Pessoas que sofrem de psicopatia ou transtorno de personalidade antissocial não são necessariamente frias e distantes. Elas apenas não sentem empatia pelos outros, nem remorso por seus atos. Vivem de acordo com suas próprias regras e só sentem culpa quando rompem com o seu código de conduta. Muitos são, inclusive, capazes de viver em comunidade, porque entendem os códigos sociais e sabem se adaptar.
Quando um psicopata de fato comete um crime, ele é responsável pelo delito do ponto de vista legal, já que está consciente dos seus atos. Mas, ao contrário de um réu normal, não existe a possibilidade de correção de sua conduta. A reabilitação é baseada em uma forma de vida que possa lhe trazer benefícios e evitar outros danos.
20 maneiras de detectar um psicopata
Faceta interpessoal:
1. Eles têm uma boa oratória e charme. São simpáticos e conquistadores num primeiro momento.
2. Têm uma autoestima exagerada. Se acham melhores que os outros.
3. São mentirosos patológicos. Mentem principalmente para conseguir benefícios ou justificar suas condutas.
4. Têm comportamento manipulador. E, se forem inteligentes o bastante, os outros não perceberão esse comportamento psicopata.
Faceta afetiva:
5. Não sentem remorso ou culpa. Nunca ficam em dúvida.
6. Quanto à afetividade, são frios e calculistas. Não aceitam as emoções, mas conseguem simular sentimentos se for necessário.
7. Não sentem empatia. São indiferentes e podem manifestar crueldade.
8. Têm uma incapacidade patológica para assumir responsabilidade pelos seus atos. Não aceitam os seus erros. Eles raramente procuram ajuda psicológica, porque acham que o problema é sempre dos outros.
Faceta estilo de vida:
9. Necessitam de estímulo constante. Ficam aborrecidos facilmente.
10. Gostam de um estilo de vida parasitário.
11. Agem descontroladamente.
12. Não têm metas a longo prazo. Vivem como nômades, sem direção.
13. Comportam-se impulsivamente, com ações recorrentes não premeditadas. Não compreendem as consequências de suas ações.
14. São irresponsáveis.
Faceta antissocial:
15. Tendem a ser delinquentes na juventude.
16. Demonstram problemas de conduta desde a infância.
17. Tiveram a revogação de sua liberdade condicional.
18. Têm versatilidade para a ação criminal. Preferem golpes e delitos que requerem a manipulação de outros.
Outros não incluídos em nenhuma das facetas:
19. Têm tendência a uma vida sexual promíscua, com vários relacionamentos breves e ao mesmo tempo. Gostam de falar sobre suas conquistas e proezas sexuais.
20. Acumulam muitos casamentos de curta duração. Não se comprometem por muito tempo por ter de manter um vínculo.
Estes items formam o método popular chamado de PCL (Psychopathy Checklist) desenvolvido por Robert Hare, PhD em Psicologia e professor da Universidade da Colúmbia Britânica no Canadá. Cada atributo recebe uma pontuação de zero a dois, e para o diagnóstico correto faz-se ainda uma entrevista semiestruturada e a análise do histórico do paciente. Segundo Hare, um por cento da população é psicopata.
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