandarim neste ano. “Vi no mercado chinês possibilidade de parcerias estratégicas para minha empresa”, diz. Para ele, falar o idioma dos chineses é um diferencial que propicia um ingresso maior no mercado.
O Tempo
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